quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)



Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "UMA MORTE QUE NÃO DEVERIA TER ACONTECIDO":




É de forma bem clara que constatamos que, infelizmente, a violência sobre as mulheres tem sido “algo de trivial”, sobretudo se nos confinarmos a determinadas culturas. A sua dimensão é tal, que a transforma num problema crucial da violência familiar (Costa e Duarte, 2000). Os números deste tipo de crime considerado público, somente desde 2000, são deveras assustadores. Note-se que cerca de cinco mulheres morrem por mês vítimas de violência e maus-tratos no nosso país. De lamentar ainda, que morrem mais mulheres vítimas de maus-tratos do que com cancro (uma das principais causas de morte no nosso país).
A violência doméstica assume vários tipos de abuso: abuso físico, abuso emocional, abuso sexual, recorrendo até ao “abuso” económico.
Mas nem sempre os homens são os responsáveis pelas agressões. Existem mulheres que agridem os seus companheiros. Por exemplo, às vezes, ao discutirem recorrem à célebre bofetada. Estas fazem mais uso da violência verbal e emocional do que propriamente da física pois possuem uma estatura inferior ao homem.
Infelizmente, a violência doméstica não se restringe só às mulheres, afectando igualmente as crianças, por motivos semelhantes acrescentando o facto de estas constituírem alvos fáceis.
Muitos dos agressores não são castigados devidamente pois o medo, factor condicionante, faz com que a maioria das vítimas retirem as suas queixas.
Felizmente, existem meios e estratégias de apoio às mulheres agredidas. Cada vez mais são as organizações e iniciativas realizadas neste âmbito, embora a chave esteja na prevenção. Contudo, prevalece o “Sentimento, também, de um certo desapontamento face à ineficácia ou insuficiência das acções desenvolvidas em favor da situação da mulher que explicam a persistência de violações dos seus direitos.” (Marta Pais, 1998).






Jorge Neves
Independente no Bloco Esquerda
assembleia Freguesia São Bartolomeu

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