quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O PRÉMIO EDMUNDO BETTENCOURT

Como já foi publicamente anunciado o prémio Edmundo Bettencourt mais uma vez este ano não foi atribuído –concurso instituído e concebido pela Câmara Municipal de Coimbra (CMC) para galardoar o melhor trabalho da Canção de Coimbra, vulgo fado de Coimbra.
Segundo o jornal Público, de 15 de Janeiro, “em nota de imprensa que ontem emitiu sobre o assunto, o vereador da Cultura, Mário Nunes, ensaia um suave “puxão de orelhas” aos artistas. Comenta que a presente situação denota algum desinteresse revelado pelos vários grupos de fado de Coimbra perante a promoção de uma das mais internacionais das linguagens que Coimbra tem para oferecer no âmbito cultural, dentro e fora de portas (…)”.
Várias questões se poderiam aqui levantar das diversas razões, que, aliás, eram esmiuçadas no citado jornal, com ainda vários depoimentos. Porém, quanto a mim, uma não foi levantada: que fez a CMC para publicitar este concurso? Sinceramente, não me julgo mais informado que qualquer um; leio vários jornais ao dia e, confesso, não vi em nenhum deles publicidade ao dito evento camarário. Tenho a certeza de que foi um lapso meu. Não duvido. Mas assim sendo, certamente, não seria porque houve pouca insistência na publicidade ao aparecimento de concorrentes? Uma coisa que reparo amiúde: raramente os eventos de Coimbra aparecem publicitados na televisão pública. Se havia interesse na publicitação deste concurso porque não foi utilizado esse meio? Ou foi? Confesso, poderia também não ter visto.
Partindo do pressuposto de que a publicidade ficou muito aquém do desejado é evidente que não apareceram interessados. Depois, como sempre, lá caímos no fadinho-desgraçadinho de que ninguém se interessa por nada. Pode ser, mas também pode haver razões objectivas a concorrer para essa omissão. Enfim, um desabafo…

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