Ao partir,
eu olhei para essa estrada,
e senti,
que tudo não valeu nada;
Olho à volta,
uma rosa no cantinho,
que eu plantei,
com tanto amor e carinho;
Vou deixá-la,
como deixo tudo aqui,
deixo a alma,
e mais metade de mim;
Deixo sonhos,
até noites sem dormir,
olho à volta,
nem me apetece partir;
De olhos tristes,
o meu cão olha para mim,
adivinha…
a mágoa que sinto assim;
Encosta-se a mim,
como a querer partilhar,
não evito…
e uma lágrima vem rolar;
Mentalmente,
faço o balanço das vidas,
o passivo,
constitui as nossas feridas;
Os filhos e tantas recordações,
é o activo,
que pesa em nossos corações;
O silêncio, esse invasor entre nós,
é um vidro,
separador, implica estarmos sós;
Em verdade, não sei se quero estar contigo,
quero estar só, pensar com serenidade,
abstrair-me, quero ver se o consigo,
e decidir, em plena liberdade.
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