Durante décadas e décadas a Maria Isabel da
Costa Rosário Dias foi nossa companheira diária no passar dos dias e no calcar
das pedras desta Baixa que a todos nos faz arrepelar os cabelos mas não
passamos sem ela. Na década de 1970 vimo-la a trabalhar no Jorge Mendes, ao balcão, na Praça do Comércio. No virar da década,
para a seguinte de 1980, conjuntamente com mais dois sócios, abriu a Zedibel –iniciais de todos os parceiros
no negócio, “Zé, Dias, Bel(ita)"-, na
Rua das Padeiras e por aqui se manteve a laborar até cerca de 2007. Fomos hoje
surpreendidos pelo anúncio do seu desaparecimento do nosso meio.
Embora a conhecesse, não tive grande
relacionamento com a senhora Isabel que possa atestar. Parecia-me uma pessoa
triste, metida sobre si-mesmo, introspecta. Por isso mesmo vou dar voz a quem
privou de perto com a Isabel Costa. A sua ex-vizinha Clara Pessoa, perante a
súbita partida sem despedida, diz o seguinte: “era uma pessoa acessível. Boa amiga do seu amigo e sempre disponível
para ajudar quem precisava. Se lhe pedisse alguma coisa para ajudar alguém ela
dava. Era bastante sociável e humilde. Tinha muito gosto para a decoração e era
muito competente. Infelizmente, no final da sua existência as coisas
complicaram-se. Gostei muito de conviver com a Isabel. Paz nesta sua caminhada
que agora inicia e um dia, igualmente, também faremos.”
L. Dias foi um dos seus colegas no Jorge Mendes, na década de 1970, e
depois um dos seus sócios na Zedibel.
Pedi-lhe um comentário curto. Enfatizou assim: “de facto, durante cerca de sete anos trabalhámos no Jorge Mendes e
depois, mais tarde e durante igual período e tempo, fundámos e, todos juntos, ajudámos a fazer crescer o nosso sonho. Gostei de a ter conhecido. Que descanse em paz!”
Em nome da Baixa comercial, se posso escrever
assim, os nossos sentidos pêsames à família da Isabel Rosário Dias. Até um dia,
Isabel! Paz à sua alma!
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