quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O TEATRO EM COIMBRA: UM DRAMA SEM FIM

O Teatrão, companhia de teatro sobejamente conhecida em Coimbra, com provas mais que dadas em prol da cultura, apresenta no Museu dos transportes (MT) o seu último espectáculo cénico “O Círculo de Giz Caucasiano”, com encenação de Marco António Rodrigues. Citando o blogue “Questão Coimbrã”, do meu amigo Paulo Abrantes, “tudo perfeito se não fosse a temperatura ambiente do Museu dos Transportes. Frio. Muito Frio. Melhor gelado. O Teatrão teve de pedir cobertores emprestados ao exército para aquecer os seus espectadores. O aquecimento a gás é insuficiente para tornar o MT um espaço habitável para a criação e representação teatral. Esta companhia continua a fazer o seu trabalho em condições miseráveis e pouco dignas para uma companhia profissional; uma pequena sala de administração e outra de ensaio na grande Oficina Municipal de Teatro (OMT) e mostra as suas peças no MT. O MT foi adaptado para servir apenas a Coimbra-Capital Nacional da Cultura 2003 e disponibilizado ao Teatrão, enquanto a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) não resolve o problema cancerígeno que tem com a “Escola da Noite”-Grupo de Teatro de Coimbra, é uma associação sem fins lucrativos, reconhecida como Instituição de Utilidade Pública desde 1998. Enquanto companhia de teatro tem mantido vivo um projecto de criação artística e de teatro profissional para Coimbra –pode ler-se no seu site da Internet.
Continuando a citar o Blogue “Questão Coimbrã”, “O protocolarmente combinado (entre a Escola da Noite e a CMC) foi: a Escola da Noite passar para o Teatro da Cerca e o Teatrão ocupar o MT para, definitivamente, ter condições para içar a sua programação diversa e variada dentro da área teatral.” – Segundo o JN, de 10 de Outubro de 2007, lembro que “o Teatro da Cerca de S. Bernardo, situado no Pátio da Inquisição, foi projectado em 1999, para assegurar a criação de instalações adequadas à Escola da Noite. (…) O Teatro foi concluído em 2006, mas está novamente em obras, em virtude de terem sido detectadas falhas nas portas de entrada e no ar condicionado, entre outras.”
Continuando a citar o “Questão Coimbrã”, enquanto o diferendo não se resolve a grande prejudicada não é só a Escola da Noite. É, com toda a certeza, o Teatrão também.”
Retomando o meu espaço, e deixando de fazer mais citações, assim como também não entrando em juízos de valor, acerca de quem é a culpa, referirei que é inconcebível o que se está a passar no Museu dos Transportes com a nossa muito estimada companhia de teatro Teatrão, obviamente, não excluindo as outras. Devo lembrar que no princípio deste ano de 2007, no shopping Avenida, na Avenida Sá da Bandeira, encerraram duas boas salas de cinema – o contrato de utilização pertencia a Paulo Branco. Estas salas, presentemente, encontram-se encerradas e, devido ao desaparecimento do cinema, este Centro Comercial está moribundo, em morte clínica anunciada, com muitos lojistas a fazerem contas à sua vida futura. Assim sendo, admite-se que o Teatrão esteja naquelas condições? De quem é a culpa? Será que ninguém viu isto? Trata-se de juntar o útil ao agradável. Não quero entrar em condenações fáceis, mas às vezes passamos o tempo a lamentar-nos. Será do fado? Se é, venha o Quim Barreiros. Porra para isto!

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