quinta-feira, 10 de novembro de 2022

MEALHADA: A REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL FOI ONTEM (1)

 




há um projecto já concluído,

com abertura de concurso,

para a rotunda da Pedrulha.


Estavam as lojas do pequeno comércio local a abrir as portas quando no Salão Nobre da Câmara Municipal o chefe da missão, António Jorge Franco, apresentando os bons dias aos presentes e aos munícipes em casa, deu início aos preliminares do executivo, como quem diz, ao Período de Antes da Ordem do Dia.

Esperava-se um decurso mais ou menos igual aos antecedentes. A mostrar que a imprevisibilidade é a rotura entre o constante e o “devir”, o presidente da autarquia baralhou todos os que assistiam à cerimónia pública. Quem iria pensar que António Franco, logo a abrir, numa dissertação, iria falar de livros? E para espanto de todos não era um romance de cordel, e muito menos de faca e alguidar.

Quem adivinharia que, seguindo a linha editorial de um conhecido instituto de Psicologia e Ciências Sociais dos Estados Unidos, nos iria falar de um futuro título com conteúdo inesgotável que é sempre sucesso garantido? Falamos, neste caso, de “Como afrontar a mesma família política e fazer inimigos para toda a vida”.

Durante um tempo que pareceu longo de mais, o Pretor urbano, em sinopse, desenvolveu em três capítulos o enredo que, não se sabe, mas pode até dar um filme. Franco, sem papas na língua, como de uma conspiração real se tratasse, alegando uma conversa particular, acusou o chefe da oposição, Rui Marqueiro, de estar por detrás da orquestração maquiavélica para o destruir. E a prova material por parte do opositor seria o recurso repetido e a instrumentalização do Ministério Público.

Marqueiro, que embora pareça um avô dolente é tudo menos isso, respondeu na mesma moeda e, parecendo dizer tudo sem dizer nada, anunciou ao mundo que também iria escrever um livro cujo título será “A melhor defesa é o ataque”. Mas disse mais: que, embora os factos tenham prescrito, em próximos desenvolvimentos iria desfolhar o potencial do seu alfarrábio, que, diga-se a propósito, pode acabar em novela.


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Mas a provar que os políticos tão depressa se arranham como em seguida estão em abraço, logo a seguir, numa unanimidade sem freio, falou-se muito de carros antigos. E, para isso, nada melhor do que, em modelo, falar do Rally Legends, que decorreu na região entre os dias 4, 5 e 6 deste Novembro de São Martinho, e parafraseado a uma só voz: “o sucesso do Rally Legends é uma mais-valia para o território”.

Filomena Pinheiro, vice-presidente, concluiria ainda que “o concelho começa a despertar para uma cooperação em rede. Sozinho não se vai a lado nenhum.

Sónia leite, vereadora da bancada socialista, como a querer sair da modorra e a mostrar trabalho político, atirou: “sobre a iluminação pública, poupança de energia, há algum plano de contingência?

A seguir tomou a palavra José Calhoa. Como a demonstrar que a sua ambição política não se fica unicamente pelo lugar de vereador, nesta segunda aparição depois da tomada de posse, mostra que está atento ao que se passa nas redondezas. Por isso mesmo interrogou a mesa da razão de às 16h00 haver luzes acesas na via pública, na estrada Mealhada Grada?

Mas Calhoa, como que a rivalizar com o seu mestre-de-fila, sabe que para chegar próximo do coração dos eleitores precisa de atacar a maioria naquilo que ainda não está muito bem explicado. Ora nada melhor do que os recentes subsídios atribuídos aos Bombeiros Voluntários, da Pampilhosa e de Mealhada. E, por isso mesmo, na sua voz redondinha e bem colocada, formulou: “Seguros dos Bombeiros, já há algum andamento?

E, como corredor de fundo em direção à meta, prosseguiu a sua interpelação: “o que foi feito do projecto sobre a rotunda da Pedrulha?

Respondeu Franco, sobre os Bombeiros: “os seguros de acidentes pessoais estão assegurados. Ficam os seguros de frota, eles têm de gerir a sua própria casa” – de salientar que o tema “bombeiros” viria a voltar à baila mais à frente.

Continuou o Prefeito, em resposta a Calhoa: “há um projecto já concluído, com abertura de concurso, para a rotunda da Pedrulha.

(CONTINUA)


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