quinta-feira, 14 de outubro de 2010

CARTA AO MINISTRO DAS FINANÇAS...

(FOTO DE LEONARDO BRAGA PINHEIRO)


CARTA AO MIN. DAS FINANÇAS


"Alguém teve acesso a esta carta escrita por um cidadão ao nosso ministro das
finanças. É verídica. Se todos tivéssemos a atitude deste homem, que não
conheço, quem sabe se o nosso Portugal não melhorava, e os nossos
governantes pensassem mais no povo que governam e que os elegeram. Passem a
todos este acto de coragem.

«Exmo. Senhor Ministro das Finanças

Victor L. da G. C., cidadão eleitor e contribuinte deste País,
com o número de B.I. 8…, do Arquivo de identificação de Lisboa,
contribuinte n.º1… vem por este meio junto de V. Ex.ª. para lhe fazer
uma proposta:

A minha Esposa, Maria A. P. G. S. C., vítima de
CANCRO DE MAMA em 2008, foi operada em 6 Janeiro com a extracção radical  da
mesma.

Por esta 'coisinha' sem qualquer importância foi-lhe atribuída uma
incapacidade de 80%, imagine, que deu origem a que a minha esposa tenha
usufruído de alguns benefícios fiscais.

Assim, e tendo em conta as suas orientações, nomeadamente para a CGA, que
confirmam que para si o CANCRO é uma questão de só menos importância.

Considerando ainda, o facto de V. Ex.ª, coerentemente, querer que para o ano
seja retirado os benefícios fiscais, a qualquer um que ganhe um pouco mais
do que o salário mínimo, venho propor a V. Ex.ª o seguinte:

A devolução do CANCRO de MAMA da minha mulher a V. Ex.ª que, com os meus
cumprimentos, o dará à sua esposa ou filha.

Concomitantemente com esta oferta gostaria que aceitasse para a sua esposa
ou filha ainda:

    a) Os seis (6) tratamentos de quimioterapia.

    b) Os vinte e oito (28) tratamentos de radioterapia.

    c) A angústia e a ansiedade que nós sofremos antes, durante e depois.

   d) Os exames semestrais (que desperdício Senhor Ministro, terá que
orientar o seu colega da saúde para acabar com este escândalo).

   e) A ansiedade com que são acompanhados estes exames.

   e) A angústia em que vivemos permanentemente.

Em troca de V. Ex.ª ficar para si e para os seus com a doença da minha
esposa e os nossos sofrimentos eu DEVOLVEREI todos os benefícios fiscais de
que a minha esposa terá beneficiado, pedindo um empréstimo para o fazer.

Penso sinceramente que é uma proposta justa e com a qual, estou certo, a sua
esposa ou filha também estarão de acordo.

Grato pela atenção que possa dar a esta proposta, informo V. Ex.ª que darei
conhecimento da mesma a Sua Ex.ª o Presidente da República, agradecendo
fervorosamente o apoio que tem dispensado ao seu Governo e a medidas como
esta e também o aumento de impostos aos reformados e outras...

Reservo-me ainda o direito (será que tenho direitos?) de divulgar esta carta
como muito bem entender. E por isso peço a todos aqueles que receberem e
lerem esta mensagem e se assim concordarem que enviem aos vossos amigos.
Obrigado

Como V. Ex.ª não acreditará em Deus (por se considerar como tal...) e por
isso dorme em paz, abraçando e beijando os seus, só lhe posso desejar que
Deus lhe perdoe, porque eu não posso (jamais) perdoar-lhe.

Com os melhores cumprimentos,

Atentamente,
Victor L. G. C.

CORDIALMENTE E A BEM DA NAÇÃO."

(RECEBIDO POR E-MAIL)

1 comentário:

Sónia da Veiga disse...

A indignação perante esta e outras realidades impostas por quem se queixa por ver o seu salário reduzido quando ganha mais num mês que muitos portugueses praticamente num ano é tanta que me faltam as palavras...
É nestas alturas que o cérebro primitivo entra em acção e só há vontade de partir cabeças!