quarta-feira, 16 de junho de 2021

BARÓMETRO DOS JORNAIS EM PAPEL PUBLICADOS NA BAIRRADA

 




Jornal da Mealhada (edição de 9 de Junho)


POSITIVO


A edição do Jornal da Mealhada (JM) desta quinzena, começando pela capa com grafismo em cores mornas e onde se salienta mais a publicidade que as notícias, apresenta-se mais ou menos bem aos seus assinantes e leitores. O interior do caderno, com mais de três páginas sobre o Covid-19, dividido entre Mealhada e Cantanhede, dá uma vontade grande de saltar sobre o tema. Era bom que a redação entenda que este mote, a bem da saúde mental pública, progressivamente, deve ser reduzido a espaço mínimo informativo. Quanto aos restantes conteúdos do caderno satisfazem.

Embora pressinta que estou a escrever p’ró boneco, repetindo o mesmo que assinalei há cerca de quinze dias, salta à vista uma enorme inserção de belas fotografias. Se, por um lado, dão um ar mais leve ao jornal, por outro, tem um contra, mas disso falarei na coluna “menos bom”, a seguir.


MENOS BOM


Sem me cansar de escrever, o JM continua a publicar fotos demasiado grandes e que, como é óbvio, roubam espaço ao quinzenário. Um jornal local pode ser também uma espécie de álbum fotográfico para a posteridade, porém, jornal, tendo em conta o étimo e como o nome indica, é uma “publicação periódica constituída por uma série de folhas grandes de papel, dobradas em caderno, onde foram impressas notícias, reportagens, crónicas, entrevistas, anúncios e outro tipo de informação de interesse público”.

Ora, se as fotos são demasiado grandes, logicamente que roubam espaço informativo.

Para além disso, deixam a impressão no leitor de que as imagens pretendem tapar a falta de assuntos, ou, sendo também uma ilação possível, é provável que sirva para evitar o cansaço do jornalista a escrever.

Quando a rubrica “Na Rede” saiu pela primeira vez elogiei a iniciativa pela originalidade. Hoje, passados cerca de três meses, venho pedir uma reforma:


1 – Não faz qualquer sentido colar o conteúdo das páginas do Facebook dos visados se, tendo letras tão minúsculas, não é possível a sua leitura; a não ser com lupa.


2 – É obrigação do JM, para além de identificação com o nome, complementar com informação sobre o seu estatuto na sociedade. Se é um desconhecido particular, diga-se “cidadão”; se é político partidário, diga-se “político”; se está à frente de uma junta de freguesia, escreva-se “presidente de junta”; se está à frente de um restaurante, plasme-se “empresário”.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 14 valores.


JORNAL DA BAIRRADA (edição de 11 de Junho)


Conforme nos tem habituado, a grande qualidade jornalística, na diversidade de temas e lugares da Bairrada, ao longo dos últimos anos, continua a ser o ponteiro de uma bússola a apontar o Norte. Porém, esta semana desviou-se da rota. Ou seja, nem uma linha sobre o concelho de Mealhada. Não gostei da lacuna. Se o semanário está, naturalmente, perdoado pela falta, é bom que não se volte a esquecer. Qualquer nativo gosta de ler (e ver) a sua terra noticiada no/num jornal.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 17,5 valores (menos meio do que é habitual)


Sem comentários: