No dia 16 do corrente foi publicado um texto, no Diário de Coimbra, na secção do “fala o Leitor”, da minha autoria, com o título em epígrafe. Tudo o que escrevi acerca do grande comerciante José não foi efabulado, foi descrito com absoluta verdade. Eu conheci-o muito bem. Como muitos conimbricenses, tive a honra de ser seu empregado de 1973 a 1982. Quanto à essência da notícia –de que esta grande firma irá fechar portas em Junho próximo- é verdade. Esta informação de interesse público já há tempos que circulava de “boca em boca” aqui na Baixa.
Antes de escrever o texto, legitimamente e como manda o bom senso, tive o cuidado de ouvir o filho-varão de José, que me confirmou que efectivamente iria encerrar em Junho. Porém, um há um lapso que tenho de me penitenciar: ao longo da conversa fui inferindo de que teria sido requerida a insolvência daquela grande firma. Acontece que não foi solicitada a falência, nem, alegadamente, é intenção do filho mais velho de José peticioná-la. Pelo juízo de valor, erradamente, percepcionado por mim, ao visado peço desculpa.
Penso, sem margem para dúvidas, de que não pretendi prejudicar a imagem dos herdeiros de José. O que me moveu foi o alerta das entidades públicas, locais e nacionais, para o descalabro e a ruína eminente de uma actividade que, outrora foi dinâmica e hoje, como um velho decrépito, arrasta-se pelas ruas da amargura. E isto não é demagogia. Alguém tem de fazer alguma coisa. Entre patrões e empregados, há muitas famílias que trabalham no comércio a viverem próximo da indigência.
Sem comentários:
Enviar um comentário