segunda-feira, 1 de outubro de 2012

UM COMENTÁRIO RECEBIDO E REMETIDO PARA O NOSSO PROVEDOR


Maria Matos deixou um novo comentário na sua mensagem "A PASTELARIA BRIOSA TEM A MELHOR MONTRA":


 Boa tarde. Sendo eu uma mera visitante da Baixa de Coimbra, acho que esta montra, e não tendo nada contra as pessoas que a fizeram, da Óptica Fernandes está bem fraquinha quando comparada com a maioria das montras que tive oportunidade de ver. Desde a Casa dos Enxovais, Casa Sacril, Casa Confiança, enfim... Poderia enumerar imensas lojas cujas montras estão bem mais apelativas que a desta segunda classificada.
Parece que quem votou apenas passou nas Ruas principais, Rua Ferreira Borges e Visconde da Luz... Coincidências da vida.



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NOTA DO EDITOR


 Muito obrigada, Maria, por ter comentado. Fico sem saber se a sua comunicação é um lamento ou se um pedido de apreciação dirigido ao nosso provedor, ALFQ, Senhor de todas as iluminuras e fiel da balança de todos os litígios desta Baixa, terra amada e, por isso, tantas vezes, discutida em minudências que não interessam nem ao Menino Jesus. Não devia escrever isto, Maria Matos, homónima e espírito projectado da grande diva de toda a cenografia nacional, mas não tenho grande confiança na equidade e ponderação deste senhor e nosso provedor. Cá para nós, que ninguém nos vê, é tolo, pouco ponderado e parcial c’mo raio que o parta. Mesmo assim, pelo respeito que a Maria me merece, decidi enviar o seu texto para a douta –como quem diz, é claro!- avaliação do senhor de todas as reflexões. Eis, então, a sua comunicação:

“Ao primeiro dia de Outubro, do ano da graça de 2012, iluminado pelo brilho solar de Deus Nosso Senhor Jesus Cristo, na esplanada do Café Santa Cruz, e acompanhado por uns pastelinhos Crúzios oferta do anfitrião Vitor Marques, sob a minha batuta, ordenança, e alta ponderação, a pedido do director do blogue Questões Nacionais –que não refiro o seu nome porque me esqueci-, reuni comigo mesmo para apreciar uma crónica da Ex.ª senhora Dona Maria Matos –que como escreve muito bem, pode até ser doutora. Perante os factos apresentados, mirados parágrafo por parágrafo, frase por frase, letra por letra, e tudo dissecado como manda a lei feita por mim, entendi que, como a decisão do júri entra no campo da subjectividade, logo pessoal, não posso, nem devo, deliberar um parecer diferente do apresentado. Do alto da minha sapiência e equidade, depois de apreciadas as regras do concurso e vistas as montras premiadas, nesta primeira fase, entendo não dar provimento à queixosa. No entanto, caso entenda recorrer para o pleno, e contra uma sobretaxa de 50 euros para emolumentos, poderá o seu lamento ser revisto, e voltar a ser visto, de outra forma. Isto é, não à luz do sol, mas sim sobre a luminosidade da EDP.
Tenho dito.

O PROVEDOR: António Luís Fernandes Quintans”


 Eu tinha avisado, minha senhora. Este provedor é tendencioso. Veja bem que até aceitou os saborosíssimos pastelinhos Crúzios do Vitor Marques, do Café Santa Cruz. Por aqui já vê como é a "peça". Estou farto de dizer aqui no blogue para despedirem este gajo, mas ninguém me ouve!
Depois deste desabafo, gostava de dizer à Senhora Maria Matos de que, apesar da letra morta do “songamonga”, estou solidário com a senhora, pelo menos com o seu grito de não concordância –porque é um direito que lhe assiste. E sendo assim, sem tomar partido na questiúncula, peguei no meu caderno de apontamentos e na minha “esferovaique” e fui para a rua ouvir o pulsar dos comerciantes concorrentes. Pode crer que, exceptuando o vencedor –no caso a Pastelaria Briosa-, praticamente os ouvi, quase, a todos, incluindo um dos vencedores do segundo prémio. Agora vou-lhe dizer, minha senhora, o desacordo é quase total com a decisão do júri. Num dos casos, em conversa com um dono de uma loja, estava mesmo a ver que ele me ia ao “pêlo” com tantas palmadas que deu no balcão. Fosca-se, dona Maria! Eu tremia todo! Ainda sinto as minhas perninhas a balouçar como se fossem umas caninhas no canavial chicoteadas pelo vento. Eu seja ceguinho, dona Matos. O homem estava possesso. Como se eu fosse um lutador de boxe, a saltar de perna em perna, tive que andar à volta e não me aproximar dele. Só estava à espera de levar uma galheta que até ficava zonzo. Tive de o lembrar várias vezes que eu não tinha nada a ver com a decisão do júri. Nem me vou alongar nas imensas queixas dos concorrentes na discórdia da atribuição dos prémios aos contemplados.
Pronto! Isto para lhe dizer que muitos –e são muitos mesmo- pensam como a senhora. No entanto, volto a lembrar que decisões deste género nunca geram unanimidade. É mesmo assim.


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