(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)
A
semana passada o país acordou indignado perante “Ameaças à
segurança e integridade física de Jaime Nogueira Pinto, feitas por
alunos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas levaram a Direção
a cancelar a conferência ‘Populismo ou Democracia: O Brexit, Trump
e Le Pen’, agendada para a tarde de terça-feira, dia 7 de março,
e onde o politólogo era o principal orador”, in Correio da Manhã.
Foi de tal modo a repulsa
que até Marcelo Rebelo de Sousa -não se sabe se no papel de
comentador, que nunca deixou de ser, se no lugar de Presidente da
República portuguesa- se instou a fazer referência ao atropelo à
democracia na televisão.
Curiosamente aconteceu o mesmo em Coimbra em Novembro de 2014, no reinado de Aníbal Cavaco Silva, Chefe de Estado na altura. Nesse tempo, a notícia plasmada nos jornais não passou disso mesmo. Ou seja, um “fait divers” numa Universidade pública, onde o seu director procedeu como o dono da quinta, que não gerou grande controvérsia no todo nacional.
Curiosamente aconteceu o mesmo em Coimbra em Novembro de 2014, no reinado de Aníbal Cavaco Silva, Chefe de Estado na altura. Nesse tempo, a notícia plasmada nos jornais não passou disso mesmo. Ou seja, um “fait divers” numa Universidade pública, onde o seu director procedeu como o dono da quinta, que não gerou grande controvérsia no todo nacional.
Lembrei-me de aflorar
este assunto para reflexão. Como na altura não houve grande raiva
sobre o acontecido nem passou na televisão, podemos especular e atirar a culpa sobre
várias direcções. Qual destas assentará melhor num coimbrinha (como eu)?
-Coimbra
não é Lisboa. E alguma vez será comparável?
-Os
presidentes da República, na sua função institucional, não são todos iguais. É por isso que o
igual pode ser tratado de modo diferente?
-O
país gira a duas velocidades, Lisboa/Porto e restante parvónia?
(Não senhor. Que disparate! Homessa!)
(Não senhor. Que disparate! Homessa!)
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