segunda-feira, 23 de novembro de 2020

BARRÔ: UMA PRENDA PARA O SENHOR PADRE

 





Em Setembro, último, foi feito um peditório em Barrô, alegadamente, para ajudar a comprar uma lembrança ao padre Carlos Alberto da Graça Godinho, que, após 21 anos ao serviço da nossa paróquia de Luso, nos primeiros dias de Outubro ia deixar terras lusenses e ministrar para outras freguesias. A mentora da iniciativa na nossa povoação foi Edite Pedro, a líder da comissão zeladora da capela do nosso lugar e uma reconhecida e interessada no desenvolvimento da nossa povoação.

Até ontem não se sabia que prenda recebeu o senhor padre Carlos, em 13 de Setembro.

Hoje, dia 23 de Novembro, apareceu na vitrine da capela uma comunicação, com data de 13 de Setembro de 2020 e titulada “Oferta da Paróquia ao Padre Carlos Godinho”.

Na comunicação pode ver-se um relógio de pulso da marca “Gant” com quatro imagens. Na primeira vê-se o mostrador e a marca em relevância; na segunda, o relógio e bracelete de pele no seu todo; na terceira, o verso do relógio e respectiva bracelete; e na quarta o verso do relógio com a seguinte inscrição: “Oferta Paróquia do Luso – 1999 – 2020”, seguido de uma legenda em letras minúsculas.

Ainda na exposição, ao fundo, pode ler-se:

Apresentação das contas à Paróquia de Luso

Donativos recebidos: 1,581.50 €”

Relógio 1,035.00 €”

Ramo de 21 rosas: 29.50 €

Saldo entregue ao Conselho Económico: 517.00 €”

E a terminar, a assinatura de António Neves, acólito na freguesia de Luso.


DESCULPE PERGUNTAR, MAS...


Perante as questões colocadas, surgem umas perguntas:

Primeiro, se alegadamente a colecta, peditório, tinha por objecto, e foi a informação dada aos dadores, comprar uma prenda ao senhor padre Godinho, por que razão foi entregue 507.00 euros ao Conselho Económico da Igreja Paroquial de Luso?

Segundo, qual foi o montante apurado em Barrô? Estranhamente ninguém sabe…

Mas vamos por partes…


DE PÔNCIOS A PILATOS PARA FICAR NA MESMA…


Comecei por formular a seguinte pergunta a Edite Pedro: Qual foi o montante apurado no lugar de Barrô?

Edite respondeu: “Não sei. Eu disse às pessoas que o dinheiro que dessem era para juntar ao dos grupos paroquiais, todo num bolo”, enfatizou.

À minha insistência de que, para evitar especulações, convinha responder, a moradora disse que voltaria a ligar daí a bocado.

Cerca de meia-hora depois recebi um telefonema de António Neves, acólito da freguesia, a dizer-me que tinha sido contactado por Edite Pedro. E disse o mesmo que a anterior depoente, ou seja, que era impossível saber quanto ofereceu cada grupo paroquial, porque foi tudo juntado no mesmo saco. Além disso, disse ainda Neves, que a divulgação individual ia causar mal-estar entre os grupos menos generosos. À minha insistência para apresentar o valor de Barrô, retorquiu que ia consultar outros pares e me respondia dentro de algum tempo.

Meia-hora depois, recebi um telefonema de um senhor de nome Luís Brandão. Disse que o senhor Neves lhe tinha pedido para me explicar o que tinha acontecido. Disse também que ajudou o senhor Neves nesta ideia e que me ia dizer como tudo aconteceu. Mais uma vez ouvi o que já tinha ouvido, isto é, que era impossível saber os montantes recebidos por cada grupo.

Porquê tanto segredo?

2 comentários:

Anónimo disse...

Os seus textos dão vómitos. Ainda bem que só há um igual a si em Barrô. Que enfado de ser humano

LUIS FERNANDES disse...

A verdade fere, não é? Vómito provova vossemecê com a sua cobardia, atrás da cortina. Mas, em boa verdade, sendo vocemecê implicado (e beneficiário), não admira. Você, pelo lugar que ocupa na sociedade de humanos, que refere, devia ter vergonha, meu homenzinho.