Conheci o Arlindo Luís Filomeno Ledo Pontes no princípio da década de 1980, ainda antes de, alegadamente, lhe ter sido arremessado ácido sulfúrico para o rosto por uma namorada em final de 1980 – história contada na altura na Alta da cidade, mas nunca confirmada pelo próprio -, que deixou o seu rosto completamente desfigurado.
Com um cumprimento caloroso e de respeito mútuo, ao longo das décadas seguintes fomo-nos encontrando nos becos e ruelas da cidade.
Na primeira década deste novo século, encontrámo-nos por acaso na Rua Eduardo Coelho e deu-me um enorme e efusivo abraço envolvido em imensa alegria: com imensas dificuldades, tinha concluído o curso de Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Sem ter completa certeza, creio que não concluiu o estágio e, por isso mesmo, nunca exerceu advocacia.
Nos últimos anos, em que o Arlindo, natural da Guiné e naturalizado cidadão português, se tornou figura presente na Baixa da cidade, fomos trocando breves cumprimentos de amizade.
Soube hoje que, com 70 anos, faleceu e foi a sepultar.
À sua família enlutada, em nome do Centro Histórico, se posso escrever assim, e em meu nome pessoal, os nossos sentidos pêsames.
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