quinta-feira, 18 de novembro de 2021

BARÓMETRO DE UM JORNAL EM PAPEL PUBLICADO NA BAIRRADA

 



Jornal da Mealhada (edição de 10 de Novembro)


POSITIVO


Começando pela capa, embora com poucos temas em “caixa alta”, o Jornal da Mealhada (JM) desta quinzena está agradável com uma panóplia de cores que chama a atenção do leitor menos atento.

O interior do caderno, ressalta o trabalho jornalístico sobre as seis Juntas de Freguesia que compõem o Concelho. Colocando a “falar” os presidentes das seis autarquias, é importante saber o que se propõem fazer no quadriénio que agora se inicia. Muito bem!

Com vários trabalhos jornalísticos sobre diversos assuntos concernentes ao Concelho, esta edição apresenta-se bem aos seus leitores.

Com uma nova rubrica “Mil Carateres”, da autoria de Nuno Canilho, ex-vereador, ex-jornalista e director, durante muitos anos, do JM, foi criado algo de novo. Trata-se de um texto com, tal como o título indica, 1000 caracteres. É acompanhado com um “cartoon” sem assinatura. Presume-se que seja da sua autoria.

A meu ver, conhecendo o talento do autor, parece-me uma coluna demasiado curta e sem ambição. No caso em análise, é uma sucinta crónica sobre a “Geringonça” e com o título “Habituem-se!”. Ou seja, parece-me que estamos perante um desperdício de espaço, de energia e de assunto sem contextualização com o Concelho. O que o jornal precisa é de um bom colunista a comentar a política local de quinze em quinze dias – na impossibilidade de ser semanalmente. Ora, Canilho, uma pessoa culta, um independente que abandonou (por agora) a vida política mas que está por dentro de tudo, é o homem indicado no lugar certo para criticar com imparcialidade o que se faz bem e mal a nível político por cá. Por que não o está já a fazer, podemos interrogar, quando o quinzenário precisa tanto de uma injecção de vitalidade? Bom, podemos especular que, em face de um qualquer projecto em que, porventura, estará envolvido, não quer aparecer a marcar a actualidade com agenda política e mediática.

Esta publicação deu à estampa também uma nova coluna sobre Cultura, agora a ocupar uma página, sobre tudo o que mexe com os sentidos no Concelho. Sim, senhor, está bem “esgalhada”.


MENOS BOM


Sendo o jornal direccionado para uma faixa etária de leitores seniores, não ajuda muito à leitura o fundo castanho com letras pretas impressas – como foi o caso das declarações dos presidentes de junta. Esta combinação binária, onde há pouca saliência do texto em contraste, cansa muito mais a vista, sobretudo a quem já a tem bastante fatigada.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 14 valores



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