segunda-feira, 27 de agosto de 2007

EM BUSCA DO PARAÍSO

Maria casou cedo,
ali para os lados do norte,
o marido partiu logo,
em busca da melhor sorte;
Foi parar ao Luxemburgo,
um país muito interessante,
aos poucos foi-se esquecendo,
da sua terra distante;
Nos primeiros anos veio,
em cada ano um pimpolho,
Maria olhava o futuro,
como um cego vê de um olho;
Um dia disse para si,
aqui não vou ficar mais,
vou partir ao encontro dele,
mesmo que o não encontre jamais;
Ninguém engana uma mulher,
sobretudo na intuição,
ela é dotada de instinto,
natural e de adivinhação;
Largou tudo, levou os rebentos,
apenas de mala na mão,
galgou quilómetros aos centos,
foi encontrá-lo então;
Nos braços de outra mulher,
entre mil prantos de solidão,
sabe que resiste se souber,
encontrar outra paixão;
O trabalho nunca foi problema,
muito menos a tristeza,
afinal o que vale um homem,
sem uma mulher à mesa?

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