sexta-feira, 28 de outubro de 2016

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE... E UMA RESPOSTA




Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE... E UMA RESPOSTA":


Sr. Luís, obrigado pelo diálogo. Vou aproveitar e abusar mais um bocadinho.
Eu não disse em lado nenhum que a Baixa não era segura. Eu ando na Baixa a qualquer hora do dia e da noite sem medo de assaltos. As razões pelas quais acho que a Baixa não é exatamente um pólo turístico atrativo, são as mesmas que o senhor tem avançado ao longo dos anos aqui no seu blogue. Nem mais, nem menos. É precisamente porque gosto da minha cidade e quero dar dela uma boa imagem, e não o contrário, que hesito em recomendar passeios pela baixinha a quem vem de fora. As críticas e as imagens estão no seu blogue. Portanto, fico eu sem percebe-lo.
Neste ponto, passamos para o eventual impacto para o turista das críticas na tal reunião. O impacto é próximo do zero. São muito escassas as hipóteses de um francês ou um japonês estarem atentos a uma reunião promovida pela APBC, no Teatro da Cerca de São Bernardo, com sumidades locais. Mas, se for como diz, o sr. Luís terá também de ter cuidado com as críticas que coloca aqui no seu blogue, ainda com mais razão, até porque até são ilustradas. Eu recomendaria antes aos leitores que passem pelo site da Câmara Municipal, onde não se vê nada disto, muito pelo contrário.
Aliás, era o que faltava que o cidadão comum, instituições, o que seja, não pudessem fazer críticas públicas, com receio de que o turista as vejam. É a primeira vez que leio tal coisa.
Eu não sou procurador da Universidade, mas ainda não percebi igualmente o que se pretende que a Universidade faça, em concreto, na Rua da Sofia e na Baixa em geral. Estou a ser sincero, não percebi mesmo. Para além disso, tem noção de que a maior parte dos turistas que vão à Baixa, vieram já, ou estão a caminho, da universidade? Portanto, faz já mais a Universidade pelo turismo em Coimbra do que qualquer outra instituição.
Passando, finalmente, para razões pelas quais a Baixa não chama mais consumidores, não é difícil. Falta gente a habitar na Baixa. Falta vida local. Em primeiro lugar estão os habitantes, depois o turista. Este sente-se bem a passear em locais com gente a viver, com ruído, com luz. Mas para terem gente, é preciso várias coisas: recuperação das casas, comércio variado de proximidade, bons equipamentos, limpeza, iluminação, etc.
Eu não sei bem se, ao dizer que é bom e variado o comércio na Baixa está na sua veste de “não dizer mal para os de fora ouvirem”, ou se está a ser mesmo sincero. É que o eixo Portagem-Praça Oito de Maio, ainda vá que não vá, embora eu continue a achar que tem demasiadas lojas de recuerdos. Mas a parte das ruas estreitas da baixinha? A sério?
Quanto aos guias turísticos e centros comerciais, estava obviamente a ironizar. Nós, os habitantes e consumidores, sabemos bem as razões pelas quais vamos ou não vamos a um lugar, não precisamos que nos expliquem.

António


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NOTA DO EDITOR

Muito obrigado pelo seu comentário, caro António(a). Lamento que eu não tenha sido suficientemente claro. Fragilidade minha, admito. Com todo o respeito pela sua opinião e algumas dúvidas que o perseguem, mas não é minha intenção chover no molhado, como quem diz, repetir as mesmas afirmações “ad eternum”. Se, para si, é tão importante esclarecer certas indecisões, conhece-me, não conhece? Sabe onde me encontrar, não sabe? Então, nesse caso, não preciso escrever mais nada.
Com os melhores cumprimentos.

Luís Fernandes

1 comentário:

Anónimo disse...

Senhor Luís, entrar no seu estabelecimento é sempre um prazer. Eu é que não sei o que lhe poderia dizer, de viva voz, mais do que o que disse aqui e o senhor também não me diria mais sobre o estado da nossa cidade do que sempre aqui tem dito. Nenhum de nós tem dúvidas, pois não? Só uma última coisa: a propósito de uma noticia recente sobre obras na estação velha, o primeiro cartão de visitas de quem aqui chega, vamos estar atentos e que nenhum nós deixe de exigir uma coisa decente e bonita e de criticar se for o caso. Obrigado pela sua atenção.

Antonio