sábado, 12 de janeiro de 2008

ATÉ AMANHÃ...MINHA AMIGA MARIAMARES

(IMAGEM DA WEB)



 Hoje, ao entrar no site do Netlog, abri os recados e nem queria acreditar. Uma mensagem de um cibernauta de Castelo Branco, que, embora não tivesse contacto comigo, fez o favor de me avisar. De forma lacónica escrevia assim: “Fui informado pela (…) que a MariaMares morreu. O Netlog está de luto. Flores para ela”.
Bolas! Há pessoas que pelo seu espírito imanente de positividade, pelo brilho intenso do seu olhar, como se fossem candeeiros acesos numa qualquer noite escura, que sem nada fazerem a sua áurea transmite-nos um bem-estar inexplicável. A sua companhia proporciona-nos uma espécie de fuga, uma transmutação para um qualquer lugar paradisíaco. As palavras saídas da sua boca são sempre de alento. No meio de uma qualquer narrativa triste, de repente, sai uma sonora gargalhada. Estas pessoas nunca deviam morrer!
Assim era a Guida, mais conhecida como MariaMares, aqui no Netlog. Todas as suas raízes estão aqui em Coimbra, de modo que vinha amiúde vezes à cidade do Mondego. Conhecemo-nos pessoalmente há menos de um ano. Logo no primeiro encontro de amigos falámos das nossas vidas, das preocupações familiares e as tristezas que, por vezes, esta nossa família que, em princípio, sempre deveria estar ao nosso lado e não está. Muitas vezes, porque somos diferentes, estes nossos parentes directos, não nos entendem. Outras vezes, por questões de partilhas –esses malditos bens materiais que, ao invés de nos aproximarem, acabam por nos afastar para sempre de pessoas que muito amamos- acabamos por romper para sempre os laços de uma reminiscência que deveria ser cultivada por todos. Enfim é a vida. E acerca destes conflitos familiares conversámos bastante, nas duas vezes que estivemos juntos e em que ela fez o favor de me visitar. Ao mesmo tempo que me ajudava em explicações acerca da Internet, na qual sou muito nabo, e ela, pacientemente, me ensinava.
A Guida preservava muito os seus laços familiares e gostava muito de Coimbra. Nunca perdeu o cordão umbilical que a ligava a esta cidade que considerava sua. Esta era o seu berço que, mesmo longe, a viver em Castelo Branco, na sua adorada quinta, onde as toutinegras vinham poisar à sua janela, como a saber de novas da sua amiga. Por imperativos ia ser obrigada a “desapegar-se” do seu paraíso terreno. Não sei o que a fez partir tão precocemente, mas, provavelmente, acredito que o separar-se de um projecto que tanto amava, certamente, essa tristeza contribuiu para a sua partida.
Sinceramente, estou triste. Acredito que muitos mais seus amigos estarão. Muitos, muitos. A Maria Mares era muito rica em amigos. Que me resta dizer?! É a vida…
A Guida partiu. Até amanhã MariaMares.

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