quinta-feira, 31 de maio de 2018
BAIXA: CRÓNICA DA SEMANA PASSADA

DEUS NÃO DORME
1
- Na
segunda-feira da semana passada, entre as 04h00 e as 04h30, o alarme
da ourivesaria Rogério, na Rua Eduardo Coelho, tocou durante cerca
de 20 minutos. Colocando em sobressalto a zona, durante o tempo em
que durou o retinir não apareceu qualquer autoridade ou particular.
Ou seja, se os ladrões tivessem conseguido penetrar na loja teriam
feito uma limpeza completa na maior das calmas. Felizmente para o
proprietário, as grossas grades de protecção, embora forçadas ao
limite, resistiram bem ao ataque de barras de ferro. No chão de
calçada portuguesa ficaram os estilhaços do lambril de pedra que
serviu na alavancagem.
Na
noite seguinte, de segunda para terça, por volta das 04h00,
presumidamente os mesmos indivíduos que tentaram assaltar a
ourivesaria Rogério, na Rua Eduardo Coelho, na madrugada anterior,
voltaram novamente ao local do crime para tentar consumar a tarefa.
Adivinhando
que iriam voltar, o comerciante proprietário da casa de compra e
venda de ouro decidiu passar a noite na loja para assegurar a defesa
dos seus bens. Sorte a dele. A meio da noite, ouvindo ruídos de
alguém a tentar rebentar com as grades, percebeu imediatamente que
se preparavam para o arrombamento derradeiro. Ligou para a PSP e,
pelos vistos, desta vez esta força de polícia esteve muito bem.
Rapidamente e em força, com vários agentes a deslocarem-se para o
local, não só evitaram o assalto como quase os prenderam.
Prosseguem agora as investigações para alcançar os assaltantes.
ENCERRAMENTOS
COMERCIAIS
2
- Por estes
dias, encerraram mais dois estabelecimentos comerciais na Baixa: um
na Rua da Sofia, que vendia livros, junto ao edifício onde funcionou
o Diário de Coimbra, outro na Rua do Carmo, que pertenceu à
Relíquias do Passado, uma casa de velharias ali ao lado e que detém
próximo desta duas lojas abertas -salienta-se que já foi arrendada
para o mesmo ramo e por uma senhora, muito profissional e muito
estimada, que, vinda da parte alta da cidade, merece todo o nosso
respeito. Amanhã ou depois falarei da sua (boa)vinda para o nosso meio.
Desde
Janeiro deste ano, é o 20º encerramento comercial na Baixa.
PERDIDOS
E ACHADOS

3
- Na última
quinta-feira, nas instalações da Liga dos Combatentes, na Rua da
Sofia, a PSP promoveu uma hasta pública de artigos perdidos e
achados.
Para
além de escrever que a transferência de instalações, da 2.ª
Esquadra para a entidade ligada aos Combatentes da Grande Guerra,
certamente promovida pelo presidente do núcleo de Coimbra da Liga,
tenente-coronel Paulino, foi uma óptima iniciativa e para repetir,
já que traz movimento à rua classificada como Património da
Humanidade, e poderia ficar por aqui.
Se
quiser saber mais clique aqui (em cima).
FALECIMENTOS

4
- Durante décadas o
“senhor João”,
como era carinhosamente referenciado, foi nosso companheiro diário
entre a matina e o entardecer. Até há volta de seis anos quando
largou o negócio na Rua da Fornalhinha, junto à antiga dos
sapateiros, na sua loja de sapataria calçou meia-cidade e arredores.
Com o seu semblante simpático e sarcástico, não perdoava uma
crítica com graça. Se quiser ler mais clique aqui (em cima).

Na
segunda-feira da semana passada, faleceu António Arnault, distinto
advogado e muito conhecido na Baixa da cidade. Por ter sido ministro
dos Assuntos Sociais no II Governo Constitucional e mentor da Lei
sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS) era considerado o “Pai" do
SNS. Fundador e filiado no Partido Socialista, em conformidade, com
honras de Estado, as cerimónias fúnebres decorreram no Convento de
São Francisco onde, a prestarem condolências, não faltaram
personalidades desde o Presidente da República, primeiro-ministro,
Presidente da Assembleia da República e dezenas de altas
individualidades do reino.
TERMÓMETRO
COMERCIAL

5
- Já que São Pedro
continua a castigar ferozmente o comércio com chuva grossa, fina e
miudinha sem método e sem equilíbrio neste princípio de Junho, os comerciantes da Baixa da
cidade estão pensar em queixar-se a Deus do péssimo serviço que o
santo, guardador do tempo e do templo, está prestar às pequeníssimas, pequenas e médias empresas,
sobretudo na área do pronto-a-vestir. Ainda não está definida a
forma de queixume a levar ao Criador. Alegadamente, diz-se por aqui,
se Deus não fizer nada, para o ano, como medida limite, pode vir a
perder o Dia Santo do Corpo de Deus, que ainda se comemorou este ano.
EXEMPLOS VINDOS DA TERRA DE VERA CRUZ

http://www.coimbra.mg.leg.br/principal
Através
de um amigo, fiquei a saber agora que em Minas Gerais, no Brasil,
existe uma outra cidade de Coimbra. Também sede de município, vale
a pena perder uns minutos a consultar a sua página, sobretudo o
“Fale com a Câmara” e ler uma ou várias actas das sessões.
Nestas predominam a unanimidade e a distribuição de documentos, com intervalo de uma assembleia, para consulta e apresentação de projectos para “serem incluídos na ordem do
dia da próxima reunião ordinária.”
Claro
que nesta nossa Coimbra milenar, deste lado do oceano, segundo afirma
a oposição, também é assim!
quarta-feira, 30 de maio de 2018
COIMBRA: MORREU SANTOS CARDOSO

(Foto retirada do seu mural no Facebook)
“Uma
sociedade que agiganta a valorização de uns
e
desvaloriza abaixo do mínimo outros com passados
similares, na defesa da causa pública, é uma colectividade
despótica,
que, agindo na injustiça, constrói mitos e não heróis”
Segundo
os jornais diários de hoje, Diário de Coimbra e Diário as Beiras,
morreu ontem Santos Cardoso. Hoje, pelas 15h00, no centro Funerário
Nossa Senhora de Lourdes realizou-se o funeral, seguindo o féretro
para o Complexo da Figueira da Foz, onde foi cremado uma hora depois.
Segundo
o Diário de Coimbra (DC), “João José dos Santos Cardoso, que
foi vereador na Câmara Municipal de Coimbra em três mandatos,
faleceu ontem aos 84 anos. Eleito pelo Partido comunista, Santos
Cardoso seria, profissionalmente, um administrador hospitalar de
referência e, como ontem destacaram alguns dos seus amigos nas redes
sociais, um defensor do Serviço Nacional de Saúde.”
Como
ressalva, conheci pessoalmente Santos Cardoso, e falei com ele algumas vezes, aquando do falecimento do seu filho João Cardoso, em
2015, este também uma figura muito grada e interventiva aqui na
Baixa da cidade. Portanto, tendo sido amigo do seu primogénito, para
além de me lembrar muito bem dos mandatos na autarquia, entre 1980 e
90, conhecia mal o agora finado. No entanto, pela pouca convivência
que tive, deu para ver que era uma pessoa assertiva, humilde,
sensata, comedida e justa.
Segundo alguém muito próximo, foi tudo muito breve. Há uma semana
sentiu-se mal e em oito dias tudo acabou. Santos Cardoso, numa
modéstia peculiar e absoluta mesmo até no funeral -que mais abaixo
desenvolverei-, morreu como sempre viveu.
Embora
já tenha dado pessoalmente os meus sentimentos à família enlutada,
volto a reiterar em meu nome e em representação da Baixa, se posso
escrever assim, um pouco da nossa solidariedade neste momento de
sofrimento.
UMA
SOCIEDADE INJUSTA, ATÉ NA MORTE
Alguns
dias depois do desaparecimento de António Arnault -que em traços
sumários o cargo mais relevante que exerceu foi o de ministro dos
Assuntos Sociais do segundo Governo Constitucional, em 1978, e
responsável pela Lei do Serviço Nacional de Saúde em 1979-, em
que foram decretados três dias de Luto Nacional e um em Coimbra e
cujas cerimónias fúnebres foram realizadas no Convento de São
Francisco, a despedida de Santos Cardoso, vereador comunista na
Câmara Municipal de Coimbra durante três mandatos, pela carência de reconhecimento público no acto derradeiro, dá que pensar.
É
certo que no velório, entre as 14h00 e as 15h00, para despedida do
corpo, permaneceram cerca de trinta pessoas no complexo funerário.
É
certo que, em curta visita de condolências, se apresentou Manuel
Machado e Carlos Cidade, presidente e vice-presidente da autarquia.
É
certo que, desde Manuel Rocha, líder da bancada na Assembleia
Municipal pela CDU, até Francisco Queirós, vereador com pelouros no
Executivo pela CDU, passando por Manuel Louzã Henriques e outros filiados no Partido comunista, muitos marcaram presença e se mantiveram até ao
levantamento da urna.
Já
sabemos que nas próximas sessões do Executivo e da Assembleia
Municipal vão ser aclamados votos de pesar pelo desaparecimento
deste edil comunista.
Sabemos
também que, durante dois dias, ontem e hoje, a bandeira do município
estará a meia-haste.
E
pronto! Enquanto munícipes equitativos e de boa justiça, podemos
todos dormir em paz.
Acontece
que, ainda que ninguém me leve a
sério, perante o que vi e constatei na qualidade de munícipe ergo bem alto a bandeira da injustiça social e da
indignação.
Comecemos
pela notícia da sua morte nos dos matutinos conimbricenses. Para
além da foto, a notícia mereceu um pequeno rectângulo igual ao
desaparecimento de um qualquer empresário caído nas teias da morte.
A
seguir, para quem se apercebeu no final das exéquias, ressaltou a
falta da bandeira do município a cobrir a urna. Uma omissão
simplesmente lamentável.
Se
calhar, se não tivesse havido exagero nas exéquias de António
Arnault, provavelmente não estaria agora a fazer a comparação
entre as mesmas cerimónias.
Uma
sociedade que agiganta a valorização de uns e desvaloriza abaixo do
mínimo outros com passados similares, na defesa da causa pública, é
uma colectividade despótica, que, agindo na injustiça, constrói
mitos e não heróis -veja-se o caso recente de um migrante em França
ao salvar uma criança numa varanda de um prédio.
Sem
equilíbrio, não usando a mesma bitola para atribuir a cada um o que
merece, tentado distrair as massas para o acessório e esquecendo o
essencial, está a surfar-se a onda ocasional do mérito. A
consequência é a perda de objectividade do senso comum.
Claro
que nada disto é feito ao acaso. Por trás de grandes homenagens
estão sempre as máquinas partidárias a tentar capitalizar votos.
UM
PRECEDENTE
Não
se pense que esta injustiça agora cometida com Santos Cardoso
aconteceu assim, em caso isolado, por ele seguir a ideologia
comunista. Nada disso! Em Julho de 2013 morreu Mário Nunes, um
ilustre conimbricense e também vereador independente ao serviço da
coligação PSD/CDS, e aconteceu praticamente o mesmo. Chamei-lhe as
exéquias da indignação. E, para tornar o facto mais
incompreensível, salienta-se que o governo local era da sua própria
cor política. O que leva a supor que em questões de homenagens nenhuma outra força política bate o PS.
Há
um porém! Com a morte de Arnault, cedendo o Convento de São
Francisco às exéquias, foi aberto um precedente que, numa igualdade
obrigatória, futuramente deveria ser extensível a todos os servidores do
Estado, entre outros, nomeadamente vereadores e deputados com mais de
um mandato cumprido ao serviço de Coimbra.
terça-feira, 29 de maio de 2018
COIMBRA: PORQUE É QUE OS PARTIDOS COM ASSENTO NO PODER CAMARÁRIO NÃO UTILIZAM TODAS AS FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO AO SEU DISPÔR?

(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)
“Esta
página tornou-se, volto a afirmar,
uma
sucursal do "Somos Coimbra".
Já
que ninguém passa pela página própria
do
Facebook, passam as publicações deles
por
aqui amiúde, diariamente!”
Há
dias, e não foi a primeira vez, um membro da Página da Câmara
Municipal de Coimbra (Não Oficial) fez o seguinte comentário: “Esta
página tornou-se, volto a afirmar, uma sucursal do "Somos
Coimbra". Já que ninguém passa pela página própria do
Facebook, passam as publicações deles por aqui amiúde,
diariamente!”
A
resposta dada foi assim: (…) tenho
a certeza de que está a ser injusto. Nesta página cabem todas as
ideologias, tendências e credos desde que cheguem cá. Que haja
alguma força partidária que venha dizer que não demos à estampa
uma qualquer sua publicação. Se o movimento Somos Coimbra é o mais
dinâmico em termos de comunicação a culpa será dos
administradores desta página? Tenha paciência, mas acho que essa
sua acusação, por ser tremendamente injusta, não lhe fica bem!”
Antes
de prosseguir, a título de ressalva porque nem todos conhecem o
sítio da Internet, esclareço que o mural foi criado, há cerca de
três anos, por um cidadão de nome Gonçalo S. Gunty, que não
conheço pessoalmente. Embora não habite na urbe, alegadamente
apaixonado por Coimbra teve por objectivo criar um painel virtual
independente onde coubessem publicações e comentários, em jeito de
lamento ou elogio, sobre acções e omissões decorrentes na cidade
e, por reflexo natural, que o órgão administrativo de
superintendência municipal tomasse conhecimento e viesse replicar.
Certamente
por verificar que eu serei porventura, o “cliente”
que mais publica crónicas na página, convidou-me para moderador. Em
que assentou o seu critério de escolha ainda estou para saber.
Esclarece-se
ainda que este mural não oficial com assento digital detém 5992
membros.
Decidi
pegar neste assunto porque, como escrevi em cima, embora a
participação escrita de outros partidos ou movimentos não seja da
responsabilidade dos administradores do site, de facto, pode gerar
algum prurido nada melhor do que falar abertamente da matéria em
causa.
E
depois da constatação, isto é, de que os partidos locais com
assento parlamentar, dos vereadores com e sem pelouros atribuídos,
exceptuando o movimento Somos Coimbra, comunicam pouco com os
eleitores, vamos a especulações:
Comecemos
pelo Partido Socialista, que ganhou as últimas eleições em Outubro
de 2017 para autarquia e, em 11 lugares, elegeu 5 vereadores. Que me
lembre, considerando o anterior mandato também de liderança
socialista, perante centenas, senão milhares de questões formuladas
por conimbricenses, pequenos problemas que por vezes são enormes
para quem os enfrenta, até agora, nunca o Gabinete de Comunicação
da Câmara Municipal de Coimbra se dignou vir dar nota. Por
arrastamento, provavelmente os departamentos responsáveis pelo
suprimento das queixas dos munícipes também nunca deram um “ai
espera aí que já lá vou!”
-por vezes, isoladamente, são alguns funcionários da edilidade que
comentam ou escrevem que vão dar conhecimento superior.
Há
tempos, um membro da página comentou um problema que visava
indirectamente um vereador com pelouro no executivo. Como faz parte
da lista dos meus denominados amigos
no Facebook, entrei em contacto com ele, via email, e interroguei se
não queria comentar. Não houve resposta.
Ao
não interagir com os membros do site, nem que fosse através do
oficial gabinete de comunicação, salvo melhor opinião, o executivo
de maioria socialista está a desperdiçar uma oportunidade de ouro.
Ao fechar-se na sua concha, parece mostrar medo dos comentários que
possam advir. Consigo entender mas, se, enquanto lista proposta pelo
partido, o grupo de poder foi candidato ao lugar e foi eleito, é
óbvio, tem que demonstrar manter uma certa tolerância com quem
discorda das suas soluções ou métodos governativos. O que cada
recorrente particular está obrigado é a utilizar argumentos e não
ofensas ao desbarato -e para isso, enquanto moderadores, cá estamos
para expulsar quem não cumprir as regras de convivência social.
Passemos
à CDU, Coligação Democrática Unitária composta pelo PCP e PEV.
Que me lembre, nunca o vereador eleito com pelouros, Francisco
Queirós, publicou ou simplesmente comentou qualquer assunto que lhe
diga respeito, directa ou indirectamente. Tal como os restantes
vereadores com pelouro, o mutismo é o seu discurso habitual.
Foquemos
agora a coligação Mais Coimbra, composta pelos partidos
PSD/CDS-PP/MPT/PPM. Dos seus três vereadores, sem pelouro, o único,
no caso uma senhora, que vai publicando qualquer coisa é Madalena
Abreu. Dos restantes dois eleitos pouco ou nada se sabe. Correndo o
risco de estar a meter
foice em seara alheia,
mais uma vez defendo que estes edis não estão a aproveitar um
instrumento que, em princípio, chega a seis mil pessoas (embora nem
todos sejam votantes na cidade).
E
agora, para terminar, para analisar, resta-nos o movimento Somos
Coimbra. Na qualidade de eleitor independente e moderador, constato
que, em comparação com os pares com assento no hemiciclo, este
agrupamento político utiliza muito a página para passar a sua
mensagem. Ainda bem que o faz, porque, enquanto contrapoder, ao
realizar a sua acção noticiosa, por um lado, está a contribuir
para a formação política dos conimbricenses, por outro, é um
recurso que está a ser bem usado já que os jornais locais pouco
escrevem sobre as propostas da oposição -saliento que este problema
não é recente, de tão antigo já tem barbas brancas. A nossa
comunicação social está mais receptiva ao poder que manda na Praça
8 de Maio do que os oponentes. Ora, está de ver, já o escrevi
várias vezes, esta assimetria de poder gera um tremendo
desequilíbrio e contribui para (de)formar cidadãos num pensamento
único e, por vezes, num politicamente correcto. Portanto, não é de
admirar que, parafraseando um amigo analista que também escreve
muito, a cidade dos doutores não tenha a chamada “sociedade
civil” ou “massa
crítica”.
Quem
procura ir ao fundo das coisas, facilmente verifica que, por cá,
grassa a palmadinha nas costas no poder instituído ou no candidato
que se prevê vir a ocupar a cadeira no futuro. Em público,
raramente as pessoas dizem o que pensam seja lá sobre que assunto
incidir mas, se for político, então o “camaleonismo”
salta imediatamente e a máscara afivela-se com despudor. É uma
espécie de jogo de espelhos entre o trafulha
e a vítima,
em que ambos estão à defesa. Um e outro sabem que dali não levam
nada mas, pasme-se, continuam a alimentar o desafio para inglês
ver. É um bocado
triste, para não dizer asqueroso, mas é o que temos.
Não
sei se, com esta longa história, trouxe um pouco mais de luz. Mais
que certo não acrescentei nada, mas fica a intenção. Quem quiser
noticiar qualquer assunto, seja particular, instituição, movimento
ou partido, estamos sempre abertos para o fazer. Aliás, só assim se
entende o objecto da Página da Câmara Municipal de Coimbra (Não
Oficial).
segunda-feira, 28 de maio de 2018
ENA PÁ! UM MILHÃO E MEIO É MUITA FRUTA!

(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)
Histórico
total de visualizações de páginas
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Onze
anos depois, mais de onze mil publicações, mais de uma centena de
grandes e pequenas lojas encerradas na Baixa e, no mesmo espaço, outras tantas que
abriram e voltaram a cerrar portas, tantos momentos pessoais de
tristeza e outros de alegria, imensas histórias contadas de pessoas
anónimas, mas singulares, que, não fora o facto de me ter cruzado
com elas uma ou várias vezes, nunca teriam ficado para a
posteridade, tantas dezenas de sujeitos que partiram desta vida, na
sombra da endémica ignorância social, contribuindo para a
construção de uma vivência cheia de luz e cor, e que não teriam
merecido uma simples linha num qualquer jornal, continuamos por cá
a escrever sobre assuntos, para uns importantes para outros pouco
significativos. O primeiro post que escrevemos, nos já idos anos de
2007, foi “D. Quixote e o “lixo” Urbano”. E assim chegámos
ao milhão e meio de visitas.
Quarenta
e quatro anos depois do 25 de Abril de 1974, em que a liberdade de
expressão, amadurecida e já com barbas na responsabilidade
individual, deveria constituir um dos primados da existência,
verifica-se que o exercício livre da escrita é cada vez mais
difícil de desempenhar. Se quem escreve na linha de intervenção
social disser sempre bem e nunca manifestar oposição, é certeiro,
terá milhentos amigos. Se, pelo contrário, cortar a direito e
escrever o que pensa está o caldo entornado. A agradar será sempre
a um leitor que nunca manifesta opinião e raramente agradece o
esforço despendido. Talvez por isto mesmo se diga que o “escritor”
é um eremita revolucionário, sem amigos e sem alguém que lhe dê o
devido valor. Para continuar a exercer, com independência e justiça,
tem de ter acoplada uma elevada dose de loucura. Quem escreve sem ter
um sindicato a protegê-lo, oferecendo o corpo às balas, está à
mercê de qualquer atirador isolado.
Como
erva daninha que se multiplica até ao infinito, o que por aí se
desenvolve mais, por um lado, é o incógnito que atira e foge sem
assumir seja o que for, por outro, é o pensamento único, o
politicamente correcto, que a todo o custo tenta abafar a opinião
contrária.
Dentro
de todas as similitudes e o seu oposto, sem intenção de agradar a
este ou àquele, embora saibamos que há muito boa gente que adorava
que encerrasse a página e arrumasse de vez o vício de escrever num
frasco de formol para a posteridade, cá continuamos a “botar
faladura” e debitar opinião.
Em
balanço geral, se interrogassem o que ganhámos com
isto, o que responderíamos? Para além do enorme gosto que temos em
defender uma posição bem vincada na comunidade, absolutamente nada!
Muito
obrigado por, enquanto leitor diário, continuar a ler o que
plasmamos e nos ajudar a continuar. Aquele virtual abracinho de
amizade.
sábado, 26 de maio de 2018
BAIXA: PARTIU O JOÃO ALVES


Durante
décadas o “senhor João”, como era carinhosamente
referenciado, foi nosso companheiro diário entre a matina e o
entardecer. Até há volta de seis anos quando largou o
negócio na Rua da Fornalhinha, junto à antiga dos sapateiros, na
sua loja de sapataria calçou meia-cidade e arredores. Com o seu
semblante simpático e sarcástico, não perdoava uma crítica com
graça.
Embora
não fosse uma completa surpresa para mim -encontrei o seu filho
António há cerca de dois meses com ar abatido numa destas ruelas e
confidenciou-me que o pai estava bastante doente no hospital-, o
senhor João partiu ontem sem avisar. Para trás fica uma vida
dedicada ao comércio da Baixa na qual, como todos nós, foi
serventuário fiel no sentido de serviço público e mal remunerado.
O
velório de corpo presente tem lugar este domingo na capela mortuária
da Igreja de São José, a partir das 16h00. A anteceder o funeral, a
cerimónia fúnebre com missa decorre na segunda-feira, às 11h00,
seguindo depois para o cemitério da Conchada.
Em meu nome pessoal e em nome da Baixa comercial, se posso escrever assim, os nossos sentidos pêsames para toda a família enlutada. Até sempre, descanse em paz, senhor João!
Em meu nome pessoal e em nome da Baixa comercial, se posso escrever assim, os nossos sentidos pêsames para toda a família enlutada. Até sempre, descanse em paz, senhor João!
sexta-feira, 25 de maio de 2018
LEILÃO DA PSP: PERGUNTAS IMPLÍCITAS

(Imagem retirada da página da Liga dos Combatentes)
Ontem,
nas instalações da Liga dos Combatentes, na Rua da Sofia, a PSP
promoveu uma hasta pública de artigos perdidos e achados.
Para
além de escrever que a transferência de instalações, da 2.ª
Esquadra para a entidade ligada aos Combatentes da Grande Guerra,
certamente promovida pelo presidente do núcleo de Coimbra da Liga,
tenente-coronel Paulino, foi uma óptima iniciativa e para repetir, já
que traz movimento à rua classificada como Património da
Humanidade, poderia ficar por aqui.
Começou
às 10h00. Para apreciar o ambiente, cheguei uma hora depois e estive
lá até ao meio-dia e meia, aquando da interrupção para almoço, e
foi muito interessante o que apreendi. Dei por bem-empregue o tempo
despendido. Nestas duas horas e meia, entre os 2 e os 18 euros,
foram licitados cerca de 70 lotes. Sete caixotes de papelão, grandes
e médios, foram esvaziados -e outros cinco aguardaram para depois, no
segundo round.
Pelo
que antevi, o acto, a abrir, começou com a venda de vários
guarda-chuvas e continuou com vestuário e adornos. Com o pregoeiro a
anunciar o preço, a qualidade e a marca dos produtos com alguma
graça o tempo passou depressa. Contrariando anos anteriores em que
havia muitos usados, este ano contavam-se pelos dedos das
duas mãos os artigos em segunda-mão.
Impressionou-me
deveras a enorme quantidade de têxteis novos... com marcas vendidas
pelas grandes superfícies. Desde vestidos com etiquetas com custo de
100 euros até calças e camisas dentro do mesmo valor, ali
ressaltava a alusão a marcas consideradas de luxo. Que eu me
apercebesse, só uma vez ecoou na sala um artigo de marca que poderia
ter sido vendido na Baixa: a Lefties (já desaparecida).
Por
outro lado, de uma forma tão ligeira tendo em conta o custo, dá que
pensar: como é que se pode perder tantos objectos? Será que, seguindo o
que está acontecer no país, os conimbricenses dão cada vez menos
valor às coisas? Ou, sendo a causa outra, será que tem a ver com o
poder de compra do ranking nacional? Segundo o INE, Instituto
Nacional de Estatística, exceptuando Lisboa e Porto, que detêm mais
10 por cento do poder de compra nacional, Coimbra faz parte de 10
municípios onde os rendimentos são maiores. Terá a ver com isso?
quinta-feira, 24 de maio de 2018
UM PENSAMENTO DE VEZ EM QUANDO...

(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)
POR
CARLOS JOÃO CASCAIS FIGUEIREDO
“O
fluxo turístico vai surgindo numeroso. Pelo magnífico e bem
organizado Festival Europeu da Canção, na generalidade, procuram
Sol, praia, gastronomia e episódios da nossa História patente nos
museus.
Aqui
temos qualidade no serviço, e servimos muito bem. São milhares que
procuram desfrutar das nossas praias, saborear o nosso peixe. E carne
também, obviamente! Não nos podemos alhear dos quilómetros de
costa marítima que possuímos.
No
entanto, se queremos alcançar um custo de vida mais bonificado,
temos de ser melhores, gerando mais qualidade aos vários níveis.
São
vias a explorar com profissionalismo.”
quarta-feira, 23 de maio de 2018
CMC: A OPOSIÇÃO, O ATRELADO E O SUPERVILÃO MALÉFICO

(Foto desviada do jornal Notícias de Coimbra)
“Basta
olhar para a história recente, das eleições de há seis meses
atrás:
os
Cidadãos por Coimbra (CpC) perderam o único vereador; a CDU
perdeu
cerca de 1500 votos; a coligação dos partidos da direita baixou
a
sua votação e perdeu um vereador; o PS manteve o seu eleitorado de
2013
com cerca de 35%; a abstenção foi de cerca de 44%.”
Quem
acompanha minimamente a política local através da comunicação
escrita e redes sociais, se perder um minuto para pensar, fica
surpreendido com o que se passa na Câmara Municipal de Coimbra.
A
pouco mais de seis meses passados sobre as eleições autárquicas
(Outubro de 2017), a um ano das eleições para o Parlamento Europeu
e a 17 meses das eleições legislativas, vale a pena tentar uma
análise sobre o situacionismo.
Comecemos
pela composição dos vereadores eleitos no executivo: 5 pelo Partido
Socialista (PS) (com pelouro).
Um
eleito pela Coligação Democrática Unitária (CDU, agregando o PCP
e o PEV, (com pelouro).
Pela
Coligação Mais Coimbra, composta pelo PSD/CDS-PP/MPT/PPM, foram
eleitos 3 vereadores (sem pelouro).
Pelo
movimento Somos Coimbra foram eleitos dois vereadores (sem pelouro).
PORTANTO...
Ou
seja: se considerarmos que a CDU é oposição, as forças de
contestação são maioritárias no hemiciclo, isto é, seis contra
cinco. Por conseguinte, o PS é minoritário no executivo.
Como
complemento, lembro que também na Assembleia Municipal de Coimbra o
PS, igualmente, está representado em número inferior de deputados.
MAS...
Aqui
surge uma interrogação: a CDU no executivo, ainda que em parceria,
faz parte integrante da governança PS ou, pelo contrário, faz parte
da oposição? Ou nem uma coisa nem outra?
PASSEMOS
À FRENTE...
Quem
lê as declarações escritas, quer nos jornais locais ou nas redes
sociais, dos representantes da oposição, da Coligação Mais
Coimbra e do movimento Somos Coimbra, e da ambígua CDU o que
apreende?
Avancemos
pela Coligação Mais Coimbra. Comecemos no Facebook, na página
individual de cada um dos seus vereadores:
Madalena
Abreu, com cerca de 3600 amigos, o léxico ideológico de
proximidade vai da CDU ao PS, passando pelo CDS até ao movimento
Somos Coimbra.
Embora
com um trabalho político de embaixadora, com punhos de renda,
nota-se ser a mais atirada em grandes textos de reflexão, quer na
Internet quer no jornal Diário as Beiras.
Lendo
os seus comentários na rede social desta professora universitária,
pressente-se, por um lado, um cuidado em não ofender alguém, por
outro, uma grande necessidade de agradar a gregos e a troianos.
Paulo
Leitão, com 3250 amigos, a variedade ideológica distribui-se
entre todos os partidos, desde correlegionários laranja até à CDU,
passando pelo PS e o CDS.
A
criação escrita na rede social deste engenheiro é pouco profícua.
Sem grandes tiradas criativas, lendo o pouco que plasma, não se
adivinha muito sobre o seu pensamento político.
Paula
Pego, com pouco mais de uma centena de amigos na
Internet, parece apresentar-se muito comedida e pouco a
exposições mediáticas. Sem rasgo ideológico que a cole muito à
Social Democracia, esta professora universitária não mostra o que
vai na sua alma sobre o futuro de Coimbra.
Sobre
os vereadores do movimento Somos Coimbra podemos percepcionar:
José
Manuel Silva, com 5000 amigos no Facebook, esgotando e fechando a
porta a mais amizades, este vereador, nos relacionamentos de
proximidade ideológica, abarca membros locais de todos outros
partidos à esquerda e à direita.
Este
médico e professor universitário no activo é, sem margem para
dúvidas, o “enfant terrible” da oposição regional. Na
página do movimento que preside são constantes as setas envenenadas
e frustração derramada de nada poder fazer contra o líder do
executivo Manuel Machado. Acusa regularmente o autarca do PS lhe
barrar sistematicamente as portas até na consulta de documentos
necessários ao seu trabalho de edil.
Em
nome do movimento a que preside, os adejectivos de “déspota”,
“autocrático”, surdo, mudo são repetidos. É também
recorrente a acusação a Machado de ostracizar as propostas do
agrupamento político.
Como
um superdotado sempre em acção, uma espécie de sempre-em-pé,
é notória a sua capacidade de resistência e ambição de tentar
aglutinar apoios na cidade que lhe venham a garantir a reeleição no
próximo mandato.
Ana
Bastos, sem se poder contabilizar o número de amigos no
Facebook, adivinha-se que esta vereadora e professora universitária
contabilize muitas centenas senão milhares.
Na
sua página não se vislumbra um pensamento político pessoal. O que
aparece em copy-paste são textos prolixos do movimento Somos
Coimbra.
Sobre
a CDU podemos perceber o seguinte:
Francisco
Queirós, o vereador eleito pela Coligação Democrática Unitária e
na Câmara com pelouros desde 2009, na sua página do Facebook a
cerca do número de amizades não deixa muito a descoberto. Nas
largas dezenas que dão para ver, desde a esquerda à direita é
abrangente o léxico ideológico.
Percorrendo
o site, é recorrente a criação literária e a defesa dos ideais
comunistas. Na sua página raramente responde a interpelações.
Nos
seus artigos de opinião no Diário as Beiras -como o desta última
Segunda-feira, 21 de Maio, em que aflorava o estado degradado da
Baixa- é manifesta a demarcação averbada das políticas
socialistas no concelho de Coimbra.
MAS,
AFINAL, TANTO PALEIO PARA QUÊ?
Correndo
o risco de nem um leitor chegar ao fim, alonguei-me nesta crónica.
De modo aborrecido, com uma intenção deliberada, mostrei o que me
pareceu de relevante nas suas páginas do Facebook. E porquê? Por
três motivos:
No
primeiro, foi tentar mostrar que a ideia de total incapacidade na
governação conimbricense que os partidos da oposição, incluindo a
CDU, passam aos munícipes é falsa.
Perfazendo
a coligação Mais Coimbra, o movimento Somos Coimbra e a CDU uma
maioria de seis vereadores é muito fácil, acordando entre si, de
fazerem aprovar qualquer moção, proposta e tomadas de posição.
Na
segunda justificação, tendo em conta as relações transversais
entre a esquerda e a direita por parte de cada vereador da oposição
na rede social, dá para constatar que não se unem no parlamento
camarário porque não querem. Em especulação, provavelmente, pela
lógica partidária egoísta, dá mais jeito continuar a choramingar e a fazer dos socialistas no poder uma espécie de muro de
lamentações.
No
terceiro fundamento, valendo o que valer este escrito, é alertar
para as três forças em presença que continuar a seguir o mesmo
procedimento político de desunião, que já vem desde 2013, mais que
certo, vai ter custos elevados.
Basta
olhar para a história recente, das eleições de há seis meses
atrás: os Cidadãos por Coimbra (CpC) perderam o único vereador; a
CDU perdeu cerca de 1500 votos; a coligação dos partidos da direita
baixou a sua votação e perdeu um vereador; o PS manteve o seu
eleitorado de 2013 com cerca de 35%; a abstenção foi de cerca de
44%.
É
preciso fazer um desenho?
Se
a CDU não mostrar ao longo destes três anos e meio a descolagem do
PS corre o sério risco de nas próximas eleições para a Câmara de
Coimbra perder o seu único vereador.
Se
a coligação Mais Coimbra não mostrar mais empenho, está de ver,
os resultados da próxima eleição vão ser catastrófico, sobretudo
para o PSD.
Se
o movimento Somos Coimbra não for muito mais além do que parece ir
e não surpreender, pode acontecer o mesmo que ao CpC, que elegeu
apenas deputados para a Assembleia Municipal.
Era
bom pensar que, contrariamente ao que se diz, estes movimentos
independentes de cidadãos são efémeros. As pessoas votam neles
como experiência na novidade e na esperança de serem diferentes dos
partidos. O passado recente já mostrou que não são. E quando assim
acontece, depois de uma tentativa vã, os eleitores regressam aos
agrupamentos partidários, que, apesar de todos os vícios já
descritos e apesar de tudo, oferecem mais segurança e liberdade
democrática.
E fico-me por aqui. Não fui muito longo, pois não?
E fico-me por aqui. Não fui muito longo, pois não?
BAIXA: CRÓNICA DA SEMANA PASSADA
MOMENTO CATÁRTICO
Conforme
estava anunciado, na quinta-feira da semana passada, Francisco
Queirós, vereador eleito pela CDU, Coligação Democrática
Unitária, com os pelouros da Habitação e Desenvolvimento no
Executivo de maioria socialista, às 19h00 estava presente na sede do
PCP, Partido Comunista Português, na Rua Adelino Veiga, para receber
os comerciantes e ouvi-los sobre a grave crise que se abateu na Baixa
de Coimbra.
Na
primeira semana, entregando um prospecto explicativo, comunicou que a
CDU tinha apresentado e feito aprovar na Assembleia Municipal de
Coimbra uma resolução, uma carta de intenções, com 11 medidas,
entre várias, desde o estacionamento gratuito em parques periféricos
até reforço das equipas de limpeza.
Na
segunda semana, usando novamente o trato pessoal e entregando um
pequeno folheto, convocava os comerciantes da Baixa para uma reunião
na sede do partido a que está agregado.
À
solicitação compareceram 12 pessoas ligadas ao comércio. As
perguntas que ficam são:
Os comerciantes não apareceram porque, de facto, as coisas não estão tão más assim?
Os comerciantes não apareceram porque, de facto, as coisas não estão tão más assim?
Ou,
em sentido diferente, poderemos pensar que não estiveram presentes
porque não acreditam na CDU?
E
se fosse outro partido ou movimento a convidar seria diferente?
FINITO
Fechou
há dias uma das duas lojas da Mercearia à Portuguesa, na Rua da
Gala. Certamente para conter custos, uma vez que a cerca de vinte
metros abriu há cerca de um mês outra do mesmo género, teria sido
uma decisão ponderada pelo jovem empreendedor Fábio Teixeira, o
proprietário.
Desde
Janeiro deste ano, é o 18º encerramento comercial na Baixa.
PARA
REFLECTIR

Já
passaram seis meses desde a tomada deste novo executivo liderado por
Manuel Machado. Ao longo da campanha eleitoral com promessas de
recuperação da Baixa, a verdade é que não se vê qualquer
movimento, por parte dos socialistas, para implementar medidas que
evitem os encerramentos.
Basta
dar uma volta pela parte baixa da cidade para verificar que outros
fechos estão em linha. Sem querer parecer tétrico, só para
adiantar: um na Rua da Sofia; dois na zona da Rua Simões de Castro;
dois na Rua das Padeiras.
TERMÓMETRO
TURÍSTICO
Embora
os visitantes que aportam à Baixa diariamente sejam em grande
número, verifica-se que, já desde o ano passado que é assim, o
turismo que que procura a cidade é muito pobre nos gastos. Para além
de uns cafés e algumas refeições consumidas, alegadamente, no
comércio pouco deixa. Como "recuerdos", os turistas levam consigo fotografias e fotos de tudo o
que mexe. Com brasileiros e franceses a constituir a maioria e alguns
ingleses em minoria, é óbvio que mesmo assim venham a nós e deixem
o pouco do vosso reino.
PROTEÇÃO DE DADOS? O QUE É ISSO?

(Imagem do Jornal Económico)
"Vem aí as novas regras de Proteção de Dados: sabe o que muda para si, enquanto cidadão?"
terça-feira, 22 de maio de 2018
BAIXA: O CRIMINOSO VOLTA SEMPRE AO LOCAL DO CRIME

Esta
noite, por volta das 04h00, presumidamente os mesmos indivíduos que
tentaram assaltar a ourivesaria Rogério, na Rua Eduardo Coelho, na
madrugada de anteontem, voltaram novamente ao local do crime para
tentar consumar a tarefa.
Adivinhando que iriam voltar, o comerciante proprietário da casa de compra e venda de ouro decidiu passar a noite na loja para assegurar a defesa dos seus bens. Sorte a dele. A meio da noite, ouvindo ruídos de alguém a tentar rebentar com as grades, percebeu imediatamente que se preparavam para o arrombamento derradeiro. Ligou para a PSP e, pelos vistos, desta vez esta força de polícia esteve muito bem. Rapidamente e em força, com vários agentes a deslocarem-se para o local, não só evitaram o assalto como quase os prenderam. Diz quem sabe que os ladrões ainda foram perseguidos em direcção à Praça do Comércio onde estaria uma viatura de marca Passat roubada há duas noites. Como o carro foi abandonado no local, hoje, durante o dia, alegadamente, esteve guardado por um agente daquela polícia de segurança pública.
Adivinhando que iriam voltar, o comerciante proprietário da casa de compra e venda de ouro decidiu passar a noite na loja para assegurar a defesa dos seus bens. Sorte a dele. A meio da noite, ouvindo ruídos de alguém a tentar rebentar com as grades, percebeu imediatamente que se preparavam para o arrombamento derradeiro. Ligou para a PSP e, pelos vistos, desta vez esta força de polícia esteve muito bem. Rapidamente e em força, com vários agentes a deslocarem-se para o local, não só evitaram o assalto como quase os prenderam. Diz quem sabe que os ladrões ainda foram perseguidos em direcção à Praça do Comércio onde estaria uma viatura de marca Passat roubada há duas noites. Como o carro foi abandonado no local, hoje, durante o dia, alegadamente, esteve guardado por um agente daquela polícia de segurança pública.
segunda-feira, 21 de maio de 2018
BAIXA: ASSALTO FRUSTRADO A OURIVESARIA COM A AJUDA DE DEUS

Esta
noite, entre as 04h00 e as 04h30, o alarme da ourivesaria Rogério,
na Rua Eduardo Coelho, tocou durante cerca de 20 minutos. Colocando
em sobressalto a zona, durante o tempo em que durou o retinir não
apareceu qualquer autoridade ou particular. Ou seja, se os ladrões
tivessem conseguido penetrar na loja teriam feito uma limpeza
completa na maior das calmas.
Felizmente
para o proprietário, as grossas grades de protecção,
embora forçadas ao limite, resistiram bem ao ataque de barras de
ferro. No chão de calçada portuguesa ficaram os estilhaços do
lambril de pedra que serviu na alavancagem.
Longe
vai o tempo em que a PSP até estava atenta e prendia os assaltantes
em flagrante. Foi em 2013, há cinco longos anos, neste mesmo
estabelecimento e no tempo em que ainda havia alguma esperança de
podermos dormir seguros.
Segundo
um residente que pediu o anonimato, cerca da 1h30 dois homens
tentaram abrir as grades. Provavelmente, como não conseguiram,
alegadamente, teriam voltado depois apetrechados com material pesado.
Como foram surpreendidos pela resistência da chapa e pelo
sobressalto sonoro, mais que certo, foram pressionados a desistir.
Não
é demais lembrar que a Baixa entre a noite e a madrugada fica
deserta e entregue a si mesma.
Valerá a pena continuar a martelar nos ouvidos surdos das autoridades competentes?
Valerá a pena continuar a martelar nos ouvidos surdos das autoridades competentes?
sábado, 19 de maio de 2018
UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...
Anónimo
deixou um novo comentário na sua mensagem "CDU:
O QUEIRÓS TOCOU A REBATE E SÓ RESPONDERAM DOZ...":
SE A MALTA DO PC (PARTIDO COMUNISTA) DE COIMBRA QUER LÁ GENTE, QUE NÃO SE DEITE COM O INIMIGO COMO TEM SIDO APANÁGIO DESDE QUE O MM (MANUEL MACHADO) CHEGOU AO PODER. QUEM LIA O QUE QUEIRÓS ESCREVIA NOS DIÁRIOS LOCAIS ANTES DE CHEGAR AO PODER, E COMPARAR COM AQUILO QUE FAZ HOJE QUE "TEM O PODER" PERCEBE RAPIDAMENTE QUE QUALQUER CONVERSA COM ESSE INDIVIDUO É PURA PERDA DE TEMPO. QUER É TACHO SENÃO NÃO COMPACTUAVA COM TUDO ISTO!
SE A MALTA DO PC (PARTIDO COMUNISTA) DE COIMBRA QUER LÁ GENTE, QUE NÃO SE DEITE COM O INIMIGO COMO TEM SIDO APANÁGIO DESDE QUE O MM (MANUEL MACHADO) CHEGOU AO PODER. QUEM LIA O QUE QUEIRÓS ESCREVIA NOS DIÁRIOS LOCAIS ANTES DE CHEGAR AO PODER, E COMPARAR COM AQUILO QUE FAZ HOJE QUE "TEM O PODER" PERCEBE RAPIDAMENTE QUE QUALQUER CONVERSA COM ESSE INDIVIDUO É PURA PERDA DE TEMPO. QUER É TACHO SENÃO NÃO COMPACTUAVA COM TUDO ISTO!
Joana
deixou um novo comentário na sua mensagem "CDU:
O QUEIRÓS TOCOU A REBATE E SÓ RESPONDERAM DOZ...":
Em jeito de resposta ao senhor "Anónimo": O PCP não compactua "com tudo isto". Prova disso é que o vereador do PCP foi o único (!!) a votar contra aquela monstruosidade que é o Aldi de Santa Clara. São opções políticas, e o PCP tem sempre tomado opções que ajudem os comerciantes e a Baixa em geral. Na sua maioria contra “Manueis” Machados, PS, PSD, ou quem quer que seja. O PCP tem a sua posição, e não se vende.
************************************************
Em jeito de resposta ao senhor "Anónimo": O PCP não compactua "com tudo isto". Prova disso é que o vereador do PCP foi o único (!!) a votar contra aquela monstruosidade que é o Aldi de Santa Clara. São opções políticas, e o PCP tem sempre tomado opções que ajudem os comerciantes e a Baixa em geral. Na sua maioria contra “Manueis” Machados, PS, PSD, ou quem quer que seja. O PCP tem a sua posição, e não se vende.
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Anónimo
deixou um novo comentário na sua mensagem "CDU:
O QUEIRÓS TOCOU A REBATE E SÓ RESPONDERAM DOZ...":
Bem, o senhor de cabelos brancos, falou, falou, tem aqui o discurso transcrito, terminando em apoteose com "eu vou estar de olho em si", mas o que o Queirós disse resume-se a "argumentos que ninguém acreditou...". Bom truque ;).
Bem, o senhor de cabelos brancos, falou, falou, tem aqui o discurso transcrito, terminando em apoteose com "eu vou estar de olho em si", mas o que o Queirós disse resume-se a "argumentos que ninguém acreditou...". Bom truque ;).
CDU: O QUEIRÓS TOCOU A REBATE E SÓ RESPONDERAM DOZE (3)
Estamos
a retratar a última parte de um “espectáculo” político
promovido pela CDU, Coligação Democrática Unitária, em que foram
convidados os comerciantes para, na sede do PCP, na Rua Adelino
Veiga, em Coimbra, serem ouvidos de viva voz e debatidos problemas
graves que assolam a Baixa comercial. Ao convite responderam 12
pessoas. Marcou presença Francisco Queirós, vereador da CDU com os
pelouros da Habitação e do Desenvolvimento no Executivo municipal.
Quem
não foi, alegadamente, pode justificar de várias maneiras: estava
ocupado nas horas indicadas; não foi convocado pessoalmente pelo
vereador; estes convites nunca deveriam ter sido realizados por um
homem com barriga saliente e já entradote, mas, antes, por uma
camarada cheia de convicções revolucionárias e atributos físicos
em conformidade; a reunião deveria ser acompanhada, no mínimo, com croquetes e
bolos de bacalhau e bom tinto; não gostar do anfiteatro onde se
desenrolou a encenação. Sim, porque o que tinha sido anunciado nas
duas semanas antecedentes, sem pretender enganar alguém, era uma
encenação teatral.
I
Estamos
então no desenvolvimento da peça, no terceiro acto. Trata-de uma
espécie de tribunal plenário -por irónico que seja, a fazer
lembrar os julgamentos políticos do Estado Novo. Trata-se do
processo 17-05-2018.
O
arguido (ou arguidos) é o poder local, no caso, por questões
estratégicas, julgado à revelia.
Os
queixosos eram os comerciantes, mas, estranhe-se, ou talvez não, a
CDU, embora implicada no processo até ao pescoço, tinha-se constituído assistente.
Como
juiz estava o vereador da CDU, Francisco Queirós.
A "defender o Estado", em representação do "Ministério Público", estava
o camarada João, também membro da CDU.
Como
se vê, a imparcialidade reinava na sala.
Pelo
desenrolar dos primeiro e segundo actos, deu para verificar que a
culpabilidade, a haver veredicto, caía por inteiro no chefe do
executivo, que não estava presente. Se estivesse, bem à maneira
portuguesa, ser-lhe-ia estendida uma passadeira vermelha.
No
prosseguimento do drama, através da retórica de Queirós, deu para
constatar que a CDU, apesar de fazer parte do executivo socialista,
era uma vítima do algoz Machado, o dono da Câmara Municipal.
A
CDU não tem feito mais pela Baixa porque não pode. Até votou
contra o Aldi, em Santa Clara, disse o representante comunista em
repetição.
Tentando
passar pelos pingos da chuva, disse ainda mais: “eu não consigo
entender o presidente da Câmara. O princípio é ouvir os munícipes
e não tratá-los mal. É fundamental que os comerciantes vão às
reuniões de câmara. Obriguem o Manuel Machado a falar com as
pessoas! Mas uma coisa posso dizer: não vamos deixar morrer a Baixa
de Coimbra!”
II
O
julgamento decorria algo monótono. O juiz , no caso o vereador
Queirós, substituindo a acusação e, ex aequo, chamando a si
a defesa da CDU, pela excelente performance, convencia por inteiro a
assistência constituída pelos poucos comerciantes. A demonstração
de inocência da coligação era total. A reverência ao cordial
vereador manifestava-se em forma de alocução: o stor desculpe,
mas o culpado desta situação é o presidente da Câmara!
Imagina-se
o representante da CDU a esfregar a barriga de contentamento e a
pensar para si: “isto correu melhor do que eu esperava!”.
E
estava quase a tocar a campainha para o correr do pano. É então que
da assistência, eloquente e morna, porque há sempre um louco a
quebrar a modorra societária, um tolo, já velhote e de cabelos
brancos, dirigindo-se ao vereador, atira o seguinte:
“Eu
vim para ouvir. Não era minha intenção intervir. Mas perante o que
estou a assistir não posso deixar de o fazer. Porque já falámos
algumas vezes, a nível pessoal, gosto de si e reconheço-lhe grandes
qualidades humanas muito superiores ao seu antecessor no cargo, mas
já no campo político não posso estar mais em desacordo com a sua
actuação. O que estamos a assistir aqui hoje é uma tentativa de
desonerar a CDU do processo de degradação da Baixa. Ora, como sabe,
o senhor é o vereador da Habitação e do Desenvolvimento desde
2009. O seu precursor esteve no seu lugar durante os primeiros
mandatos de Carlos Encarnação. Na maioria dos casos de aprovação
positiva, o senhor sabe que é graças à sua abstenção continuada
que as medidas têm passado no executivo de maioria socialista.
Por
tudo isto, fazendo de conta que não tem nada a ver com a degradação
da Baixa, a CDU não pode lavar as mãos do que se está a passar.
Enquanto munícipe, o que espero de si é uma posição musculada
perante Manuel Machado, o presidente da edilidade. Que, aliás, do
seu desempenho futuro como vereador também depende o destino da CDU na
cidade. Não esqueça que nas últimas eleições os votos na
coligação caíram. Eu vou estar de olho em si!”
Francisco
Queirós, vereador na autarquia, ali juiz em causa própria,
engolindo em seco, não se deu por achado e retorquiu com argumentos
que ninguém acreditou, mas também não era preciso, Afinal, tudo
aquilo era uma encenação.
Sem
palmas, caiu o pano! Outras peças se seguirão com outros actores. A
miséria humana sempre resultou em excelentes tragicomédias. E quando alguns
choram, cheios de vontade de sorrir, outros fazem cara de enterro. É
o teatro da vida!
TEXTOS RELACCIONADOS
CDU: O Queirós tocou a rebate e só responderam doze (1)
CDU: O Queirós tocou a rebate e só responderam doze (2)
TEXTOS RELACCIONADOS
CDU: O Queirós tocou a rebate e só responderam doze (1)
CDU: O Queirós tocou a rebate e só responderam doze (2)
sexta-feira, 18 de maio de 2018
CDU: O QUEIRÓS TOCOU A REBATE E SÓ RESPONDERAM DOZE (2)
Conforme
estava anunciado, ontem, quinta-feira, Francisco Queirós, vereador
eleito pela CDU, Coligação Democrática Unitária, com os pelouros
da Habitação e Desenvolvimento no Executivo de maioria socialista,
estava presente na sede do PCP, Partido Comunista Português, na Rua
Adelino Veiga, para receber os comerciantes e ouvi-los sobre a grave
crise que se abateu na Baixa de Coimbra.
Depois
de fazer uma introdução, justificando o motivo porque queria ouvir
de viva voz os comerciantes, o simpático professor passou a foice
e o martelo, como quem diz, passou a palavra para a curtíssima
assistência.
Como
ressalva, para além do político com assento no Executivo municipal,
não vou identificar os doze magníficos que corresponderam ao apelo
do camarada nem a quem cabe as frases que se vão seguir.
COMERCIANTES
PARA O PELOURINHO DA PRAÇA VELHA. JÁ!
A
primeira pessoa que tomou a palavra foi uma senhora. E disse o
seguinte: “Já estive em várias reuniões como esta e o
resultado é sempre o mesmo. Ou seja: nada! Já todos sabem e
conhecem os problemas!
Aos
Domingos e Sábados à tarde está tudo fechado. Qualquer dia não
temos restaurantes para comer. Estão só vocacionados para turistas.
Queixas ouvimos todos os dias de turistas e de pessoas que vivem cá.
Nunca
vi uma cidade tão porca como esta! Eu vejo poucos comerciantes a
varrerem a rua. Não há uma atitude proactiva para mudar.”
A
seguir, numa espécie de pingue-pongue entre duas veteranas da arte
de negociar, foi outra senhora. Disse o seguinte: “Na questão
que aflora sobre os restaurantes, eu indico o “Zé Neto”, o
“Giro” e o “Paço do Conde”.
Os
candeeiros da Praça do Comércio estão todos com vidros partidos.”
Retorquiu
a primeira arguente: “não sou comunista, mas sou uma activista.
Se calhar, já fiz mais barulho nesta cidade do que na minha, em
Santarém.”
E
responde novamente a segunda: “eu estive sempre em todas as
reuniões onde a senhora esteve. Estive em todas as que foram
realizadas pela APBC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra.
O que é que isso deu?”
E
volta a jogada novamente para a primeira tenista: “se calhar é
preciso unirmo-nos. Se calhar é preciso perguntar o que se pode
fazer para ajudar e deixar de reclamar.”
MACHADO,
INIMIGO PÚBLICO
Como
o jogo estava a ficar um tédio,
meteu-se um homem no meio das duas mulheres: “a
senhora fala muito bem... -dirigindo-se à primeira arguente. Nós
na rua da Sofia pedimos para falar com o presidente da Câmara e
ainda não conseguimos falar com ele. Eu até podia falar com ele,
mas ele já deu respostas desagradáveis a quem o abordou na rua. Eu
podia abordá-lo, mas para quê? Ele não ouve ninguém! Segundo
pessoas que conheço, ele é extremamente indelicado. Ele fez uma
praça de touros (no Terreiro da Erva).”
A
solidariedade institucional a funcionar. Em socorro do colega avança
outro: “em relação à Baixa agora, sobre o que vou dizer,
adivinho, não vão gostar. A Baixa não tem viabilidade. Não temos
pessoas na Câmara que nos apõem.
Era
preciso reunir com quem trabalha com os turistas.
Começo
com o estacionamento. As pessoas dizem que não há
estacionamento. Há muito! É é caro! Eu tenho o meu carro num
parque de estacionamento a pagar. Há comerciantes que têm os carros
na rua de manhã à noite.
Prossigo
com a limpeza. É uma vergonha o que se passa com as pessoas que
fazem lixo na rua.
Entre
a Praça 8 de Maio e o Largo da Portagem há 17 lojas fechadas. Na
Rua da Sofia há várias e dentro de dias vai fechar outra.
Se
a autarquia não nos ouvir é difícil sair desta situação.
A
taxa de ocupação de espaço público era de 10 euros por ano e
passou para 10 euros por mês!”
VIRA-SE O
PREGO PARA A NOVA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL
A
primeira senhora, a que tinha perdido a bola para um homem, tratou de
recuperar a jogada. E avançou assim: “formou-se uma associação
e não foi dada qualquer informação. Não sei o que querem! Deviam
antes reunir com os colegas e perguntar se estamos de acordo com o
que se pretende. Não é assim que se fazem as coisas!”
Mas
o nosso homem que chamou indelicado a Machado estava atento. E tratou
de lhe retirar a partida: “espere para ver! A APBC fez o
contrário e não vale nada! Mas eu dou razão à senhora”,
contemporizou.
Mas
o colega da Rua da Sofia, o que contou as lojas fechadas,
lançando-lhe um laço, retira-o temporariamente da jogada: “a
APBC foi criada na ACIC. No anterior mandato de Machado, que terminou
em 2001, ele chumbou a ideia. Só foi implementada no tempo de Carlos
Encarnação. Os órgãos directivos da APBC são nomeados pela
Câmara. Deviam é serem eleitos pelos comerciantes!”
CURIOSIDADES
NESTA JOGADA DA ASSOCIAÇÃO
Sobre
a recém-criada associação, a nova AICEC –Associação de
Industriais, Comerciantes e Empresários de Coimbra- deu aso a dois
notórios fora de jogo que, no mínimo, deveriam ter resultado em dois
cartões amarelos.
O
primeiro cartão em falta foi quando Queirós, naturalmente
apresentando-se pela esquerda, pergunta ao argumentante: “associação?
De que associação estão a falar?”
Foi
implícito que o camarada Francisco anda demasiado embrenhado na
leitura de O Capital, de Karl Marx, e menos na análise dos jornais
locais.
O
segundo cartão amarelo que não foi mostrado e deveria ter sido foi
quando se falou do (mau) procedimento do executivo da nova a
associação e não se ouviu um pio. Estranho, muito estranho, porque
havia ali no grupo de comerciantes dois membros da direcção da AICEC.
Dá para perceber? Se calhar até dá, mas isso fica para outras
núpcias.
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