domingo, 8 de agosto de 2021

BARÓMETRO DOS JORNAIS EM PAPEL PUBLICADOS NA BAIRRADA


Jornal da Mealhada (edição de 4 de Agosto)


POSITIVO


A edição do Jornal da Mealhada (JM) desta quinzena, começando pela capa, em que peca por defeito o grafismo, satisfaz mas poderia ser muito melhor. O interior do caderno, com uma reportagem sobre o transporte de doentes pelos Bombeiros Voluntários da Mealhada e com uma entrevista a Gonçalo Melo Lopes, candidato à Câmara Municipal pelo Bloco de Esquerda, e ainda uma página sobre a “Revolução” do PS na lista à Câmara Municipal e outra sobre sobre a CDU, na sua passagem pela Lameira de São Pedro a ouvir as pessoas, e ainda uma página sobre a Igreja de Santana. Nas páginas centrais apresenta uma listagem de todas as praias fluviais à volta da Mealhada. Ainda no campo partidário, divide uma página com notícias sobre o Movimento Mais e Melhor e com a Coligação Juntos pelo Concelho da Mealhada. Na última página volta a escrever sobre a candidatura de José Silva à Vacariça. Escrevendo numa página sobre as dificuldades da patinagem em ano de Covid na cidade, assim como da vila de Luso e os concelhos vizinhos da Mealhada, retirando alguns reparos que enunciarei mais abaixo, esta edição pareceu-me relativamente bem.


MENOS BOM


Começo pela (falta de) comunicação nesta última edição antes da partida para férias. Ou seja, entre 4 de Agosto e 1 de Setembro o JM não será publicado. Até aqui nada que as pessoas que se ocupam do título legitimamente não tenham direito. O busílis da questão é que os seus leitores da edição em papel não tiveram direito a um comunicado na capa, como é normal em alguns semanários regionais. Então, e como é que sabem? Muito fácil, vão à página online do jornal e está lá o aviso. Nada de mais fácil para a Dona Milú, senhora de oitenta anos.


FALTA DE ORGANIZAÇÃO?


Um jornal local impresso, sobretudo num concelho onde a iliteracia digital é enorme, acaba por ser um complementar meio informativo para os seus habitantes menos esclarecidos terem acesso à divulgação política-partidária.

Por isso mesmo a publicação popular torna-se obrigatório que realize entrevistas a todos os candidatos a concurso. É certo que os concorrentes distribuirão informação dos seus programas pelas caixas-de-correio. No entanto as entrevistas aos cabeças-de-lista torna-se imperioso para se saber o que pensam as suas cabeças – já que os programas eleitorais falam dos projectos partidários.

Como se sabe são seis as forças concorrentes à Câmara Municipal, nomeadamente o Movimento Mais e Melhor, liderado por António Jorge Franco; Coligação Juntos pelo Concelho da Mealhada, com Hugo Alves Silva; CDU, Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV), com João Manuel Marques; Bloco de Esquerda, com Gonçalo Melo Lopes; Partido Socialista, com Rui Marqueiro; e ainda o CHEGA, com Nélida Marques.

Ora o que nos presenteou a redacção do JM? Na penúltima edição publicou uma entrevista a João Manuel Marques, da CDU e nesta última, como disse em cima, entrevistou Gonçalo Melo Lopes, do Bloco de Esquerda. Portanto, façamos contas: se são seis os candidatos e só foram visados até agora dois, naturalmente, faltam quatro.

Tomemos atenção: as eleições autárquicas vão realizar-se no próximo 26 de Setembro. Até ao sufrágio o jornal vai publicar-se mais duas vezes: a 4 e 19 de Setembro. Como é que vai fazer? Para não ser acusado de falta de equidade, em cada edição vai publicar duas entrevistas? Assim se espera… mas não havia “nexexidade” se, de facto, houvesse planeamento atempado.


UMA PÁGINA A SANTA ANA


Sem se entender muito bem, a página 9 do caderno, com o título “Santa Ana celebrada com cerimónia religiosa”, teve direito a cerca de dez frases escritas. O restante espaço foi ocupado com cinco fotos cerca de 20x20. Dá para entender?

E, por ser já demasiado longo, não vou escrever mais nada.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 14 valores.

JORNAL DA BAIRRADA (edição de 5 de Agosto)


Conforme nos tem habituado, pela grande qualidade jornalística, na diversidade de temas e lugares da Bairrada, ao longo dos últimos anos, continua a ser o ponteiro de uma bússola a apontar o Norte. Nada contra a referir.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 18 valores.


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