Faleceu ontem a nossa conterrânea Isabel Paredes Alves, de 96 anos, viúva de Américo Duarte das Neves, e residente na nossa povoação.
Quis o destino que eu acompanhasse o seu percurso de vida nos últimos anos, no final do seu caminho terreno. Foi no final do ano passado que a Dona Isabel teve um abatimento súbito que abalou profundamente a sua resistência física. Até esta altura, foi pessoa de uma lucidez espantosa, manifestada numa memória infalível de quase tudo o que se desenrolou na nossa aldeia de Barrô e arredores.
Senhora de um fino trato, simpática e carinhosa, com uma argúcia invulgar, era um gosto conversar com ela sobre acontecimentos que já ninguém recordava, mas Isabel Paredes, como se abrisse um livro escrito nas calendas do tempo, contava tudo, com pontos e vírgulas, com todos os pormenores, como se fosse ontem e ainda estivesse lá.
É com imenso pesar que, num desfecho imprevisível, vejo partir a nossa amiga.
Para o filho, o Carlos Alberto Paredes das Neves, e restante família, em nome de toda a aldeia, se posso escrever assim, os nossos mais carregados sentimentos de tristeza.
Com as regras ditadas pela DGS, o funeral, a cargo da Funerária da Carreira, Unipessoal, L.da, realiza-se amanhã, Segunda-feira, pelas 11h00 com missa de corpo-presente na Igreja paroquial de Luso e de seguida o féretro seguirá para o cemitério de Vale da Ribeira.
Até sempre, Dona Isabel. Descanse em paz.
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