sábado, 16 de novembro de 2019

EDITORIAL: ESTE PSD ME MATA







Com a vitória, ontem, de Carlos Lopes, lista afecta a Luís Montenegro, para líder da concelhia do PSD/Coimbra - que venceu o seu opositor Barbosa de Melo, afecto a Rui Rio, por 10 votos – está aberta a porta da renovação para a equipa dos sociais-democratas se preparar para o grande combate autárquico em 2021. Isto se se não houver impugnação por parte do vencido, já que, por exemplo, José Simão, presidente das juntas agregadas de Santa Clara e Castelo Viegas, queixou-se no Facebook de, apesar de ter as quotas em dia, ter sido impedido de votar.
De salientar que também para a mesa da Assembleia Geral, em detrimento de Carlos Encarnação, ganhou Fernanda Mota Pinto – com uma diferença de 20 votos sobre o seu adversário. Ou seja, se não houver repetição do acto eleitoral e for considerado válido, tudo indica que a seccão de Coimbra não quer nada nem com Rui Rio nem com os antigos presidentes da Câmara Municipal nos últimos 12 anos – 2001-2013.
Com um candidato à edilidade já apresentado, Nuno Freitas, médico, que, alegadamente, se demitiu da Concelhia para se preparar às próximas eleições, tudo indica que não vai ser o único, sobretudo se Rio for confirmado como presidente do PSD nas próximas directas do partido. Não causaria espanto se fosse uma mulher com assento na torre que vigia a cidade. Mas mesmo que Rui Rio perca para Montenegro, é de supor que outros aspirantes ao cadeirão da Praça 8 de Maio se irão posicionar para se baterem contra Nuno Freitas. Há uma tradição de trazer gente dos arrabaldes da cidade para conquistar o castelo, agora ocupado pelos socialistas, e, estou em crer que se vai manter. Assim a acontecer, os resultados, como no último sufrágio, com o concursante Jaime Ramos a declarar se perdesse que não assumiria o seu lugar de vereador, poderão não serem melhores.


É PRECISO OUTRA GENTE, E OUTRAS COLIGAÇÕES


Com novos partidos e movimentos a concorrerem em 2021, o PSD, se não apresentar uma candidato à Câmara galvanizador, corre o risco de ficar com uma representação mínima na cidade. Actualmente, com a desvinculação de Paula Pêgo, apresenta-se um terreno no executivo pouco arável para dar bons frutos nos menos dois anos que faltam para o pleito eleitoral. Se o partido quer ganhar, mesmo contra o costume de apresentar um candidato próprio, terá de aceitar ser outro representante da futura aliança política.

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