Esta noite, a barbearia São Tiago, nas escadas com o mesmo nome, foi assaltada. Deveria passar pouco da 01h00 da manhã, “porque foi quando um morador na proximidade ouviu o barulho de vidros partidos e até pensou que fosse algum bêbado a fazer estragos numa qualquer montra e ainda restos da “Latada”. Segundo o senhor Luís Monteiro, o proprietário, “partiram a bandeira da porta em vidro com uma pedra que encontrei no chão e entraram. Deveriam ter sido, pelo menos, dois, porque para passar num espaço tão diminuto, para além de ter de ser muito magro, certamente, só com ajuda exterior. Levaram cerca de 90 euros que tinha em trocos aqui numa das gavetas de apoio ao meu serviço. Como abriram tudo e remexam à vontade acabaram por encontrar as moedas, porque na caixa-registadora nunca deixo nada, aliás até fica sempre aberta –curiosamente, até a fecharam."
Quando lhe pergunto como encara o facto de ter sido agora a vítima, encolhendo os ombros, com ar conformado e retesando os lábios, vai dizendo: “o que é que se há-de fazer? São os tempos que correm! Uma pessoa, mesmo estranhando e sentindo uma sensação de impotência, com estas situações sucessivas de que vamos tomando conhecimento, acaba por se habituar. É uma roleta russa, meu amigo. Nem com uma igreja e santos à porta nos safamos!”
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