terça-feira, 9 de junho de 2015

A (MÁ) RECOLHA DO LIXO NA BAIXA



Ontem ao entardecer, cerca das 19h00, no Largo da Freiria, proveniente de uma obra, estava um grande monte de detritos industriais na esquina da Rua das Padeiras. Cerca das 22h30, veio o carro da recolha, apanhou o maior e deixou ficar no chão uma rosácea de restos espalhados em torno da papeleira existente no local. Os resíduos mantiveram-se na calçada até cerca das 11h00 de hoje quando veio a funcionária da Recolte –a firma contratada para limpar os pequenos papéis e outros sem grande volume espalhados pela calçada.
Este comportamento reiterado -quer de quem coloca os resquícios sem consideração pelo meio envolvente, quer dos funcionários da autarquia que, num desprezo absoluto pela função que desempenham, se estão a marimbar- leva a que cada um de nós, que vivemos por aqui, comece a deixar de se importar. Já há vários anos que os comerciantes, logo de manhã, de vassoura e pá, fazem o que deveria ser encargo de quem ganha o dinheiro, ou seja, dos funcionários da higiene da cidade. Agora, pelo cansaço e de certo modo abuso dos responsáveis da recolha, deixaram de limpar. Quero dizer, portanto, que, diariamente, as ruas da Baixa parecem uma estrumeira a céu aberto.
Isto é muito curioso. Antigamente, quando era a ERSUC, Resíduos Sólidos do Centro, SA, a fazer por inteiro a recolha dos excedentes, apesar de não raiar a excelência, a Baixa mantinha-se mais ou menos limpa. Há cerca de dois anos a apanha do esterco foi dividida por duas empresas, uma delas a subcontratada Recolte para o mais ligeiro e apenas durante o dia –que, salienta-se, faz um bom serviço. Resultado desta divisão por dois: a Baixa está cada vez mais suja.
Não é a primeira vez que escrevo sobre este assunto. O problema dos resíduos urbanos continua mal conduzido. Há cerca de três meses andou um funcionário do Departamento de Higiene a contactar comerciantes e residentes, de porta-em-porta, alertando para a necessidade do cumprimento dos horários de colocação de sacos com dejectos na via pública. Foi um esforço em vão e não resolveu absolutamente nada. E por quê? Por que depois desta sensibilização geral deveria ser prosseguida a acção da Polícia Municipal e, para pedagogia, começar a espalhar umas coimas nos mais resistentes. Como não aconteceu, o resultado está à vista de todos. Cada um faz o que lhe apetece.
É preciso atentar que em países europeus mais ricos do que nós, como a Bélgica, por exemplo, a recolha de excessos, cujo esterco obrigatoriamente deve ser separado, é feita apenas uma vez por semana. Para além disso existem contentores em áreas identificadas. Quem visitar as cidades no velho continente, cujo procedimento é assim, fica estupefacto com a limpeza da envolvente pública. Então, urge perguntar: o que nos separa? Como é óbvio, a educação, a formação colectiva –e aqui incluo o pessoal camarário para fazer o que deve. Se não querem dêem o lugar a outros.  O que é se espera para agir? Através da sensibilização geral já se levou a mensagem de conhecimento a todos. Se não cumprem estão à espera de quê?

1 comentário:

Unknown disse...

Exmos Senhores

... e para deitar lume na fogueira, temos a má formação de alguns funcionários da Reolha do Lixo, coo um mediocre qualquer que insulta os residentes da Rua Padre Melo, na Conchada, em Coimbra, blasfemando e ofendendo cada vez que o carro amarelo atravessa a nossa educada rua. Devo realçar que me parece ser sempre o mesmo.

Deixo tal assunto à vossa consideração

Atenciosamente

Luís Mascarenhas