terça-feira, 22 de março de 2016

ACIC: OS MILAGRES ACONTECEM DEVAGAR





Depois de, na semana passada, o Diário as Beiras ter publicado a notícia da insolvência da ACIC, Associação Comercial e Industrial de Coimbra, decretada pelo tribunal, e aqui no blogue se terem publicado dois textos insurgentes contra a inércia que se verifica na cidade, eis que, como ondas telúricas a abanar consciências adormecidas, começam a surgir dois movimentos no sentido de reverter a decisão do tribunal.
O primeiro vem de um grupo de comerciantes liderado por Arménio Pratas e Armindo Gaspar, ambos ex-dirigentes da ACIC, e que na próxima segunda-feira, 28 do corrente, vão realizar um jantar-encontro no restaurante Paço do Conde, pelas 20h00, na Baixa da cidade, “para tentar delinear ideias e ver o que é possível fazer para salvar a ACIC, uma instituição de interesse público e com 153 anos de existência”. Segundo Pratas, “pelo princípio da cidadania e do amor por Coimbra, convidamos a comparecer e a apresentarem propostas ex-presidentes da vetusta associação, membros da direcção, actuais e corpos-gerentes das últimas décadas, ex-funcionários e todas as pessoas de bem que possam contribuir para evitar o desaparecimento de uma parte da história comercial e industrial da cidade em século e meio. Estará presente o actual presidente em exercício, Paulo Mendes.  
Aproveitando o meio de divulgação, dirigido a todos, por favor compareça! Não deixe que se afunde desta maneira uma instituição tão importante! Pelo menos lutemos por ela”.
O segundo movimento vem dos lados da Praça 8 de Maio, mais propriamente da Câmara Municipal de Coimbra. Segundo uma fonte que pediu o anonimato, “a crónica demolidora que você escreveu no seu blogue (HOMENS SEM MEMÓRIA CONDENAM UMA CIDADE E NÃO DEIXAM RASTO NA HISTÓRIA) caiu muito mal na autarquia, mas pode ser que talvez sirva de abanão. Tanto quanto julgo saber estão a ser marcadas reuniões com as partes interessadas no sentido de desbloquear o problema.”
O que disse a esta fonte anónima reitero aqui: se foi escrita num tom avassalador, a intenção é mesmo abanar consciências adormecidas. Como é de calcular não se pretende ofender quem quer que seja. Digamos que, em metáfora, são pancadinhas de amor.


VEJA AQUI O ROL DE CREDORES DA ACIC (Junho de 2013):

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