sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

BAIXA: CRÓNICA SEMANA PASSADA

(O Tico & Teco, memória de um bonito estabelecimento já desaparecido)





REFLEXÃO: EM BUSCA DE UM PORTO SEGURO



Em velocidade de cruzeiro, numa mudança há muito anunciada, na Baixa continua-se  a desinvestir no comércio e a apostar cada vez mais na restauração e no ramo alimentar. Na forja, para abrir proximamente, estão mais dois estabelecimentos virados para a hotelaria, um nas ruas estreitas e outro nas vias largas.
A semana passada, em texto que falarei mais abaixo, num projecto de grande qualidade e bom gosto, abriu a Pastelaria Visconde, na Rua Ferreira Borges. Com horário diário, entre as 06h30 e as 22h00 - seguindo o exemplo da Comur, uma espectacular loja de conservas portuguesas, no Largo da Portagem – este novo empreendimento, a que chamei um dos três mosqueteiros, vem incrementar um novo espírito na cidade. O tempo em que para encontrar um café ou restaurante aberto ao Domingo na Baixa era quase um prémio na lotaria acabou. Esta nova casa - a par com a Comur e provavelmente o restaurante Itália que abrirá brevemente - vem revolucionar os costumes. Como é lógico, numa mimética previsível, outros se vão seguir com horários que vêm revitalizar a zona histórica.
As lojas de comércio tradicional, pelo menos como nos habituámos a vê-las, estão a desaparecer e em seu lugar a surgirem pequenos negócios de subsistência. Afirmar que este será o caminho sem paragem em direcção ao futuro, como se adivinha, será falacioso. Quando menos se esperar e a qualquer momento, num eterno retorno, podemos voltar aos velhos tempos de tanta saudade sobretudo para os mais velhos.
O sistema económico em que estamos inseridos, salientando a mercantilização, por força de uma concorrência selvagem e sem limites, é auto-fágico, isto é, alimenta-se da sua própria carne. Por conseguinte, é esta autofagia, a par com outras metástases, o cancro principal que está a dilacerar o comércio. Só para clarificar: foi inaugurada agora uma Feira Outlet de marcas em Lisboa com 50% desconto. Ora, a pouco mais de duas semanas do Natal, período importantíssimo nas vendas do comércio de rua, é qualquer coisa de inqualificável. Quem fica no charco? Como se imagina: os pequenos negócios!


INÍCIO DA HISTÓRIA




A semana passada abriu, na Rua Visconde da Luz, a Pastelaria Visconde, no antigo espaço do BES, Banco Espírito Santo.
Sobre responsabilidade da empresa Coimbra Doce, que detém mais dois negócios na cidade, pela experiência adquirida e reconhecimento público pelos muitos clientes, esta iniciativa empresarial está bem entregue.
Com uma cozinha portuguesa traduzida em pratos simples, bem confeccionada, e a preços módicos, com aprazível regozijo para os olhos a sua pastelaria tenta qualquer um, assim como o seu saboroso pão.
Com uma escala diária alargada entre as 06h30 e as 22h00, a Pastelaria Visconde promete revolucionar a ideia de que a Baixa é uma zona histórica acomodada a outros tempos de horário inamovível.
Com esta nova abertura foram criados 12 novos postos de trabalho.


Segundo o Diário de Coimbra (DC), foi inaugurada a semana passada a Sweet Art Coimbra, na Rua Ferreira Borges e no antigo espaço da livraria Atlântida.
O espaço representa um hino a Coimbra, à paixão pela genuidade do artesanato e pela grandeza dos produtos da gastronomia de tradição portuguesa. A Sweet Art Coimbra é um convite à partilha da tradição e modernidade acompanhadas de uma criteriosa selecção de vinhos e de produtos de sabor serrano, dos queijos aos enchidos” - in DC do último Domingo.




Na Rua do Corvo e também com frente para a Rua da Louça, no antigo espaço das modas Xangai que encerrou em 2015, abriu a semana passada um bonito pronto-a-vestir de roupas para senhora.
Num grande investimento de um comerciante de nacionalidade chinesa, este novo empreendimento, por ventura, virá complementar alguma lacuna no sector da moda feminina.
Com uma decoração simples mas agradável, implantada numa área comercial de grande história na Baixa, esta nova marca veio para ficar.

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