sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O PROTESTO DO PANTUFINHA

(Fotos de Márcio Ramos)




Hoje, cerca das 9h00, um mini-autocarro "pantufinhas" estancou em frente à Câmara Municipal e nem o facto de uma ambulância pretender passar para socorrer um doente na zona do Arco da Almedina o fez mudar de ideias. Tudo indicava  tratar-se de um contesto mecânico. Vieram os negociadores, isto é o carro-socorro, e só depois de muitas festinhas no motor, e, mais que certo, promessas de um futuro melhor, é que a máquina decidiu ir à sua vidinha. Não se conseguiu saber o que reivindicava a pequena camioneta de passageiros, mas adivinha-se. É bem possível que seja qualquer coisa relacionada ou com o chefe da edilidade ou com os SMTUC, Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra –lembro que já esta semana também um autocarro dos mesmos serviços estancou na curva da Escola de São Bartolomeu e, durante bastante tempo não deixou fluir o trânsito. Coincidência pelo facto de muitos autocarros já serem velhinhos e nem umas doses duplas de Viagra os fazerem funcionar? É possível, mas, cá para mim, estamos perante protestos organizados dos autocarros. Se assim não fosse, como entender que só avariam em pontos-chave e que causam transtornos a terceiros? Não é este o princípio que subjaz às greves desencadeadas pela sindical CGTP? Não me admira que o protesto de hoje, do autocarro parado em frente à autarquia, tenha a ver com uma posição robusta tentando forçar António Costa, do PS, a integrar no futuro governo o seu correlegionário Manuel Machado, presidente da Câmara Municipal de Coimbra.
Segundo Márcio Ramos, testemunha ocular, “fosse lá o que fosse, a verdade é que, por causa da avaria do “pantufinhas”, a ambulância teve de ir dar a volta ao quarteirão, como quem diz, à Avenida Fernão de Magalhães, e esse tempo despendido poderia ter sido fatal para a vítima que esperava socorro. Acho que esta amostra de autocarro “ecovia” deveria ser responsabilizado.”



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