segunda-feira, 30 de agosto de 2021

MEALHADA: NÓS POR CÁ… VAMOS OUVINDO E COMENTANDO (2)

 





Com o tempo a encurtar para para a realização das próximas eleições autárquicas, que irão ocorrer no próximo 26 de Setembro, no Concelho da Mealhada as seis forças políticas candidatas à Câmara Municipal, que se apresentam a escrutínio, aparentemente, parecem manter-se calmas e sem preocupações de maior.

Como se sabe os candidatos ao executivo são os seguintes: o Movimento Mais e Melhor (MMM), com António Jorge Franco a liderar; a coligação Juntos pelo Concelho da Mealhada (JPCM), com Hugo Alves Silva como timoneiro; o Partido Socialista (PS), com Rui Marqueiro, candidato repetente, como cabeça de cartaz; o Bloco de Esquerda, com Gonçalo Melo Lopes no leme; a coligação CDU, Coligação Democrática Unitária, com João Marques como capitão de equipa; e o CHEGA, com Nélida Marques, a única mulher a aspirar à cadeira do poder municipal.

Como escrevi em anterior apontamento, destes seis aspirantes, constituindo o grupo dos alinhados, apenas três se posicionam para ganhar a majestática cadeira do poder, respectivamente o MMM, o JPCM e o PS.

Noutro grupo, chamemos-lhe de desalinhados, lado-a-lado, correm o Bloco de Esquerda e a CDU. Taco-a-taco, ambos no actual magistério contam com um deputado eleito na Assembleia Municipal, o Bloco de Esquerda com Ana Luzia Cruz e a CDU com João Manuel Couceiro, rivalizam para, no máximo, eleger um vereador ao executivo, no mínimo, inscrever mais um deputado na Assembleia Municipal.

Um e outro sabem que, no limite, para a vereação só um deles poderá conseguir eleger. Mas ambos podem almejar uma dupla de deputados para a Assembleia Municipal.

Com uma representatividade eleitoral num Concelho, até agora, fixado de pedra e cal nas hostes socialistas e pouco virado para aventuras à esquerda do PS, o seu resultado em votos na urna é muito similar - em 2017 o Bloco teve 632 votos e a CDU conseguiu 617 -, estas duas forças políticas sabem que o seu bom resultado esperado reside em dois factores: nos jovens, que vão votar pela primeira vez nestas eleições, e na abstenção, que só baixará com muito suor e proximidade dos eleitores.

Pelo que me é dado apreciar, parece-me que os comunistas estão mais empenhados em divulgar a sua mensagem, quer através da Internet, quer junto das populações.

E num terceiro grupo, chamemos-lhe solitário, constituído por uma única agremiação, inscreve-se o partido Chega, com Nélida Marques.

Sem orçamento inscrito para gastos de campanha, sem comunicação da cabeça-de-lista com os eleitores, praticamente sem fotos da candidata e sem propostas visíveis na página do CHEGA/Mealhada, será muito difícil este partido deixar um rasto de recordação para as próximas eleições de 2024. É certo que a intenção é mesmo, sem grandes alardes de contorcionismo, espetar uma bandeira do partido no Concelho, uma espécie de mandar o barro à parede e ver o que dá. Parece que este partido, endeusado em André Ventura, procura passar a mensagem a toda a força do seu líder nacional e está pouco preocupado com a candidata local. Ou é o contrário? No caso, será a candidata, que sem ligar muito ao lugar que ocupa, se está nas tintas para o CHEGA?


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