(IMAGEM DO PÚBLICO)
Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "SER OU NÃO SER JULGADO... EIS A QUESTÃO!":
Claro que tenho opinião, até porque sou advogado.
Falta à Justiça, como em muitas outras áreas deste país, bom senso e sensibilidade pelos valores em causa.
Diz bem que a empresa ofendida não teve prejuízo, mas mesmo que tivesse, era mais barato para o Estado ser ele a pagar o valor em causa do que arcar com todas as despesas e burocracias do processo criminal.
O processo criminal, desde o inquérito (o Ministério Público recebe a denúncia, analisa, despacha o depoimento dos intervenientes, lesado e arguido, testemunhas, muitas vezes à GNR, depois acusa) e instrução, quando a houver e julgamento, recursos, etc., são de tal modo morosos e dispendiosos que quando os valores patrimoniais em causa são diminutos vale mais não dar início ao mesmo.
E depois chega-se ao fim e o resultado é sempre, ou quase sempre, nulo.
Daí que quem está por dentro do sistema fica com a noção que vivemos num mundo do faz de conta.
Toda a gente faz de conta que trabalha para fazer justiça; o Estado arca com as despesas e no final os arguidos ficam-se sempre a rir. E assim continuamos a empobrecer alegremente.
Quando quiser falamos um pouco de outra área da justiça ainda mais "sinistra"; as acções executivas para cobrança de créditos. Tente ler um pouco sobre isso.
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Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "SER OU NÃO SER JULGADO... EIS A QUESTÃO!":
Como disse Belmiro de Azevedo há cerca de um ano, "roubar para comer não é crime" , mas certamente será se for no Continente ou no Lidl.
Furtar seja o que for é crime, isto ponto assente, mas este sem-abrigo se tinha fome é muito mais facil furtar 6 chocolates do que um saco com pão. Pelo menos é mais facil esconder o produto.
Não condeno o sem-abrigo, mas tambem não lhe dou palmadinhas nas costas. Cá para mim o Lidl aproveitou esta situação para um pouco de publicidade gratuita e pelos vistos esse tribunal deve ter pouco trabalho para querer levar este desabrigado ao banco dos réus.
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