quarta-feira, 9 de novembro de 2011

SER OU NÃO SER JULGADO... EIS A QUESTÃO!

A empresa não comentou o caso
(FOTO DO PÚBLICO)


"Sem-abrigo julgado por furtar seis chocolates em supermercado"


"A justiça quer levar a tribunal um sem-abrigo, acusado de tentar furtar seis chocolates de um supermercado Lidl no Porto. A empresa não foi lesada, mas decidiu apresentar queixa e o homem, cujo paradeiro é incerto, foi formalmente acusado pelo Ministério Público (MP) do crime de furto simples." -leia aqui o relato no jornal Público.

Que lhe parece, leitor, este homem deve ou não ser levado a juízo?
Diga qualquer coisa. Afinal você até tem uma opinião sobre este assunto. Tem ou não tem?

2 comentários:

Jorge Neves disse...

Como disse Belmiro de Azevedo à cerca de um ano "roubar para comer não é crime" , mas certamente será se for no Continente ou no Lidl.
Furtar seja o que for é crime, isto ponto assente, mas este sem- abrigo se tinha fome é muito mais facil furtar 6 chocolates do que um saco com pão, pelo menos é mais facil esconder o produto.
Não condeno o sem-abrigo, mas tambem não lhe dou palmadinhas nas costas. Cá para mim o Lidl aproveitou esta situação para um pouco de publicidade gratuita e pelos vistos esse Tribunal deve ter pouco trabalho para querer levar este sem-abrigo ao banco dos réus.

Anónimo disse...

Claro que tenho opinião até porque sou advogado.
Falta á Justiça, como em muitas outras áreas deste país, bom senso e sensibilidade pelos valores em causa.
Diz bem que a empresa ofendida não teve prejuizo, mas mesmo que tivesse, era mais barato para o Estado ser ele a pagar o valor em causa do que arcar com todas as despesas e burocracias do processo criminal.
O processo criminal, desde o inquérito ( o Ministério Público recebe a denuncia, analisa, despacha a depoimento dos intervenientes, lesado e arguido, testemunhas, muitas vezes á GNR, depois acusa ) instrução, quando a houver e julgamento, recursos, etc. são de tal modo morosos e dispendiosos que quando os valores patrimoniais em causa são diminutos vale mais não dar inicio ao mesmo.
E depois chega - se ao fim e o resultado é sempre ou quase sempre nulo.
Daí que quem está por dentro do sistema fica com a noção que vivemos num mundo do faz de conta.
Toda a gente faz de conta que trabalha para fazer justiça, o estado arca com as depesas e no final os arguidos ficam - se sempre a rir.E assim continuamos a empobrecer alegremente.
Quando quiser falamos um pouco de outra área da justiça ainda mais " sinistra "; as acções executivas para cobrança de créditos.Tente ler um pouco sobre isso.