Nesta última quarta-feira, as duas salas da Adega do Leite, em Adémia de Baixo, rebentavam pelas costuras com tantos
amigos do Miguel Alves. E o caso não era para menos, todos queriam dar um
abraço de felicidade ao anfitrião. Afinal, não é todos os dias que se consegue
concretizar um sonho durante décadas imaginado em longas noites de insónia. E o
Miguel, o nosso companheiro de becos e vielas da Baixa, estava a fazer a sua história.
Perante os olhares de espanto de todos, e entrelaçadas por batidas nas costas, mostrava a sua obra, o
seu novíssimo restaurante com uma decoração rústica de nos prender os olhos.
Naturalmente que a música não poderia faltar e o ambiente tocou o rubro com as
músicas da banda Boheme e das
actuações à viola do Tony, com músicas de
Zeca Afonso, e o fado de Coimbra bem interpretado pelo Negrão.
Com um arroz
de pato e um caldo Verde de
estalar o palato -como eu já não comia há décadas-, ficou ali provado, em
repetidos encher o prato, que a Adega do
Leite, agora sobre a sua gerência, vai fazer parte dos circuitos
gastronómicos da Zona Centro. Aberto diariamente até às duas da matina, as
noites vão parecer encantadas para quem gostar de degustar uma boa refeição guarnecida
de um bom vinho, servidos por quem tem larga experiência profissional, e à
sexta-feira à noite acompanhada com fados.
A cortar o bolo, acompanhado da esposa
Filomena Alves e os filhos, o Miguel era um homem feliz e só a muito custo
conseguiu conter uma lágrima vadia que também se queria associar à festa. Muitos
parabéns ao casal Alves. Com o seu esforço e sacrifício, que a sorte lhes seja
profícua e generosa. É evidente que vai contar comigo e com todos quantos
estiveram presentes nesta inauguração e pelas várias centenas de leitores para ajudar.
Vamos visitar a Adega do Leite?
1 comentário:
O Adêmea sempre foi um lugar mágico para convívios, com o seu lagar aproveitado para palco.
A anterior gerência, que mudou o nome para Adega do Leite, retirou toda a ambiência que aquele espaço tinha. Além de outros detalhes negativos, colocaram uma vitrina de sobremesas a ocupar o «palco». Eu e os meus amigos, que fazíamos do Adêmea o nosso espaço favorito para cantar, tocar, fazer teatro,... deixámos de lá ir.
Com esta novidade, vou lá. Se o espírito daquele espaço tiver sido recuperado, eu e a malta da Tuna Meliches voltaremos, com toda a certeza, a sermos clientes.
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