sábado, 11 de junho de 2016

BAIXA: ENFEIRAR PIOR NA EMENDA QUE NO SONETO



No mais completo segredo, a Baixa acordou neste Sábado com a mudança da Feira de Artesanato Urbano. Até aqui foi sempre realizada no eixo entre a Praça 8 de Maio, Ruas Visconde da Luz, Ferreira Borges e Largo da Portagem.
Numa manta de retalhos que ninguém entendeu, excluiu-se completamente o anterior espaço ocupado nas ruas largas. O grosso do grupo ficou concentrado na Praça do Comércio, em frente à Igreja de São Tiago, outra parte, cerca de uma dezena, no Largo do Romal, outro grupo no Largo do Paço do Conde, outro grupo de seis expositores no Largo da Freiria e outra dezena no Largo do Poço. Ou seja, sem qualquer ligação entre si, cada agrupamento estava completamente isolado dos demais. Primeiro, quem passasse na calçada não se apercebia que em baixo, na Praça do Comércio, estava a decorrer a Feira de Artesanato Urbano. Por sua vez, quem estivesse na Praça do Comércio não imaginava que havia outros pontos de venda espalhados na Baixa, mas sem qualquer ligação entre si. E, naturalmente, não os visitava. O incómodo manifestado em descontentamento entre os vendedores, por terem sido desterrados, era palpável e notório -mais abaixo, vou transcrever algumas opiniões. Alguns deles afirmavam que, se fosse para continuar assim, não voltariam. Um outro vendedor afirmou que estava já a pedir assinaturas para um abaixo-assinado para entregar na edilidade.

UM POUCO DE HISTÓRIA

Já desde o tempo do desaparecido Mário Nunes, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Coimbra, que todos os eventos promovidos pela autarquia são realizados nas ruas largas. A consequência deste apartado foi, nestes Sábados de festa, as ruelas e becos da parte estreita ficarem completamente desertificados de pessoas. Para agravar, os comerciantes, por não terem movimento, encerram as suas lojas às 13h00 e a parte baixa fica entregue ao isolacionismo.
Há vários anos que escrevo sobre a necessidade de estender este e outros certames a toda a Baixa, de modo a estes eventos servirem de catalisador para a revitalização desta zona velha. O que defendo é o modelo de sucesso de outras terras como Oliveira de Azeméis, Santa Margarida, Óbidos e Aveiro. Ou seja, os vendedores ambulantes, em cordão, são divididos por toda a área comercial. Por outro lado, os comerciantes instalados são convidados a, em frente aos seus estabelecimentos, a terem uma banca com os produtos que vendem. Este interagir envolve os locais, torna-os parte na festividade e “obriga-os” a estenderem o seu horário de abertura para participar na vida da sua terra. O que pugno é que, em vez de só num local de ajuntamento, se desenhasse uma elipse entre o Largo da Portagem, Rua de Sargento-mor, Praça do Comércio, Rua Eduardo Coelho, incluindo os larguinhos, Largo do Poço, Ruas da Louça e Corvo, Praça 8 de Maio e Rua da Sofia. A questão é que a exposição terá de ser conexa, de modo a não se perder de vista a sua continuação. Quem começar a olhar na primeira banca, em subsequência, deve passar a outras em corrimão.

COMERCIANTES DAS RUAS LARGAS FARTOS DE FEIRAS

Em face da elevada aglomeração de vendedores, os lojistas das ruas largas queixavam-se de demasiada concentração, que implicava o obliterar de algumas montras, o que, alegadamente, levou uma comerciante a apresentar um abaixo-assinado à Câmara Municipal de Coimbra a solicitar que os eventos se estendessem a outras artérias da Baixa.
Há cerca de três semanas o Diário de Coimbra questionou a vereadora da cultura, Carina Gomes, e esta edil respondeu que não era possível porque as ruas e pracetas eram muito estreitas.

TODOS AO MOLHE E FÉ EM DEUS

Hoje, logo de manhã, quando verifiquei que estavam seis vendedores de artesanato todos juntos na entrada do Largo da Freiria a primeira coisa que me ocorreu foi que, presumivelmente, tinha sido castigado pelo pelouro da Cultura por reivindicar a descentralização há vários anos. Para mim, aquela imagem, em magote de vendedores, funcionava como uma mensagem: “ai queres que os artesãos saiam lá de cima? Então vais levar com seis no teu largo e junto à tua loja.”

UM PRÉ-CONCEITO BLOQUEADOR

Foi então que contactei a funcionária camarária, pertencente ao departamento de Cultura e encarregue de distribuir os lugares aos artesãos. Começou por me dizer que, se quisesse reclamar que o fizesse para a vereadora da Cultura. Que eu apresentasse na Câmara uma planta a apontar os locais onde deveriam ser colocados os vendedores –respondi-lhe que esse assunto cabe por inteiro a quem toma conta dos eventos e não era da minha competência. Antes de planearem estas solenidades, se tivessem uma visão política alargada dos interesses de todos, deveriam contactar previamente os lojistas, ouvir as suas sugestões e convidá-los a participar, em frente ao estabelecimento, com uma banca de amostra dos produtos que vendem. Respondeu a senhora funcionária que foi anunciado publicamente que esta feira se iria realizar hoje em novo local da Baixa. Disse ainda que a APBC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, foi informada e que a divulgação cabia por inteiro a esta entidade, enquanto representativa dos comerciantes.
Se a APBC foi informada não passou a comunicação. Dos vários lojistas que contactei, só um me disse saber ontem através de um amigo que vende nesta feira. Por outros canais de informação não soube de nada.
Por a conversa ter sido interrompida, ficou assente que falaríamos depois. Mais tarde voltámos a tocar no mesmo assunto e, facilmente apreendi que, pelas suas palavras, assim, como foi feito hoje, está muito bem, já que "as ruas são muito estreitas e não permitem que os vendedores possam trazer os carros para carregar e descarregar" (sic). A determinado ponto da conversa perguntei-lhe se me queria ouvir ou expor a sua teoria apriorística –que presumi vir de cima. Pergunta-me então a funcionária onde é que eu colocava os artesãos. Em toda a Rua Eduardo Coelho mostrei-lhe onde deveriam ficar –isto é, em frente a algumas lojas encerradas, na entrada da Rua Velha e no largo do antigo Carlos Almeida. Mais uma vez expliquei à senhora que, para funcionar em pleno, os vendedores não podem estar muito afastados uns dos outros. Este corte é fatal e impede a visita a todos em igualdade. Não aceitou os meus argumentos e tive de desistir.

MÁ SORTE SER ARTESÃO

É fácil de ver que esta mudança, sem planeamento, foi de um prejuízo incalculável para os vendedores. Cerca das 14h00, com as ruas estreitas sem passantes e com as lojas fechadas, era ver o seu semblante tristonho e desanimado. Se não houver cuidado, pode destrui-se facilmente uma boa iniciativa que complementa os interesses de toda a Baixa.

O QUE DIZIAM OS VENDEDORES?

No Largo da Freiria, no meio de um quadrado de meia-dúzia de criadores de arte, a expositora Fátima Oliveira, que está presente neste evento desde o início, disse: “estou muito insatisfeita com esta mudança. É lá em cima que quero estar, porque aqui não passa ninguém.”
Lucília Almeida, outra artesã, declarou: “sinto-me desconsiderada. Os comerciantes não nos querem lá em cima, porque acham que lhe roubamos a clientela. Viemos para aqui, para baixo, e é o que se vê!”



O DESTERRO NO ROMAL

No Largo do Romal, uma praceta encravada no interior da Baixa e a dois passos da Praça do Comércio, sem público a visitar a exposição por desconhecimento, o descontentamento era evidente. Maria Fernanda Santos enfatizou: “não sabia que vinha para aqui. Quando me foi apontado este local pensei em ir-me embora. Só não fui porque, mais que certo, se o fizesse, não me deixariam continuar. Estou contra esta forma de (des)organização. É uma manta de retalhos!”
Ao lado, Raquel Cortez, outra vendedora, não resistiu a meter-se na conversa: “se é para continuar assim prefiro não vir. Vou para Aveiro, lá pago 5 euros mas sei que vendo. Aqui, neste escondido espaço, a questão é saber se somos visitados.”
Luísa Carvalho, presidente da direcção da Casa dos Pobres, acompanhada de colaboradoras e em frente a uma banca de venda para ajudar a nobel instituição, também mostrava uma intensa decepção: “estamos aqui para participar mas, desta forma, é uma desilusão. Aqui não vem ninguém!”



A TRISTEZA DO PAÇO DO CONDE

Chamou-me a atenção o semblante triste de um vendedor presente no Largo do paço do Conde. Falei com ele. “É a primeira vez que frequento este evento. Embora não tenha dados para comparação, acho que este local é de pouca passagem”, retorquiu.
Igualmente, os outros vendedores aparentavam estar pouco satisfeitos com esta alteração.


E O LARGO DO SALÃO BRAZIL?

O centro do Largo do Poço, ainda conhecido pelo largo do Salão Brazil, estava ocupado com cerca de uma dezena de expositores. Como é um largo mais central na Baixa e de maior passagem de peões, viam-se alguns visitantes a apreciar as peças expostas.

CONSTATAÇÃO

Está de ver que, mais uma vez, o pelouro da Cultura, “no quero, posso e mando”, não fala com os interessados, que são os lojistas e os vendedores, e decide (mal) a seu bel-prazer.

E o que é que é necessário fazer?

Em primeiro lugar, alterar o percurso dos vendedores. Ou seja, como contas de um rosário, colocar todos uns a seguir aos outros, sem cortes, sem isolacionismo, sem os remeter para largos sem movimento de pessoas, como o Romal –pelo menos nesta primeira fase de implantação. O roteiro deve ser feito também com a participação das artérias largas e Rua da Sofia e de modo a restaurar a esperança dos que lá exercem.
Em segundo, os lojistas devem ser convidados a participar nestes eventos colocando uma banca com os seus produtos à frente dos seus negócios. Devem ser sensibilizados para manterem os estabelecimentos abertos ao Sábado todo o dia para, com esta abertura, contribuírem para a revitalização da Baixa.

RESUMO FINAL

Quem chegou até aqui, em apriorismo, pode até pensar que escrevo só por que não, porque estou sempre no contra. Nada disso! Escrevo o que sinto e, porque não é fácil fazê-lo em liberdade, exponho sempre o meu ponto de vista e apresento alternativas. Não escrevo na negação militante, ou com interesses obscuros.
Sejamos claros, em juízo de valor, não gosto da forma política de proceder da vereadora da Cultura, Carina Gomes. Já o escrevi. Não é nada pessoal. Escrevo sempre do ponto de vista político –da polis e não partidariamente. Já tive uma altercação com esta jovem senhora por demorar mais de um ano para receber uma direcção de uma associação da qual faço parte. Disse-lhe na cara e escrevi o que pensava do seu desempenho de função num jornal. Mas, em outro encontro fortuito, também lhe disse que eram águas passadas. O que lá vai, lá vai. Estou do lado dos interesses da Baixa, no seu todo e não da parte. Sinceramente, lamento muito que estejamos de costas voltadas. Afinal, sendo da conveniência comum, deveríamos lutar para o mesmo lado. Mas, para isso acontecer, é preciso que ambos regressemos às origens e tomemos em conta que de aqui a meia-dúzia de anos, provavelmente, nenhum de nós estará a fazer o que faz hoje. Então, pergunto, porque esta arrogância toda?
Isto tudo para dizer que, apesar dos desencontros, estou ao seu dispor para ajudar a revitalizar este grande centro comercial a céu aberto –como foi baptizado. Se for necessário o meu esforço para tentar convencer os comerciantes a participarem neste e noutros eventos, pode contar comigo. Sabe onde me encontra –e nem precisa de vir pessoalmente.

(TEXTO ENVIADO, PARA CONHECIMENTO, À CÂMARA MUNICIPAL)


5 comentários:

Daniel disse...

É complicado agradar a gregos e a troianos. Por um lado, os artesão querem a feira nas ruas onde passa muita gente, por outro os comerciantes dessas ruas sentem que saem prejudicados por terem as suas montras tapadas pelas bancas e os comerciantes das ruas estreitas acham que ficam sempre esquecidos.

Efectivamente, nas rua estreitas torna-se complicado fazer um único cordão com as diversas bancas, vai acontecer o mesmo que nas ruas largas, com artesãos em frente às lojas com agravante das ruas serem estreitas e dificultar a passagem.

Em relação à divulgação, não concordo quando diz que a feira foi realizada num total secretismo. A CMC divulgou com vários dias de antecedência, na sua página de facebook e na página do Turismo de Coimbra, a realização da Feira do Artesanato Urbano e estava bem explicito os locais onde estariam os artesão. Se houve alguma falha na divulgação foi da parte da APBC.

VerDesperto disse...

Sou artesã e concordo com este texto. Claro que é sempre complicado agradar a todos, mas com um bom planeamento e organização há formas de satisfazer todos de uma maneira geral. Sou de aveiro e já se passou o mesmo por aqui, os logistas (eu já fui logista) queixam-se sempre das bancas em frente às montras e que a confusão só favorece os vendedores de rua. Tenho uma opinião contrária, gente traz sempre mais gente, e há sempre mais benefícios que prejuízos. Eu vim sempre para a rua mostrar os meus produtos, mas muitos logistas não se querem dar ao trabalho, nem se quer chegam mais longe a perceber que a rua é um marketing de excelência. Estão habituados a outros tempos, mas os tempos estão outros.
Assim guettiada não vale a pena sequer a deslocação. Podiam transformar esta artéria numa festa com ajuda de todos, mas assim ninguém vai sair a ganhar (aqui em Aveiro os logistas levaram tempo a perceber que era a feira que trazia as pessoas, quando conseguiram acabar com a feira... as ruas ficaram desertas. parece que agora o abaixo assinado é para voltar lá a ter feira).

Joana disse...

Também estou de acordo com o facto da CMC ser o quer posso e mando no entanto neste caso acho que não tem razao.
Estava divulgado os novos locais, que vai voltar a acontecer e as pessoas que estavam presentes nas feiras sabiam disso. Também elas deviam fazer divulgação nos meios de comunicação dos seus serviços, são parte interessada, por algum motivo a organização exige cartões para publicar serviços.

Na baixa já se passou menos do que se passa agora. Se se pretende mudar tem de se começar por algum lado e claro é preciso mais que isso para chamar pessoas. Mas as coisas vão mudar, tal como tem acontecido noutras cidades, é preciso ser persistente, no início é difícil SEMPRE.

Não tenho ligação de nenhuma à organização apenas pedi informação para participar e é-me enviada informação desde então.

Deixo-lhe a calendarização/horários das próximas Feiras de Artesanato Urbano:

9 de julho (dedicada à temática “Rainha Santa Isabel”; decorrerá, excecionalmente, no Parque Dr. Manuel Braga) – 10h00/18h30

13 de agosto – 10h00/18h30 – Baixa (Ruas Visconde da Luz, Ferreira Borges e Largo da Portagem)

10 de setembro – 10h00/18h30 – “Baixinha” (praças e largos)

8 de outubro – 10h00/18h30 - Baixa (Ruas Visconde da Luz, Ferreira Borges e Largo da Portagem)

12 de novembro – 10h00/17h30 - Baixa (Ruas Visconde da Luz, Ferreira Borges e Largo da Portagem)

10 de dezembro (sob temática do “Natal”) – 10h00/17h30 - Baixa (Ruas Visconde da Luz, Ferreira Borges e Largo da Portagem)

Anónimo disse...

Como artesã, concordo com muitas das suas palavras. Em 2013 também resolveram fazer a FAU na Praça do Comércio e as vendas foram péssimas, por esse facto, o evento foi mudado para a Ferreira Borges e Visconde da Luz, tendo mais tarde sido estendido ao Largo da Portagem.
É lamentável que algumas das funcionárias da CMC sejam de tal forma arrogante que levem ao desespero de artesãos vindos de vila nova de gaia, após terem percorrido 100 kms e terem chegado cedo ao local, tenham ido embora porque a funcionária é o "quero, posso e mando e quem faz a distribuição dos locais sou eu e por ordem alfabética" Chegar às 10h até pode ser bom se o nome do artesão começar por A!!!
Durante a semana fui a uma loja na baixinha e o comentário de uma funcionária foi "vocês só fazem a feira na loja dos ricos", tendo eu respondido que era lá que os turistas passavam, para verem os pontos turísticos da nossa cidade, tendo ela entendido. É ridículo que metam os artesãos nos locais de ontem, em sítios que nem os cidadãos da cidade aparecem, quanto mais os turistas... porque um turista ir ao Largo do Romal deve ser para se aperceber do cheiro a urina que por lá abundava.... Enfim..
É desagradável para todos, clientes inclusives. Alguns tornam-se fiéis e aparecem mensalmente para saberem as nossas novidades, já sabendo os locais onde nos encontramos. Esses desconheciam totalmente que a FAU tinha mudado de sítio. Alguns desceram as escadas em direcção à Praça do Comércio e diziam "pensavamos que não houvesse feira, que ideia maluca foi esta"? Poucos desceram as escadas, infelizmente.
A FAU no local anterior está enraizado já nas pessoas, é uma questão de hábito, mas segundo a funcionária da CMC "Eu também estava habituada a ser magra e agora sou gorda"....

Quanto ao comentário do Daniel. Obviamente que os artesãos querem a feira nas ruas onde passa mais gente, porque o artesão quer vender, não quer apenas estar sentado num largo a apanhar sol um dia inteiro, só porque sim. Nunca foram tapadas montras de comerciantes, porque como se sabe algumas lojas abrem de manhã e há especial cuidado de nunca tapar nenhuma. Aliás, montras tapadas são apenas as de lojas que se encontram fechadas ou que simplesmente não abrem. Gostaria até de saber o porquê da queixa da lojista, que se situa numa área onde NUNCA ninguém meteu qualquer banca. Há bancas sim, em frente à sua loja. O seu abaixo assinado não foi assinado por todos os lojistas, muitos não concordaram!!! Será que também fez queixa dos outros eventos organizados pela CMC na Rua Visconde da Luz? Ou só os artesãos da FAU é que a incomodavam?
Quanto a haver cordão entre as diversas bancas, na praça do comércio teria havido lugar para mais pessoas, não era necessário ter havido o isolamento que houve nos largos. Aliás, até foi uma comerciante da Praça do Comércio a chamar a Polícia Municipal para multar uns carros que estavam à frente da sua loja, carros estes de artesãos que se encontravam em descargas.
Quanto à divulgação, não foi bem divulgado não. Não são papéis A3 em alguns locais que indicam alguma coisa. As pessoas não vão sempre ao facebook para saber da FAU, porque sabem que desde 2014 ela acontece nas Ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz, ao segundo sábado de cada mês. E os turistas, o maior grosso de vendas nestes meses de Verão, não consultam a página!
Peço desculpa pelo anonimato, mas houveram algumas deixas ontem deixadas no ar por parte de funcionárias da CMC e não me permite deixar o meu nome, comprometendo isso a talvez não estar mais presente nestes eventos.

Alberto Bravo disse...

Ponto 1 - a feira saiu da artéria principal porque os comerciantes não a queriam lá e ponto... já à muito que se queixam como se a culpa de não venderem fosse por estar uma banca em frente à sua montra durante 4 h num mês inteiro...
Ponto 2 - o sr. Luís sabe tão bem como eu que os comerciantes da baixa não são nem nunca foram Unidos... qurem é fazer o seu dinheiro e os outros que se lixem...
Ponto 3 - quantos lojistas aparecem nas reuniões da APBC? 10??? Cá está o espelho da união dos comerciantes...
Para terminar dou um exemplo que aconteceu no largo do Romal... um comerciante veio à porta das traseiras da sua loja reclamar com uma artesã por lhe estar a tapar a entrada das traseiras porque poderia ser preciso fazer cargas e descargas... isto é só um exemplo sr. Luis... a culpa não é só da Câmara é de todos... eu também não gosto muito do actual governo municipal mas neste caso... a culpa não é deles. Um abraço