quinta-feira, 2 de outubro de 2014

UMA CONSULTA DE PSICANÁLISE PARA O BE E PCP



 

Pela exposição de bustos de Óscar Carmona, Craveiro Lopes e Américo Thomaz –três presidentes do Estado Novo, esculpidos em barro da região de Barcelos-, estalou a polémica no Assembleia da República pela voz dos deputados do Bloco de Esquerda (BE) e Partido Comunista Português (PCP).
Como se brincassem aos parlamentos, ontem, a continuidade da mostra foi discutida em plenário. Felizmente, pelos votos a favor do PSD, CDS e PS, a exposição “100 anos de presidência” vai continuar nos corredores do palácio.
Perante esta atitude dos dois partidos de esquerda, BE e PCP, dá para perceber muito do actual estado político do País. Sendo mais directo, começa a entender-se como é que há cerca de quatro décadas Portugal é governado sempre pelos mesmos três partidos, PS, PSD e CDS. Começa a ser claro como é que os eleitores não depositam confiança nestas estruturas partidárias, que se arrogam donas da liberdade, e continuamos a ser geridos por esta troica que está arruinar e a hipotecar a Nação. É assim por que a esquerda não respeita os valores da história do povo português. É vingativa, recalcada e permanentemente ressabiada com tudo o que seja contrário à sua ideologia doutrinária e assente numa sociedade filosófica-científica-laboratorial. É bipolar, ora abraça o povo com manifestações de camaradagem e dá tudo por ele, ora o detesta, manipulando o pensamento colectivo, transformando-o em mero instrumento político de poder, e reduzindo-o à mais ínfima partícula existencial. É maniqueísta, entre o vermelho e o branco não existem cores neutrais. O que está no meio é um limbo onde são arrumados os do contra, aqueles que não comungam as suas ideias. É anacrónica, vive desalinhada destes tempos e virada para o passado, do seu, e está petrificada em pensadores ideólogos como Marx, Engels e políticos teóricos como Lenine e Mao -estes dois que, seguindo as orientações dos primeiros, pelas suas revoluções, provocaram o extermínio de milhões de mortos no último século XX. É divisionista, não compreende que a história não assenta em placas horizontais mas sim na sua verticalidade de “continuum”. O presente é resultado do prolongamento de um passado continuado em que o seu início começou na pedra lascada e não se pode apagar enquanto referente de base evolutiva. É segregacionista até na sua própria memória. Só respeita a sua narrativa existencial e não permite intrusões que coloque em causa o seu ponto de vista. Diz-se libertadora e arauto da liberdade mas persegue quem não comungar das suas ideias e pensar pela sua própria cabeça.

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