quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

UMA CIDADE UNIVERSITÁRIA COM GENTE ESTRANHA

(Imagem da Web)



Num universo que se aperta cada vez mais –e mais à frente explico melhor-, as crónicas que escrevo, sobre a cidade e sobre assuntos diversos, tenho por costume colocá-las no Facebook, na “Página não oficial da Câmara Municipal de Coimbra –grupo fechado”. Até hoje, já que ao tentar colar um texto recebi a informação automática: “Não tens a permissão necessária para a Página especificada para realizar a acção pedida”. Deixei há pouco um pedido de explicação ao administrador –ver a seguir. Até ao momento não recebi resposta.

Ao Ex.mo Administrador desta página:
Ao tentar colocar aqui um post recebi a informação automática: "Não tens a permissão necessária para a Página especificada para realizar a acção pedida”.
Pergunto: Foi por acaso -isto é, foi erro do sistema- ou fui considerado “persona non grata”?
Solicito-lhe o favor de me informar. Afinal (a ser verdade), qualquer acusado precisa de saber o teor que deu origem à matéria processual da acusação, caso contrário estamos numa espécie de processo de Kafka.

Até há uns meses atrás, juntamente com a mesma acção nesta página, inseria também os meus artigos na página do Facebook do Diário de Coimbra. A intenção era dupla, por um lado, para que os meus artigos fossem lidos, por outro, para que o diário tomasse contacto com factos que, por ventura, lhe passassem ao lado. Sou assinante e durante muitos anos fui colaborador da “Página do Leitor”. Para além disso, tenho uma ligação de coração com o jornal –que não interessa para aqui. Então o que aconteceu em Setembro último? O administrador do site do jornal, pura e simplesmente, bloqueou-me. Tal como fiz agora, pedi explicações. Como não fui bafejado com o esclarecimento, dei por acabado que as minhas notícias não eram bem-vindas e nunca mais lá postei nada.
No dia 24 do mês passado escrevi o texto “Finalmente há fumo branco em Belém” e remeti-o para a “Página do Leitor” do Diário de Coimbra. Até hoje, não foi publicado.
Durante mais de três anos, fui colaborador semanal, gratuitamente, com uma página, no semanário “O Despertar” e cerca de seis meses n’O Campeão das Províncias –que pertence ao mesmo grupo editorial. Por causa de uma imposição do dono do jornal –que me pedia que alterasse um texto que, por acaso, só mesmo por acaso, falava de uma acção do presidente da Câmara Municipal-, porque me recusei, acabei irradiado sem sequer uma explicação aos leitores, ou um simples agradecimento.
Ora, juntando tudo, das duas uma: ou sou mesmo um perigoso panfletário, revolucionário, estúpido, intervencionista, que, sem saber sobre o que plasma e injustamente, procura o confronto –mas nesse caso onde estão as acções judiciais dos visados por difamação?- ou, que é o mais provável, estas pessoas atribuem-me um valor que, francamente, não detenho. Que fique bem claro. Sou simplesmente um escriba de trazer por causa. É óbvio que, em face destas atitudes, sou levado a pensar que, pelos vistos, incomodo mesmo. E quando alguém pensa assim, a subsequência é colocar-se em bicos de pés e, mais depressa que o dia substitui a noite, julga-se importante e de asno passa a escritor. A fórmula é sempre mais que certa.
Claro que sei a resposta, mas como sou idiota interrogo: o que move estas pessoas? O que é que se passa com a nossa imprensa local? Estamos mesmo em democracia? A culpa será da cidade ou de um certo poder instituído que, a todo o custo, visa calar a livre opinião?


POST SCRIPTUM: Já depois deste texto ter sido publicado, muito amavelmente, recebi do administrador da página da Câmara Municipal de Coimbra não oficial uma declaração de que nada fez para obstaculizar as minhas crónicas. Com franqueza, acredito. Está de ver que se tratou de um erro do sistema. Talvez porque reagi a quente, as minhas desculpas. Vamos continuar a encontrar-nos na citada página. Muito obrigados.


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