Pelas
19h00, a Rainha Santa Isabel, padroeira da cidade, saiu da Igreja de
Santa-Clara-a-nova em direcção à igreja de Santa Cruz onde ficará
acomodada até ao próximo Domingo, em que regressará à sua casa de
sempre.
Não
se prevêem, nem por parte da Rainha nem por parte do seu séquito,
grandes compras no comércio da Baixa. Ao que tudo indica, seguindo o
hábito anterior, são três dias apenas para descansar e colocar a
conversa em dia com o senhor Rei Afonso Henriques e seu filho, D.
Sancho I. Não se sabe ao certo se a confabulação abordará somente
a política local ou política nacional.
É
mais que certo que virão à baila dois assuntos. O primeiro é a
razão dos vendedores (des)ambulantes de etnia cigana terem sido hoje
transferidos a toda a pressa para o Largo da Maracha com a explicação
sumária de que “era preciso porque se vai inaugurar qualquer
coisa”. Presume-se que tem a ver com a visita, ontem, à nova
meia Avenida Central.
É
natural que a Rainha Santa deixe no ar perguntas ao Executivo
municipal liderado por Manuel Machado:
-
Não chega já de andar com esta gente aos encontrões de um
lado para outro? Para quando uma solução digna e definitiva numa situação que se arrasta há quarenta anos?
E
outra ainda:
-
Alguém se lembra que no Largo da Maracha está um
comerciante de artigos desportivos que, fosse lá por que fosse, viu
o seu espaço visual invadido por tendeiros? E mais ainda: que, sem
aviso prévio, está obrigado a concorrer com outros vendedores a
venderem à sua porta também calçado desportivo?
E
outra ainda:
- Por
que razão, este ano, a distribuição de colchas emprestadas aos
particulares passou para a Casa da Cultura, na Rua Pedro Monteiro,
mal servida de transportes públicos?
Ao
que parece algumas velhinhas, residentes aqui na Baixa, descontentes
com a transferência – nos anos anteriores a cedência era feita na
Casa Aninhas, na Praça 8 de Maio, e depois no Mercado Municipal –
fizeram chegar à padroeira o seu desagrado.
Desconhece-se se, por todos estes atropelos societários, a Rainha irá impor penalizações em jeito de penitências. A acontecerem, é muito provável que Machado, com um megafone na varanda da Câmara Municipal, seja obrigado a pedir perdão pelos desatinos dos últimos quatro anos, mais uns meses e uns dias a todos os munícipes que se sentirem lesados pelo seu reinado, que não deixa história na vida da cidade.
Desconhece-se se, por todos estes atropelos societários, a Rainha irá impor penalizações em jeito de penitências. A acontecerem, é muito provável que Machado, com um megafone na varanda da Câmara Municipal, seja obrigado a pedir perdão pelos desatinos dos últimos quatro anos, mais uns meses e uns dias a todos os munícipes que se sentirem lesados pelo seu reinado, que não deixa história na vida da cidade.
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