Lembro-me de ti amigo(a),
nesta data tão especial,
pesa-me o pouco tempo que falei contigo,
desde o último natal;
Sei que não sou o amigo que desejarias,
que nem sempre soube entender o teu olhar,
que não estava quando tu mais precisarias,
não te emprestei o ombro para a tua cabeça pousar;
Quando choravas não te limpei nenhuma lágrima furtiva,
nem perguntei a razão dessa tristeza, dessa solidão,
estava longe, não senti a tua dor, porque estavas cansativa,
que raio de amigo sou eu então?
Só me lembro de ti, uma vez por ano, em Dezembro,
se isto é amizade, vale mais sermos inimigos declarados,
fazer de conta que não te conheço, de ti nada lembro,
de ti nada espero, nem sorrisos, só abraços sonegados;
Vale alguma coisa a desculpa, a minha retratação?
se amanhã, outro dia, outro ano, farei tudo de modo igual?,
Ou crês que depois destas palavras, em jeito de confissão,
me tornarei melhor, te darei mais atenção e minguarei o meu mal?;
E tu, por acaso, és diferente, cuidas da minha amizade como um jardim?
Como se eu fosse o teu recanto, o teu porto de abrigo, o teu portal?
És um justo jardineiro, gostas de todos os cheiros, não só do jasmim?
Lembras-te de mim, de vez em quando, não uma vez por ano, apenas no Natal?
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