segunda-feira, 21 de novembro de 2022

MEALHADA: HOJE HOUVE REUNIÃO DE CÂMARA

 

(foto de arquivo)




Santa Bárbara, talvez descontente com alguém, à hora em que começava a reunião de Câmara Municipal, pelas 9h00 de hoje, decidiu despejar uns cântaros na zona. Fosse pela chuva, fosse pelo vento, não se sabe, a verdade é que Rui Marqueiro, o permanente animador que já nos habituou à sua marcação cerrada à maioria, faltou e foi substituído por Luís Tovim.

António Jorge Franco, o chefe da mesa, no período de Antes da Ordem do Dia, deu início aos trabalhos parlamentares. Calmo, sereno, de fato domingueiro e gravata solene e sapatos bem polidos, sem conseguir disfarçar um confiante interior sorriso de orelha-a-orelha, afinal não é todos os dias que nos aparece o Pai Natal com uma prenda de quase um milhão de euros - tratou-se da visita de Carlos Miguel, Secretário de Estado da Administração Local, que visitou a Câmara Municipal, cerca das 11h30, com um cheque no alforge e um contrato-programa relativo à construção do novo edifício dos Paços do Concelho.

Pediu a palavra José Calhoa, presidente da Concelhia do PS e ali vereador, hoje, a ocupar a cadeira de Marqueiro. De peito cheio, talvez a imaginar que, de cadeira em cadeira, pode perfeitamente chegar ao cadeirão-mor, puxou de vários temas, entre eles um que, pelo mau-cheiro, continua a incomodar muita gente em Lameira de Santa Eufémia. No caso, trata-se da fábrica de azeite Alcides Branco & Cª, situada nas proximidades de Luso, e que em 2016 o Tribunal Administrativo de Aveiro ordenou o encerramento "por esta não ter cumprido o acordo com a autarquia e ser responsável pela existência repetida de maus-cheiros (odor a baganha)".

Responderia a Calhoa a vice Filomena Pinheiro: que "só pode laborar 10 meses, em Julho e Agosto. Ou fazem correcções, ou é melhor encerrar".

Interpelou a mesa Sónia Leite, colega de bancada de Calhoa: "a Pensão Astória, no Luso, foi adquirida pela Câmara?"

Respondeu Franco, peremptório: "a Câmara não comprou".

Atalhou Filomena: "é privado. Foi cedida ao município para dinamizar o Luso nesta época de Natal, nomeadamente, com uma exposição de presépios."

Calhoa, sabendo que também nesta quadra se vai realizar uma exposição de presépios no Bussaco, cedidos por Maria Cavaco Silva, atalhou: e isso não é concorrência entre presépios? Se eu estivesse no lugar da senhora mandava levantar a sua colecção.

Gil Ferreira, colocando uma trave no argumentário  de Calhoa, disse: "estamos a  trabalhar em equipa com  a direcção da Fundação da Mata do Bussaco".

Luís Tovim, em substituição de Marqueiro, interrogou: "o projecto do esplanada jardim?"

Retorquiu Franco: "muito em breve vai sair o projecto, mas de acordo com a dignidade dos Paços do Concelho".


E VEIO A ORDEM DO DIA


Sem grande história para esta narrativa, até porque, presumivelmente, todos estariam ansiosos para receber o "Pai Natal", foi saliente a aprovação por unanimidade da proposta requerida pela Associação Quatro Patas e Focinhos para atribuição do Estatuto de Utilidade Pública.

Mas não só. Foi possível percepcionar que a curta sessão, pela bancada da oposição, esteve cheia de clivagens partidárias entre o, nomeado várias vezes, Partido Socialista e a maioria executiva. O que pode ser entendido que sem Marqueiro a moderar a oposição as reuniões, para além de perderem interesse, derivam muito para o aparelhismo boçal e desnecessário.


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