sábado, 26 de março de 2016

QUANDO A JUSTIÇA PROTEGE CRIMINOSOS PODE DAR EM CAOS

(Imagem do Jornal de Notícias)



Foram vistos por frequentadores do bar, que fica a pouco mais de 100 metros da casa onde um deles acabou por ser morto a tiro. José Sousa, de 74 anos, está indiciado pelos crimes de homicídio privilegiado e detenção de arma proibida. Terça-feira à tarde, foi ouvido pelo juiz de instrução criminal do Tribunal de Setúbal, que o libertou, decretando como medida de coação a apresentação semanal no posto da GNR de Palmela.-retirado do Jornal de Notícias.

Nos últimos anos, os acontecimentos em que se coloca a justiça no banco dos réus têm sido recorrentes. Lembremos o caso do agente da GNR, Hugo Hernano, que, por ter matado uma criança levada pelo pai num assalto, foi condenado em primeira instância a 9 anos de prisão. A administração da justiça, enquanto pilar fundamental e institucional do Estado, está cada vez mais descredibilizada e, enquanto nobreza de virtude, vazia de missão no sanar de conflitos.
Como ressalva, sou totalmente a favor do constitucional primado da vida humana –ou seja, a defesa intrínseca na sua prossecução até ao limite, até à exaustão do último suspiro. A preservação da espécie humana é o alicerce e o suporte desta mesma humanidade. A Natureza sem o humano não deixará de prosseguir o seu caminho, contudo, sem ele, não seria a mesma coisa. Porém, numa rota rumo ao desconhecido contrário à multiplicação, o que vemos nos últimos tempos?
Valorizar e dar mais importância aos irracionais do que propriamente os humanos –não longe virá o tempo em que será proibido matar animais para alimento: carne e peixe. Com a continuada sacralização do animal, um dia, seguindo a Índia com a idolatria às vacas, veremos cães e gatos, em hordas, a passear livremente pelas cidades ocidentais e sem que ninguém lhes possa tocar. Num cenário futurista e dantesco, através de mais inteligência induzida nos seus cérebros, é possível antever o animal a tomar conta do homem.
Vemos defender a eutanásia como se alguém em estado de grande sofrimento fosse capaz de expressar uma vontade livre e independente de decisão –com esta medida, a ser aprovada, está-se a abrir uma porta para provocar a morte precoce de velhos e padecentes de doenças graves e desonerando o Estado da responsabilidade de assistência.
Em nome da independência da mulher, vemos os governos (sobretudo de esquerda) defenderem o aborto sistemático –excluindo o aconselhamento psicológico antes da decisão e transformando o acto em mera acção contraceptiva.
 Para poupança dos cofres estatais, vemos o continuado implementar de medidas políticas contra o nascimento de crianças –que está nos antípodas da eutanásia. Como exemplo, diminuição de abonos de família, aumento de escalões no IRS que retiram receitas às famílias e diminuição do rendimento através dos cada vez mais baixos salários. Aumento de desemprego pelas políticas contrárias ao desenvolvimento do emprego, isto é, em vez dos governos fazerem tudo para manter pequenas e micro-empresas a funcionar, conservando os postos de trabalho, abandonam-nas à sua sorte e depois quando já só resta a devastação social e económica, com custos incomensuráveis, vêm então a apoiar ora com subsídios de inserção –que já pelo nome constituem um estigma e atentado à dignidade- ora com a distribuição de verbas para instituições de solidariedade.
Prosseguindo na linha da notícia que está na origem desta crónica, sem levar em conta que, por questões económicas-financeiras, o Estado se desonerou completamente da defesa da propriedade, os tribunais, como que seguindo a mesma doutrina executiva, parecem querer castigar ferozmente quem se opõe ao assalto violento. Em silogismo, com condenações absurdas, de agentes da lei e de cidadãos privados apanhados, parecem dizer: ninguém tem o direito de se opor ao furto e roubo violento. Devem deixar levar sem manifestar qualquer reacção. É a forma encontrada para redistribuir e descentralizar a concentração de riqueza.
Então, num inexplicável entendimento das leis e desvalorização da legítima defesa –em acção directa por omissão do Estado-, vemos os tribunais valorarem mais a vida perdida às mãos de quem tenta defender a propriedade do que aquelas mortes que resultam de homicídio perpetrado por delinquentes.
Talvez valha a pena pensar nisto.











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