segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

EDITORIAL: O DILÚVIO ANUNCIADO

(Imagem da Web)


 Apesar do inverno rigoroso e termos tido ameaças sérias na véspera do último Natal, ainda não foi este ano que a Baixa ficou completamente inundada –em Setembro de  2008, num domingo e devido a intensas chuvas, a Praça 8 de Maio ficou com meio-metro de água e com muitas lojas comerciais alagadas. Apesar disso, os avisos estão ao olhar de um relance. O alagamento do Parque Verde várias vezes, este ano e no final do transacto, mostra bem o quanto as imagens dos anos de 1960 podem materializar-se novamente e o dilúvio voltar a qualquer momento.
Está de ver que a dragagem do rio deveria ser uma das preocupações para o verão que se aproxima. Mesmo com as ameaças da empresa que gere o Bazófias, o barco turístico que manobra no Mondego, de ir navegar para águas mais profundas por impossibilidade de operar na bacia líquida que se apresenta à cidade, aparentemente, os planos de desassoreamento vão sendo passados para as calendas.
Ler todos os dias na imprensa local, por parte do executivo municipal, e dos partidos que o compõem, uma preocupação com obras megalómanas, como a construção de estradas, metro ligeiro, funiculares, gares, aeroportos, dá que pensar. Os exemplos estão mesmo à mão de semear mas tudo continua igual como até aqui. Ninguém quer saber do endividamento futuro. Empurram todos com a barriga para a frente. Em vez de salvar e manter o que se tem continua-se a apostar no betão. Este domingo ultimo o Diário de Notícias mostrava a nu a situação insolvente da Câmara de Gaia. Alguém leu?

1 comentário:

Super-febras disse...

Amigo:

Admiro a sua gentileza! Empurrar com a barriga faz-me presumir que são só pançudos , os que o fazem. Imagine-se o que se presumiria se tem optado por usar alguma outra parte, talvez mais predisposta para tal .
Quanto a Gaia, que sorte tiveram com a nova lei eleitoral. Lá se viram livres de um pequeno papão. Mas que esfomeado! Faz-me lembrar um carácter do Walt-Disney! Roda 25, ruim, esfomeado e loucamente apressado.
Os portuenses é que não foram na esparrela. Penso que escolheram sensatamente. São finos, olhe-se só o galardão que acabaram de receber! Porto...do melhor que há na Europa.
Não quero ser como a coruja, mas Coimbra tem os mesmos potenciais e a sua posição geográfica no nosso país é mais um trunfo.
Que se não continue a remediar e a solucionar as coisas à pressa. É preciso manter as linhas arquitectónicas , disso que não haja dúvidas, por isso é preciso restaurar. Restaurar custa mais, mas valerá muito mais quando acabado, se bem feito. E terá que haver um programa de manutenção para que não volte a acontecer o que aconteceu à nossa, em tempos afável, baixa, que agora custará coiro e cabelo para arranjar e revitalizar. Mas tem que ser feito, Coimbra e os conimbricences merecem.
Que se faça um estudo e que se forme um plano. Temos Faculdades à altura para o fazerem. Depois é só apagar as cores políticas e cometer todos, a longo prazo se necessário, a executá-lo.
Que se deixe de empurrar na tão bela cidade que me foi parteira. Será melhor usar e multiplicar esse esforço para a levantar.
Temos a obrigação de a deixar p'rós do futuro melhor que aquilo que nos foi entregue. Seremos capazes, tenho a certeza, afinal somos Coimbrões!
Para desaparecida e enterrada já temos Conimbriga.
Não servirá de lição?
Mãos à obra !!! Já chega de notas a medíocre...

Um abraço:
Álvaro José da Silva Pratas Leitao