quarta-feira, 7 de maio de 2008

DEIXEM-NOS DORMIR, POR AMOR DE DEUS!


(Imagem retirada, com a devida vénia, do Blogue "ALMA PÁTRIA")


Há vários meses que a minha familiar me telefona. “Por favor Luís, escreve para o Diário de Coimbra (DC) e descreve o nosso suplício, um martírio que dura há tempo de mais”. A minha ente de laços consanguíneos é septuagenária e mora na Rua Padre António Vieira, para mal dos seus pecados, suficientemente próxima do bar da Associação Académica de Coimbra. Segundo as suas queixas, é um problema gravíssimo que se arrasta há demasiado tempo, com evidentes prejuízos para a sua saúde. “O barulho é ensurdecedor até às 06 da manhã, sobretudo de 3ª para 4ª e de 5ª para 6ªfeira, com garrafas a serem partidas e acompanhadas de altos gritos. Nunca se viu uma coisa assim!”
Lembra a minha familiar que em 15 de Janeiro, deste ano, depois de um contínuo aviltamento por parte de clientes do bar, onde impera o desrespeito e a ofensa à integridade, uma sua vizinha, também septuagenária e doente, levou o assunto ao Executivo Camarário. Segundo O DC desse dia, pode ler-se: “A Câmara de Coimbra vai reduzir o horário de funcionamento do bar da Associação Académica de Coimbra (AAC) das quatro para as duas horas da manhã para tentar evitar alguns episódios de maior concentração de gente e de barulho que tem ocorrido junto àquela instituição, muitas vezes até de manhã, e que estão a perturbar o descanso de quem mora nas redondezas. A decisão foi confirmada por Carlos Encarnação na reunião de câmara, depois do executivo ter ouvido as reclamações de uma moradora na Rua Padre António Vieira (…)”.
Acontece que o Presidente da Câmara, num completo desrespeito pela palavra dada à moradora não cumpriu. No horário de funcionamento, afixado na porta do estabelecimento, com data de 04 de Março, deste ano, pode consultar-se o licenciamento até às 04 da manhã.
Na próxima segunda-feira, 12 de Maio, dia da reunião do Executivo Municipal, mais uma vez vão apelar ao governo local em exercício da Praça 8 de Maio. Além disso, para reforçar o acto, vão entregar várias dezenas de assinaturas num institucional abaixo-assinado. “Só nos resta este passo. Já nos queixámos à Administração Interna, ao Procurador-Geral da República, ao Delegado de Saúde, aos comandantes da Polícia Municipal e da PSP, ao Governador Civil, à ASAE, ao SEF e à Polícia Judiciária. Quem nos escutará? Para que serve o Regulamento Geral do Ruído, Decreto-Lei 292/2000, se não é cumprido nem feito cumprir por quem de direito?”.

1 comentário:

Vítor Ramalho disse...

Outros valores mais altos se levantam. Ora agora faça uma comparação; obras no Santa Cruz e a empresa que explora o bar. Sabe que os interesses partidários estão acima dos interesses particulares.
Esse bar não cumpre a legislação em quase nada. Faz concorrência desleal aos outros bares da cidade. Mas, procure saber que empresa, controla o bar na sombra e fica a saber tudo.
Mais não digo porque corro o risco de ir parara a Monsanto. Porque este país anda a fazer muitos presos políticos.