terça-feira, 8 de junho de 2021

MEALHADA: O QUE FAZ FALTA PARA ANIMAR A MALTA? (3)

 

(Com a devida vénia, imagem de Vitor Oliveira)



Nesta altura de pré-eleições autárquicas, em que os partidos e movimentos concorrentes à Câmara Municipal de Mealhada procuram novas ideias para apresentarem aos seus eleitores, penso que faz sentido, na linha da cidadania activa, pensarmos, individualmente mas destinado ao colectivo, o que, de facto, nos faz falta e é preciso implementar no futuro.

Não tenhamos medo de cair no ridículo. Não tenhamos receio de pedir o impossível. Afinal, na nossa condição de munícipe e eleitor, o nosso papel na sociedade é apontar defeitos ou omissões e apresentar soluções. Se é exequível? Bom, isso já não nos cabe avaliar. Quem governar a autarquia nos próximos quatro anos, se estiver disposto a correr riscos, experimentará e retirará dessa experiência uma ilação.

Esta minha publicação, a qual outras se seguirão, vão nessa direcção. A minha intenção, para além de apresentar propostas, é também despoletar em si, leitor, a possibilidade de pensar. Afinal, esta é a nossa terra, que será o resultado daquilo que nós defendermos e estivermos prontos a dar por ela; o nosso Concelho, aquela junção de lugares que juntos formam uma espécie de arquipélago de pontos habitados com a sua identidade muito sua e personalizada que os diferencia dos demais.


UMA PRAIA ARTIFICIAL NO SOPÉ DA SERRA DO BUSSACO


Quando era criança e acompanhava a minha mãe, que lavava as roupas do Grande Hotel ao ar livre, ali na zona dos Moinhos, recordo com saudade, o meu chapinhar a brincar com as águas que, soltas por entre regos e regatos, se perdiam em direcção ao desconhecido interior da terra.

Ficou-me sempre na memória que, apesar destas correntes serem dirigidas aos muitos moinhos de água -hoje desactivados por força das mudanças do tempo e da inércia no esquecimento cultural dos homens -, esta força da natureza não estava a ser aproveitada em toda a plenitude.

Achei sempre que sendo todos os arrabaldes da zona do Bussaco uma área rica na pureza e profusão de águas que jorram e saltam do solo, fazia sentido haver uma maior preocupação com o seu aproveitamento para fins turísticos, como exemplo, uma praia artificial na periferia envolvente ao Luso – quando refiro a terra de burriqueiros, quero dizer que pode ser toda a zona de proximidade, como Lameira de Além, Vacariça, Travasso e Mealhada.

Claro que tenho de dizer que, na minha forma de ver, o actual Lago, junto da piscina de Luso, se, por um lado, está mal aproveitado em toda a sua valência, por outro, reúne condições excepcionais, quer em localização, quer em condições naturais, para construir uma praia artificial.

Valerá a pena pensar nisto?

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