Esta noite, de Sexta para Sábado, cerca da 01 da manhã, o vigilante nocturno do Mercado Municipal ouviu um grande estrondo de vidros a serem estilhaçados. Depreendeu imediatamente que teria sido uma das lojas laterais, junto ao parque de estacionamento. Imediatamente, ligou para a PSP, que dista pouco mais de 50 metros da popular praça da Baixa.
Constatou-se depois ter sido a perfumaria Balvera. Segundo a responsável pela loja, a Liliana Porto, “ os agentes da Polícia de Segurança Pública, apesar de estarem a escassos metros do estabelecimento arrombado, apenas compareceram cerca de 15 minutos depois. Depois do assalto, e durante toda a noite, então sim, passaram cá várias patrulhas!”.
E como é que sabe que foram mesmo 15 minutos o tempo que a PSP demorou a chegar?, interrogo. “Temos a certeza porque a polícia para entrar no parque de estacionamento teve de accionar a cancela e a hora de entrada ficou lá registada”.
Os prejuízos serão enormes. “Foram vários milhares de euros, que ainda estamos a contabilizar, nas marcas mais caras, como por exemplo, “Lacoste”, “Dolce & Gabbona”, “Gucci”, “Boss” e outras. Isto é uma tragédia, da qual ainda não sei bem como digerir. Em Fevereiro deste ano, por duas vezes, foi assaltada a loja da Rua Eduardo Coelho, aqui no Centro Histórico. Há 15 dias foi a loja da Figueira da Foz. Na noite, última, de Quinta para Sexta-feira foi a de Leiria. Esta noite calhou a vez desta que o senhor vê. Já viu como me sinto? Claro que temo pelo meu emprego e pelos das minhas colegas”, enfatiza a Liliana.
Umas profundas olheiras são visíveis em torno das órbitas da bonita Liliana, “estive aqui quase toda a noite. Quase não dormi”, tenta dar-me uma explicação para o cansaço latente no seu rosto. “Mas isto dá cabo de mim! Já viu? As vendas estão como o senhor sabe. Como é que pudemos ter esperança? Isto é obra de profissionais. É um gang organizado, só pode! Escolherem as melhores marcas, é de encomenda. Quem faz isto sabe bem o que anda a fazer”, desabafa a funcionária com os olhos humedecidos.
4 comentários:
Estava a pensar em fazer um livro de registo dos assaltos na baixinha, para concorrer ao Livro de Records
Já nem estar perto da polícia nos safa:
O presépio foi o que se viu, as lojas idem aspas, uma pessoa que se refugiou dentro de uma esquadra apanhou 3 ou 4 tiros, etc...
OO sentinela da PSP não ouviu mesmo nada.
Pois as portas deveriam estar fechadas e para demorar 15 minutos estaria a fechadura avariada.
Qualquer dia, até assaltam a esquadra.
15 minutos para 50 metros é de facto muito devagar. Esperem, foram de carro, porque a pé podem ser assaltados.
Mais um comerciante para a estatística. Tudo calmo e sereno.
Onde bateu esta nossa Baixa.
Estou com serias duvidas se demoraram quinze minutos da Esquadra junto à Caixa Geral de Depósitos ou da Esquadra na Dias da Silva, segundo sei todas as patrulhas saiem da nova esquadra e não da antiga.
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