terça-feira, 16 de outubro de 2007

OLHA EM FRENTE, MULHER!

Põe a tua mão na minha,
juntos vamos correr,
olha bem aquela linha,
juntos vamos morrer;
Deixa-te ser criança,
sorri e volta a brincar,
vê o futuro com temperança,
ama e deixa-te amar;
Vive, deixa a recordação,
arruma-a no fundo do teu baú,
faz dela a letra de uma canção,
soletra, e canta-a mesmo só tu;
Sozinha não podes caminhar,
precisas que eu seja o teu guia,
acabarás, mesmo, por valorizar,
a luz que ilumina o teu dia;
Posso até ser um sol apagado,
ou uma lua pouco especial,
mas serei sempre o teu amado,
o teu ponto fraco, o teu mal;
Quero ser a tua praia,
o sítio da rebentação,
tu serás a minha aia,
eu a tua imaginação;
deixa brotar o teu amor,
saindo da fonte do pecado,
quero apagar o teu calor,
ser o teu bombeiro amado;
Deixa correr o teu desejo,
como rio corre para o mar,
quero ser o teu ensejo,
dar-te um poema, versejar;
Lembras as noites de solidão?
passava uma hora, duas e três,
refugiavas-te na oração,
se era assim, foi Deus que fez.

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