(Imagem retirada da página da Liga dos Combatentes)
Ontem,
nas instalações da Liga dos Combatentes, na Rua da Sofia, a PSP
promoveu uma hasta pública de artigos perdidos e achados.
Para
além de escrever que a transferência de instalações, da 2.ª
Esquadra para a entidade ligada aos Combatentes da Grande Guerra,
certamente promovida pelo presidente do núcleo de Coimbra da Liga,
tenente-coronel Paulino, foi uma óptima iniciativa e para repetir, já
que traz movimento à rua classificada como Património da
Humanidade, poderia ficar por aqui.
Começou
às 10h00. Para apreciar o ambiente, cheguei uma hora depois e estive
lá até ao meio-dia e meia, aquando da interrupção para almoço, e
foi muito interessante o que apreendi. Dei por bem-empregue o tempo
despendido. Nestas duas horas e meia, entre os 2 e os 18 euros,
foram licitados cerca de 70 lotes. Sete caixotes de papelão, grandes
e médios, foram esvaziados -e outros cinco aguardaram para depois, no
segundo round.
Pelo
que antevi, o acto, a abrir, começou com a venda de vários
guarda-chuvas e continuou com vestuário e adornos. Com o pregoeiro a
anunciar o preço, a qualidade e a marca dos produtos com alguma
graça o tempo passou depressa. Contrariando anos anteriores em que
havia muitos usados, este ano contavam-se pelos dedos das
duas mãos os artigos em segunda-mão.
Impressionou-me
deveras a enorme quantidade de têxteis novos... com marcas vendidas
pelas grandes superfícies. Desde vestidos com etiquetas com custo de
100 euros até calças e camisas dentro do mesmo valor, ali
ressaltava a alusão a marcas consideradas de luxo. Que eu me
apercebesse, só uma vez ecoou na sala um artigo de marca que poderia
ter sido vendido na Baixa: a Lefties (já desaparecida).
Por
outro lado, de uma forma tão ligeira tendo em conta o custo, dá que
pensar: como é que se pode perder tantos objectos? Será que, seguindo o
que está acontecer no país, os conimbricenses dão cada vez menos
valor às coisas? Ou, sendo a causa outra, será que tem a ver com o
poder de compra do ranking nacional? Segundo o INE, Instituto
Nacional de Estatística, exceptuando Lisboa e Porto, que detêm mais
10 por cento do poder de compra nacional, Coimbra faz parte de 10
municípios onde os rendimentos são maiores. Terá a ver com isso?
Sem comentários:
Enviar um comentário