segunda-feira, 24 de setembro de 2007

UM POEMA PARA TI

Esses teus olhos castanhos,
são fogo no meu inverno,
são mil oceanos tamanhos,
é a porta do inferno;
Se eu olhar o teu olhar,
entro nele sem o sentir,
começo a amaldiçoar,
o meu "colar" e não sair;
Esse teu sorriso louco,
atormenta-me e faz tremer,
sinto que faço pouco,
para me compreender;
É um relâmpago na noite escura,
é uma onda na praia grande,
é uma gota de água na secura,
é um milagre que Deus mande;
Por estranho que pareça,
lá se foi meu ideal,
pode ser que aconteça,
que este amor não faça mal;
curioso como somos,
os modelos que sonhamos,
pomos fora tudo o que fomos,
só com o presente contamos;
tantos sonhos corridos em água,
tantas noites sem dormir,
tantos anos numa mágua,
para os perder sem sentir;
O que importa é o teu sorrir,
dá-me calma e tranquilidade,
pareço nem querer sair,
do teu mundo transcendental;
Essa tua voz timbrada,
ecoa nos ouvidos,
é música de arpa tocada,
um apelo aos meus sentidos;
Passamos horas a falar,
perdidos num espaço banal,
o tempo parece não importar,
quando a conversa é natural.

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