quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

LOGO A COISA VAI AQUECER NA BAIXA...



A levar em conta as várias barracas-móveis de cerveja –das concorrentes Sagres e Super Bock- na Praça 8 de Maio, junto à Câmara Municipal, e ao longo da Praça do Comércio, mais logo, aquando da passagem do ano velho para o novo que está à espera de entrar, o ambiente vai estar ao rubro com o cartaz que se oferece a quem nos visitar com a noite a estender o manto.
 Segundo sei, na Praça do Comércio, o clima aqueceu já há vários dias entre hoteleiros e uma das marcas de cerveja que, pelos vistos não levando a peito a lealdade de vários anos dos instalados, deu em concessionar duas barracas a quem não tem lá estabelecimentos na velha praça. Estalou o verniz e as bolhas de cevada saltaram fora dos copos e houve mesmo rescisões de contratos e passagem imediata para a concorrência. Segundo um dos hoteleiros com quem falei e que não vou dar nome –porque hoje é dia de paz e não de guerra-, e que já está a funcionar com a cerveja opositora, “eu não culpo quem vem de fora e tenta “safar-se”. Não admito é esta falta de ética da representante que me fornecia. Acho que não está certo. Não pode valer tudo! Se eles, marca de cerveja, por uma noite se esquecem de nós, que lhes compramos tudo há vários anos, então, nos dias subsequentes que aí vêm, que vão vender nos outros dias. É uma falta de respeito! É o que temos!”
Voltando à noite quente que se aproxima, com “Os Quinta do Bill” a subir ao palco depois de se ingerir as 12 passas e formular os mesmos desejos, tudo indica que vale a pena vir à Baixa. Leia aqui mais. Já agora, leitor, não se esqueça que há muito mais Baixa para descobrir para além desta passagem de ano. Agora esqueça-se! Boas festas e Bom Ano Novo!

A UNIVERSIDADE OFERECE UMA PRENDA AOS HOTELEIROS




Hoje, três embaixadores de boa-vontade da Universidade de Coimbra (UC) andam na Baixa a contactar os proprietários de estabelecimentos hoteleiros para, incluindo os seus funcionários, lhes oferecer um ingresso de visita à Universidade. Segundo o convite deixado, esta permissão será válida de 05 de Janeiro a 30 de Março de 2015, às 10h00 de segundas-feiras e às 14h00 de quartas-feiras, durante este período de três meses.
Sem dúvida que estamos perante uma acção de formação relevante dos órgãos directivos da UC. Os hoteleiros –e por que não também alargar aos comerciantes?- para além de industriais de transformação de comida, no seu dia-a-dia, são também vendedores da cidade. Ora só se consegue vender bem um produto que se conhece e, creio com elevada certeza, a maioria desconhece ou conhece mal os mais importantes monumentos da Lusa Atenas. Por isso, relevo esta importante medida. Ganhamos todos, os hoteleiros, a cidade e os turistas que nos visitam. São gestos simples como estes que, tantas vezes desbloqueando icebergues de frio gelo, com um custo residual conseguem resultados fascinantes. Parabéns por isso.

BOM ANO, PESSOAL...

NÃO PODEMOS PASSAR AO LADO DO QUE ESTÁ A ACONTECER A ESTE PAÍS



"Em 2014 foram 269 os clínicos que pediram à Ordem dos Médicos os certificados para exercer a profissão noutro país. O PÚBLICO conta as histórias de quatro médicos emigrantes. O desalento que levou os médicos a sair do país e a não acreditar no regresso."

UM BOM TRABALHO SOBRE OS SEM-ABRIGO EM COIMBRA





DIÁRIO DIGITAL
Por Felipe De Angelis

"São 7h00 da manhã. Os tímidos raios de sol do gelado outono português iluminam o velho cobertor e avisam que um novo dia está por começar. É hora de arrumar os trapos e deixar a calçada, ao pé da Loja do Cidadão, em Coimbra. A civilização caminha ligeira e ignora o próximo. Oito, nove, dez horas da manhã e apenas um euro em moedas pequenas, de cinco, dez e vinte centavos. João Ricardo, 44 anos, não reclama. Tem quase o suficiente para fazer a sua primeira refeição, talvez a única do dia, na cozinha económica mantida pelas irmãs Criaditas dos Pobres, no Terreiro Mendonça."


"Luis Fernandes, proprietário de uma loja de antiguidades e velharias no Largo da Freiria, a algumas quadras do apartamento de dona Cecília, tem uma visão diferente e acredita que a sociedade deveria ter mais tolerância. “A maioria dos comerciantes, e também os mais idosos, olham os sem-abrigo como lixo, como invasores do bem-estar”, lamenta, sem esquecer-se de elogiar o trabalho da Cáritas. Segundo ele, que possui um blog de crónicas e é colaborador de um jornal semanal, são as políticas recessivas e depressivas dos últimos Governos que têm levado milhares de pessoas a esta situação. “A classe média desapareceu, mas ainda vive como cidadã. Mas os sem-abrigo, ah, estes só sobrevivem”, filosofa Fernandes, culpando ainda a falta de visão dos governantes locais em não criar projetos de ocupação habitacional no centro histórico."

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...



Unknown deixou um novo comentário na sua mensagem "MENSAGEM DE NATAL DO PRESIDENTE DA CÂMARA AOS COME...":


Coloque no seu blogue o comentário que foi feito por um anónimo à sua (noticia?) sobre a passagem de ano de 2013, É QUE ME PARECE QUE ELA FOI APAGADA. Sem qualquer referência partidária e por isso o meu anonimato, obrigado pela reedição das passagens de ano, antes realizadas na Praça da República e só desejo, que o autor deste blogue este ano goste. A DE 2013 FOI FANTÁSTICA, para quem gosta da Baixa, será que gosta?


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NOTA DO EDITOR

Meu caro anónimo, começo por agradecer o ter vindo comentar. Quanto à sua referência de lhe parecer ter sido apagada uma mensagem, fica a saber que edito todos os comentários que me são dirigidos -anónimos ou não-, sejam de simpatia ou o contrário. Entendo que quem, como eu, manda uns bitaites para outros tem de estar preparado para apanhar umas "bofetadas". Só não plasmo quando há declaradamente -preto no branco- insultos gratuitos à minha pessoa ou a outras. Estes sim são eliminados –e já eliminei vários. Isto para lhe dizer que a sua “acusação” não faz sentido, a menos que contivesse os tais pressupostos difamatórios. Se não for assim prove.
Quanto à sua referência em eu gostar das festas de passagem de ano, não tenho de gostar ou antes pelo contrário. Dentro do meu direito de livre expressão posso pronunciar-me ou não. Dá para perceber que se disser bem –para si- encantado. Se escrever mal sou do pior. Conheço muito bem esse género de procedimento, meu caro. Bem de mais! Por isto mesmo, continue a comentar anonimamente. O seu lugar é nas trevas da noite escura.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

LEIA O CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS...



Leia aqui o CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS desta semana.

Na página "OLHARES... POR COIMBRA E PELO PAÍS", na rubrica "NÓS POR CÁ..."  leia  o texto "A SOMBRA DO PODER". 
Na rubrica "COGITANDO SOBRE..." deixo também a crónica "BOM ANO NOVO AOS LEITORES".



OLHARES... POR COIMBRA E PELO PAÍS

NÓS POR CÁ...

A SOMBRA DO PODER


 “O seu artigo de opinião, na óptica de quem o lê, é completamente tendencioso e desajustado, notando-se, claramente, que a sua independência é uma treta!
Vejamos, por exemplo:               1) O Sr. escreve acerca do Presidente da Câmara de Coimbra como se tratando de alguém que nada tem a ver com a cidade, um puro engano! 2) O senhor sistematicamente lança desinformação, nunca sequer citando o estado em que o município estava aquando da entrada do Dr. Manuel Machado para a Câmara Municipal de Coimbra.
3) O caso do Convento de S. Francisco, o estado em que se encontravam os SMTUC, o caso da Empresa Municipal de Turismo de Coimbra, entre outros casos, isso a si, já não lhe interessa!
O Sr. é o profeta da desgraça e somente sabe escrever mordazmente contra o Presidente da Câmara! Boas Festas”
Depois de, na semana passada, ter escrito no blogue um texto com o título “Mensagem de Natal do presidente da Câmara Municipal de Coimbra aos comerciantes da Baixa”, recebi o comentário que transcrevo em cima, na íntegra. Sobre o que plasmei, era uma crónica mordaz, sarcástica, dura até, admito, onde pretensamente e até ao fim do texto –aqui já declarava ser uma brincadeira- ironizava com a situação. Fazia crer ser uma justificação presidencial, sobretudo, pelo facto da Polícia Municipal (PM) ter andado todo o mês de dezembro a patrulhar o Largo das Olarias, junto à Loja do Cidadão. Embora já tivesse escrito n’O Despertar sobre este absurdo comportamento, ainda que legal mas discriminatório, o que me indignou e levou a repetir com mais veneno corrosivo foi o caso de até na terça-feira, antevéspera do Natal, várias viaturas terem sido presenteadas com multas.
Na prosa que publiquei no mais antigo semanário de Coimbra interrogava que razões havia para impedir o estacionamento temporário naquele largo? A praça, com a arquitetura que apresenta, foi concebida para deixar passar o Metro Ligeiro de Superfície e está à sua espera e assim há 14 anos. Ora se não há metro –e pelos vistos não haverá nunca-, o que pode justificar manter um espaço vazio tão fundamental e fulcral para a Baixa da cidade e com a PM a andar a metralhar diariamente quem ali encosta? Bem sei que não será o caso mas, especulando, entre outras, poderemos pensar que é uma medida discricionária para empurrar os automobilistas para os parques circundantes que, por serem demasiado onerosos, estão muito longe de estar completos. Com sinceridade, penso que esta vontade camarária assenta somente numa decisão que, de uma forma facilitista, visa financiar os cofres da autarquia. É evidente que quem dá a ordem, sabendo que está a prejudicar toda uma área comercial que luta para se manter viva e a sacrificar quem nela trabalha, não está a fazer política mas sim gestão. Por isso mesmo, a meu ver, a sua função está trocada. Deveria ceder o seu lugar e deixar a política para quem sabe e tem rasgo.

O FILHO QUERIDO E O BASTARDO?

Ainda que façamos por não sermos tendenciosos e especulativos, o que poderemos pensar quando lemos notícias assim, como esta no Diário de Coimbra (DC), de terça-feira 30 de dezembro: “Trânsito complicado junto ao Forum” – Acessos ao centro comercial registaram grande afluência nos primeiros dias de saldos”. Continuando a citar o DC, “Tal como no domingo, o trânsito nas imediações do Forum Coimbra foi ontem de grande intensidade, num vaivém constante, com carros mal estacionados um pouco por todo o lado. (…) Estacionar era quase um “salve-se quem puder”. Perto das 16h00, a Polícia Municipal de Coimbra passou por lá mas não parou.”

ALGUÉM SABE O QUE SE QUER FAZER DISTO?

De uma vez por todas e sem papas na língua, é preciso dizer que a culpa da Baixa da cidade estar no estado em que está deve-se à falta de política que não houve nos últimos vinte anos. A motivação foi sempre estender a urbe até ao infinito, criando à sua volta ilhas isoladas autossustentáveis sem pontes a ligar a cidade velha, deliberadamente deixando cair o centro histórico numa degradação escandalosa. A intenção foi mostrar o todo tapando as mazelas com uma peneira para se mostrar que Coimbra é modernaça e tão importante como o Porto e Lisboa, que somos uma metrópole, que devemos ter um metro ligeiro e outros avanços tecnológicos. O que importa é o parecer. O ser, as pessoas, os munícipes, os pequeníssimos investidores, nunca contou nesta equação. Não é por acaso que toda a pequeníssima indústria, como pequenas oficinas, extinguiram-se desta parte velha. Pouco importou se a pouca indústria existente em redor do círculo urbano fenecesse e o comércio tradicional, por consequência, vá atrás. Estas questões nunca preocuparam os edis da Praça 8 de Maio. O que interessa mesmo é continuar a fazer obra de betão, adquirir coleções de arte, fazer festas para que o circo mediático continue a entreter o povo e deixar o nome bem sublinhado em panóplias de novo-riquismo.
Mesmo considerando as alegações apresentadas em cima, os problemas desta zona comercial tradicional de excelência, que deveria ter merecido, desde sempre, um tratamento de exceção, são e sempre foram mais políticos que económicos. Desde os princípios da década de 1990 temos tido presidentes da Câmara sem visão holística, escolhidos pelos partidos apenas em estratégia para ganhar as eleições, com soluções retalhadas de fogacho e projetos mais pessoais, de ascensão a outros voos, que coletivos. Os resultados, em catástrofe, estão à vista de quem se der ao trabalho de abrir os olhos. Nenhuma cidade, com timoneiros assim, pode prosperar e dar prazer a viver nela.

PODE O ESTACIONAMENTO AJUDAR?

Voltando ao Largo das Olarias, no texto que escrevi para o jornal, até sugeria que se colocassem parquímetros a pagar com um valor residual para a primeira hora e nas seguintes já com preço normal de estacionamento público de modo a que desse tempo a qualquer visitante para poder tratar dos seus afazeres.
Ora, se tivéssemos gente na edilidade preocupada com a revitalização comercial da zona histórica e com quem cá vive, seria de supor que haveria um retrocesso na ação. Sabe-se que, na maioria das vezes, só vê as coisas quem está de fora da decisão e sente as suas consequências. É por isso mesmo que quem escreve com espírito de cidadania, sem partidarismo e apenas com a cidade no seu objeto, blogueres ou colaboradores de jornais, deveria ser acarinhado porque está a fazer um serviço altruísta de mensageiro. Porque os jornais locais diários, devido à crise de meios, estão cada vez mais cerceados na ação. Só acorrem à grande notícia e, salvo exceção, pouco se apercebem do sofrimento do citadino comum. É aqui que o “escrevinhador” tem um papel fundamental na divulgação da pequena história do homem da rua. Se consegue expressar-se e é suficientemente louco para se aborrecer, gratuitamente, tendo em vista somente o bem comum, está a levar ao decisor o sentir da comunidade. Mas muitas vezes o efeito é contrário. O recetor político gerador da ordem, julgando-se iluminado, torna-se insensível e na sua cegueira, confundindo cedência com fraqueza, alheando-se do clamor popular, não faz as alterações que deveria fazer. Para piorar uma relação que deveria ser profícua, sente-se incomodado pela sombra que este emissário relança. Então, salvo exceções, dispara em duas direções: num ostracismo premeditado, ignora completamente ou, no limite e como neste caso, insulta mas sempre a coberto do anonimato. Nunca dá a cara, porque é gente sem galhardia, sem princípios, capaz de tudo até, fazendo-se passar por outro, elogiar e comentar notícias que lhe digam respeito, incluindo, através da intriga, envenenar o chefe para tomar o seu lugar. Embora saibamos quem são, sem generalizar, estão nestes lugares públicos apenas tendo em mente os seus interesses. Por isto mesmo, nem é de admirar tratarem estes “colaboradores” assumidamente como inimigos. Vamos longe com gente assim?


COGITANDO SOBRE: BOM ANO NOVO AOS LEITORES

Um novo ano está a entrar pela nossa casa sem pedir licença. Não vou escrever a desejar que nos saia o Euromilhões mas tão só que tenhamos saúde, este bem tão precioso e que só lhe damos valor quando nos falta, algum dinheiro e sobretudo algum amor. Sem dúvida que precisamos de meios financeiros para fazer face às nossas necessidades, mas verdadeiramente precisamos de ter vigor, robustez física para trabalhar, e então muito amor. Nunca como neste final de ano senti tanta tristeza em muitos dos meus amigos. São homens com mais de cinquenta anos que foram tocados por divórcios e que a solidão está a minar-lhes este final e começo de outra época. Sem qualquer pejo choram como nunca vi chorar assim alguém. Para eles, para todos aqueles que nesta época de recolhimento são tocados pela memória, pela nostalgia, para todos os leitores que leem O Campeão que não desanimem, contem comigo e com toda esta vasta equipa para vos ajudar a tornar os dias que se aproximam melhores. Boas Festas!



O NOVO BANCO


"É TUDO IGUAL AO LITRO"

INSCREVA-SE NO JANTAR DE ANO NOVO DOS CPC



INSCREVA-SE NO JANTAR DE ANO NOVO

DOS CIDADÃOS POR COIMBRA


Vamos assinalar o início de um novo ano com um jantar de convívio a ter lugar no Hotel Bragança no Dia de Reis, 6 de Janeiro, terça-feira, às 20h.

Cardápio:
Creme de grão com espinafres
Bacalhau com broa
Semifrio de frutos silvestres
e bebidas
.

 
Custo: 12 euros.
Inscrições pelos telefones 962916842 e 912595575

E BOM 2015!

BOM DIA, PESSOAL...

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...




Zé do Autocarro deixou um novo comentário na sua mensagem "MENSAGEM DE NATAL DO PRESIDENTE DA CÂMARA AOS COME...":



O
Sr. Anónimo desculpe mas estou curioso em saber o que é que, para si, está melhor nos SMTUC desde a entrada do atual Presidente?

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...





SuperFebras deixou um novo comentário na sua mensagem "UM BOM INSTRUMENTISTA DE GUITARRA NA BAIXA":


Amigo:

Como sabe venho até aqui todos os dias! Por vezes imagino-me por Coimbra, fazendo uma ou duas piscinas pela baixa, todos os dias, como era meu costume. Beberia o meu café no Santa Cruz e entre olhares por cima dos óculos, coscuvilhando o movimento humano, leria os matinais com a intenção de procurar algo noticioso que me desse a razão de ir até ao seu bazar de memórias para o provocar -Oh Amigo, vossemecê já leu a terceira página de hoje?
Acredite, penso muito na minha cidade mãe! Distraio-me nos sonhos! Caminho levemente pelas ruas, subo e desço pelas suas escadas seculares, cumprimento e sorrio aos empregados das lojas, compro falhocas e castanhas e reencontro-me com amigos e amadas dentro dos cafés em que o decor ainda hoje é o de MCMLXXIX!
Sabe Amigo, ainda hoje tenho no olfacto as fragrâncias das diversas ruas da baixa e nos devaneios meus, ao dobrar da esquina vai-se o aroma do café e vem o do curado coiro nos sapatos de verniz em saldo que ao fim da rua já se mistura no faro com o cheiro da matizada fazenda fina, quem sabe de longínqua oriental mariposa vendida à medida da extensão paralelepipédica de um pedaço de pau Africano!
Hoje contudo, nas minhas quimeras, vejo Coimbra como se vê em muitos dias a Madalena, não a que financiou os paços de Cristo, mas a freguesia litoral do Pico, Açores, coberta de densas nuvens anti-ciclónicas que só ao pico do Pico deixam banhar em sol e ao humano enxergar lá do longe no alto mar.
Mas há sempre uma aberta, um raio de sol que penetra, ilumina, aquece e nos dá esperança!
Este jovem e a sua guitarra com lágrima são essa esperança, esse raio de sol!
Quem sabe ele não é para Coimbra parte importante de um futuro feixe de luz!

Um abraço
Álvaro José Da Silva Pratas Leitão
Bradfor – Ontário
Canadá

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

UM COMENTÁRIO RECEBIDO SOBRE...




Luciano Ferreira deixou um novo comentário na sua mensagem "A TENDA DAS PRENDAS":


Q
uem é determinado no seu objectivo pode chegar muito além do que imagina. Essa jovem vai longe, pois a determinação de estar no frio para realizar seu sonho, tem que haver uma força Divina para ajudar. Acho que muitos, em vez de reclamar que a vida está difícil, deveriam agir dessa forma; encontrar formas de dar a volta às dificuldades e encarar os desafios de frente! Parabéns Kátia pela sua coragem e exemplo de superação e força!


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Iolanda Figo deixou um novo comentário na sua mensagem "A TENDA DAS PRENDAS":



Realmente quando queremos alcançar uma meta não podemos ficar à espera ou até mesmo deixarmos ser guiados pelo que falam "os outros". Se o fazemos, o nosso sucesso vai adiando pela falta de coragem e determinação naquilo que já está dentro de nós. É isso que a Kátia Félix está a fazer!

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Conceição Cruz deixou um novo comentário na sua mensagem "A TENDA DAS PRENDAS":



Nós conimbricences deveríamos prestar mais atenção a exemplos como o desta jovem. Às vezes passamos ao pé de muitos e nem ligamos, mas por trás destas vidas há grandes histórias, sonhos por realizar, frustrações, anseios, decepçōes e até necessidades de alimentos. Ver um exemplo como da Kátia faz nos reflectir o que nós estamos dispostos a fazer por nossos objectivos. E pelos vistos a Kátia está a fazer a sua parte e a usar sua força de vontade para alcançar sua meta. Grande exemplo!

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Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "A TENDA DAS PRENDAS":



S
e muitos tivessem esta mesma iniciativa acredito que a situação financeira de muitos que vivem a reclamar mudaria... Está aqui um grande exemplo!

UM BOM INSTRUMENTISTA DE GUITARRA NA BAIXA




Quem já teve a felicidade de ver e ouvir o estudante universitário, de engenharia Mecânica, Eduardo Catela nas Ruas largas, Visconde da Luz e Ferreira Borges, de certeza absoluta, teve de suster a passada e deixar-se invadir pelos trinados melódicos saídos da sua guitarra de Coimbra. Trajado a rigor, de capa e batina, para além da excelência instrumental e dos muitos turistas a tirarem fotografias, o Eduardo contribui para um bonito postal ilustrado da cidade. É um prazer revê-lo e tê-lo entre nós a quebrar o silêncio das artérias da Baixa, por vezes, tão notoriamente sepulcral.
“Estou aqui, a tocar na rua, para ajudar a pagar as minhas propinas”, responde assim ao meu porquê? Continua o Eduardo, “embora os universitários estejam malvistos pelos excessos de uma minoria, no geral, os transeuntes gostam muito de ajudar os estudantes. Sinto um carinho muito especial quando estou a tocar na rua. Claro que, volta e meia, recebo umas “bocas” incomodativas de pessoas, sobretudo mais velhas e acima de 70 anos, assim no género: “é uma vergonha um estudante universitário estar na rua a pedir!”. Com alguma tolerância, porque acho que é a falta de formação, a incultura, que os faz confundir troca de serviço público com mendicidade, lá vou explicando que, com a minha música, estou a alegrar e a dar um outro sentido harmónico a quem passa tantas vezes ensimesmado pelos seus imensos problemas. Por outro lado, interrogo, se tenho dificuldades em pagar as minhas propinas o que é melhor? É estar aqui a desenvolver uma função proactiva, turística e comunitária, ou, como alguns colegas fazem, andar a fazer tropelias? Eu não peço nada a ninguém. Cada um, na sua subjectividade, dá se achar que eu mereço. Ou seja, há uma contra-prestação pelo meu serviço!”

O HOMEM DOS SETE INSTRUMENTOS



Encontrei-o nesta segunda-feira a tocar harmónica em frente à Casa da Sorte, na Rua Ferreira Borges. Com recurso a amplificação, na sua voz melodiosa, intervalava com cantares populares. Os seus traços fisionómicos eram-me familiares. Já o vira antes, quase apostava. Embora nem sempre consiga explicar de onde, nunca esqueço um rosto que se cruzou comigo ao longo da minha existência. Ao seu lado, sem dar nas vistas, duas canadianas, um par de muletas, atestavam que a suas pernas acusavam o peso do tempo.
Vamos lá então saber quem é este homem que pareci reconhecer de qualquer lado. Chama-se Elias Rodrigues e há muitos anos, não sei exactamente quantos, talvez uma década ou mais, percorria as ruas da Baixa a tocar sete instrumentos ao mesmo tempo. Desde o prato de choque, ao prato livre, pandeireta, matracas, castanholas, tambor e até à harmónica, incluindo cantar quando era preciso, este “showman”, este homem orquestra, encantava tudo e todos. Veja alguns vídeos seus no YouTube, AQUI, AQUIAQUI, AQUI e AQUI.
Elias é natural do Funchal. A música começou a fazer parte da sua vida ainda criança por entrar sem pedir licença na sua casa, na Ilha da Madeira. Por volta de 1938, tinha então 5 anos, na mesma rua e a uma centena de metros onde morava com os pais ensaiava uma banda de cordas. Começou a ir ver e a gostar cada vez mais. Aos seis anos o pai ofereceu-lhe uma harmónica. Com 10 anos já tocava na via pública e fazia bailes populares. Aos 17 anos, em 1950, ingressou na Academia de Belas Artes e Música. Aprendeu solfejo, passou ao piano e clarinete e, de corpo e alma, tornou-se amante da música, aquela que viria a preencher todos os momentos, bons e maus, da sua vida. Ainda na pérola do Atlântico e enquanto jovem fez parte da “Banda dos Guerrilhas”, a soprar clarinete. Sem nunca largar a música, em final de 1950 foi trabalhar para as publicações Atlântico –actualmente Servir-, na divulgação da revista “Saúde e Lar”, enciclopédias e outros temas generalistas. Como vendedor, foi destacado para o Continente, para o distrito de Viseu. Foi em Castro Daire que viria a conhecer a dona do seu coração, já lá vão 42 anos, e juraram amar-se nas alegrias e nas tristezas. Deste enlace nasceram quatro filhos, hoje todos ligados à orquestração.
Apesar de as pernas já não permitirem muitos esforços, continua a ser mostrado como o “Homem Orquestra”. Ainda há dias esteve no programa da Fátima Lopes, a “Tarde é Sua”, e já alegrou a “Praça da Alegria”, do Manuel Luís Goucha, agora ambos apresentadores da TVI.
Elias confessa que, mesmo trôpego e com os seus 81 anos, para além de gostar muito de música, não é só por gosto que anda por cá. Continua a alegrar as ruas das cidades porque, mesmo com enorme dificuldade, é obrigado e precisa do que ganha para viver com alguma dignidade. A sua reforma é de 245,00 euros e a sua mulher recebe cerca de 300,00 euros. “Se a necessidade aperta, o que hei-de fazer?”. Interroga com alguma conformação, numa voz doce e embrulhada num brilho de olhos claros e sotaque de além-atlântico.



BOM DIA, PESSOAL...

CONCORDO COM ESTA RAPARIGA: "FODAMOS!"



“Depois do festim gastronómico e consumista do Natal, chega o banquete das resoluções de ano novo. A semana que vive de permeio entre os presentes e a esperança de um ano melhor está impregnada de desejos e vontades várias. Dormir mais horas, ler mais livros, comer melhor, tudo se quer pelo bem, pelo bom e, de preferência, pelo óptimo. E o sexo? Quantos de nós aspiramos, conscientemente, a ter mais e prazeroso sexo no ano que espreita?”

sábado, 27 de dezembro de 2014

EDITORIAL: A SOMBRA DO PODER




 “O seu artigo de opinião, na óptica de quem o lê, é completamente tendencioso e desajustado, notando-se, claramente, que a sua independência é uma treta!
Vejamos, por exemplo:               1) O Sr. escreve acerca do Presidente da Câmara de Coimbra como se tratando de alguém que nada tem a ver com a cidade, um puro engano! 2) O senhor sistematicamente lança desinformação, nunca sequer citando o estado em que o município estava aquando da entrada do Dr. Manuel Machado para a Câmara Municipal de Coimbra.
3) O caso do Convento de S. Francisco, o estado em que se encontravam os SMTUC, o caso da Empresa Municipal de Turismo de Coimbra, entre outros casos, isso a si, já não lhe interessa!
O Sr. é o profeta da desgraça e somente sabe escrever mordazmente contra o Presidente da Câmara! Boas Festas”

Depois de, na semana passada, ter escrito um texto com o título “Mensagem de Natal do presidente da Câmara Municipal de Coimbra aos comerciantes da Baixa”, ontem recebi o comentário que transcrevo em cima, na íntegra. Sobre o que plasmei, era uma crónica mordaz, sarcástica, dura até, admito, onde pretensamente e até ao fim do texto –aqui já declarava ser uma brincadeira- ironizava com a situação. Fazia crer ser uma justificação presidencial, sobretudo, pelo facto da Polícia Municipal (PM) ter andado todo o mês de Dezembro a patrulhar o Largo das Olarias, junto à Loja do Cidadão. Embora já tivesse escrito n’O Despertar sobre este absurdo comportamento, ainda que legal mas discriminatório, o que me indignou e levou a repetir com mais veneno foi o caso de até na terça-feira, antevéspera do Natal, várias viaturas terem sido presenteadas com multas. 
Na prosa que publiquei no mais antigo semanário de Coimbra interrogava que razões havia para impedir o estacionamento temporário naquele largo? A praça, com a arquitectura que apresenta, foi concebida para deixar passar o Metro Ligeiro de Superfície e está à sua espera e assim há 14 anos. Ora se não há metro –e pelos vistos não haverá nunca-, o que pode justificar manter um espaço vazio tão fundamental e fulcral para a Baixa da cidade e com a PM a andar a metralhar diariamente quem ali encosta? Bem sei que não será o caso mas, especulando, entre outras, poderemos pensar que é uma medida discricionária para empurrar os automobilistas para os parques circundantes que, por serem demasiado onerosos, estão muito longe de estar completos. Com sinceridade, penso que esta vontade camarária assenta somente numa decisão que, de uma forma facilitista, visa financiar os cofres da autarquia. É evidente que quem dá a ordem, sabendo que está a prejudicar toda uma área comercial que luta para se manter viva e a sacrificar quem nela trabalha não está a fazer política mas sim gestão. Por isso mesmo, a meu ver, o seu lugar está trocado. Deveria ceder o seu lugar; deixar a política para quem sabe e tem rasgo. Porque, sem papas na língua, é preciso dizer que a culpa da Baixa da cidade estar no estado em que está deve-se à falta de política que não houve nos últimos vinte anos. Os problemas desta zona comercial são e sempre foram mais políticos que económicos. Desde os princípios da década de 1990 temos tido presidentes da Câmara sem rasgo, escolhidos pelos partidos apenas em estratégia para ganhar eleições, e com projectos mais pessoais do que colectivos. Os resultados, em catástrofe, estão à vista de quem se der ao trabalho de abrir os olhos. Nenhuma cidade, com timoneiros assim, pode prosperar e dar gosto a viver nela.
Voltando ao Largo das Olarias, no texto que escrevi para o jornal, até sugeria que se colocassem parquímetros a pagar com um valor residual para a primeira hora e nas seguintes já com preço normal de estacionamento público de modo a que desse tempo a qualquer visitante para poder tratar dos seus afazeres.
Ora, se tivéssemos gente na edilidade preocupada com o comércio da zona histórica e com quem cá vive, seria de supor que haveria um retrocesso na acção. Sabe-se que, na maioria das vezes, só vê as coisas quem está de fora da decisão e sente as suas consequências. É por isso mesmo que o particular que se move com espírito de cidadania, sem partidarismo e apenas com a cidade no seu objecto, blogueres, leitores que escrevem e colaboradores de jornais, deveria ser acarinhado porque está a fazer um serviço altruísta de mensageiro. Porque consegue expressar-se e é suficientemente louco para se aborrecer, gratuitamente, visando somente o bem comum, está a levar ao decisor o sentir da comunidade. Mas muitas vezes o efeito é contrário. O receptor político gerador da ordem, julgando-se iluminado, torna-se insensível e na sua cegueira, confundindo cedência com fraqueza, alheando-se do clamor popular, não faz as alterações que deveria fazer. Para piorar uma relação que deveria ser profícua, sente-se incomodado pela sombra que este emissário projecta. Então, salvo excepções, dispara em duas direcções: num ostracismo premeditado, ignora completamente ou, no limite e como neste caso, insulta mas sempre a coberto do anonimato. Nunca dá a cara, porque é gente cobarde, sem princípios, capaz de tudo até, fazendo-se passar por outro, elogiar e comentar notícias que lhe digam respeito, incluindo, através da intriga, envenenar o chefe para tomar o seu lugar. Embora saibamos quem são, sem generalizar, estão nestes lugares públicos apenas tendo em mente os seus interesses. Por isto mesmo, nem é de admirar tratarem estes “colaboradores” assumidamente como inimigos. Vamos longe com gente assim?


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

LEIA O DESPERTAR...


LEIA AQUI O DESPERTAR DESTA SEMANA 

Para além  do texto "REFLEXÃO: HUMILDADE DE NATAL", deixo também as crónicas "UMA TARDE DE SÁBADO QUE ATÉ PARECIA NATAL"; "O VITOR APAIXONOU-SE POR UMA BRASILEIRA"; e "O QUE É PARA SI O NATAL?".


REFLEXÃO: HUMILDADE DE NATAL

Quem faz o favor de ler o que escrevo, provavelmente, já viu que, tantas vezes com pouca humildade, gosto muito de mandar bitaites. Por conseguinte, reconheço que, mais que certo, consigo ser mesmo irritante pelo aparente espírito de superioridade que transparece dos meus escritos. Mas, acreditem-me, a acontecer, não é isso que me move nem o que pretendo. Na maioria das vezes rio para não chorar. Escrevo porque gosto e, chamando a atenção pública, procuro ser proactivo mas, de fragilidade assumida, gostaria de confessar que faço este exercício essencialmente para expurgar os meus fantasmas.
E faço esta ressalva em jeito de contrição e simplicidade para desejar a todos um Feliz Natal e um Bom Ano com coragem e muita esperança no amanhã. Muito obrigado à direção d’O Despertar pela possibilidade de me deixar depurar o que me vai na alma. Muito obrigado a todos pela pachorra que tendes para me aturar semanalmente.


UMA TARDE DE SÁBADO QUE ATÉ PARECIA NATAL

Faltam quatro dias para o Natal. Para a maioria de comerciantes com quem tenho falado é uma época para esquecer, comparando com o ano anterior e apenas para relativizar já que desde há uma década que o negócio tem vindo a baixar drasticamente. Como animal que, pelas mudanças de ambiente na natureza, é obrigado a adaptar-se às circunstâncias, o comerciante, sempre a encolher-se é cada vez mais um sitiado encostado na parede e que já não pode recuar mais. Desde a publicidade até comunicações e hábitos, já cortou onde podia e por isso mesmo olha para o céu em busca de uma estrela brilhante que lhe indique o caminho e lhe dê esperança para um Ano Novo que, tal como os impostos, está prestes a entrar sem pedir licença e a fazer parte da sua vida atribulada de preocupação.
Durante a semana vê-se a Baixa muito despovoada de pessoas nas ruas e os estabelecimentos, com patrões e empregados de braços cruzados à espera de quem não prometeu vir, disso mesmo dão conta.
Durante o passado Sábado as artérias desta zona velha estiveram movimentadas com grande fluxo de transeuntes. Durante a manhã esteve animada com a atuação dos Dixie Gringos e uma feira de Artesanato Urbano a decorrer entre a esplanada do Café Santa Cruz e as Ruas Visconde da Luz e Ferreira Borges –na minha avaliação, a intencional vontade camarária de deixar livre a Praça 8 de Maio resultou muito bem e trouxe alguma dignidade a este vetusto largo em frente ao Panteão Nacional.
Mas o pleno, a invasão de gentes de todos os quadrantes e vindas não se sabe de onde, foi mesmo durante a tarde. Praticamente com todas as lojas de comércio abertas ao público foi um encanto sentir esta área de antanho a reviver tempos idos de saudade e a vibrar de emoção. Em complemento, a contribuir para a vinda de uma parte da cidade fugida que, como caracol a esticar da concha e a espreitar o sol, aos poucos está redescobrindo uma zona de encantar, foi também o espetáculo das “montras vivas”, em que em muitas vitrinas de vários estabelecimentos estiveram manequins de carne e osso. A verdade é que este evento, pela diferença para melhor, veio dar um outro colorido e alegria a esta parte histórica. Portanto, estão de parabéns a APBC, a Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, e a Câmara Municipal de Coimbra, parceiros neste projeto “Natal Baixa de Coimbra 2014”. Com um orçamento racional, sem exageros e envolvendo várias entidades, estão a fazer-se coisas interessantes.
Se é certo que muita parra não é sinónimo de muita uva, mesmo em meio silogismo há sempre algo de verdade: havendo gente há sempre negócio para os lojistas em geral. Creio por isto mesmo que todos, mas todos, ficamos mais contentes e a ganhar, quer quem veio de novo em visita sentiu um terno reconforto com o que viu e levou para casa uma enorme vontade de voltar, quer quem por cá tenta ganhar a vida e experimentou uma nova esperança, mais viva e reforçada.


O VITOR APAIXONOU-SE POR UMA BRASILEIRA

Durante os últimos três anos o Vitor Costa foi um carismático personagem da Baixa de Coimbra. À quinta-feira a vender o Campeão das Províncias e à sexta a levar a todos, personalizadamente, O Despertar, o Costa era já por direito próprio, conquistado a pulso pela sua forma simples de ser, um ícone desta zona velha. Não alcançou este estatuto somente por ter sido o primeiro a fazer renascer a velha profissão de ardina, também mas nada disso. Por detrás do ofício está o homem, um homem despretensioso, generoso por vezes, até quando a luta pela sobrevivência o permite ser. E o Vitor é assim mesmo.
A maioria de nós apreende apenas o que os olhos veem. Tantas vezes, pegamos num livro, que nos chama a atenção, unicamente pela capa bem construída e luzidia, pelo título original ou pelo nome do feitor nosso conhecido e badalado nas colunas sociais. Em contraste absoluto, deixamos um outro de encadernação simples de cartão, obra de escritor desconhecido e edição de autor. No entanto, se tivermos a sorte de folhear o segundo, não será de admirar se a sua leitura suplantar em muito e nos abrir outras fronteiras que o primeiro, o do consagrado pelos holofotes, nem de longe conseguiu. Somos animais inteligentes que reagem, facilmente e de sobremaneira, aos estímulos e acreditam facilmente no que apenas os olhos passam ao cérebro. Em analogia, daí o êxito da publicidade, sabendo todos que nos transmite umas ideias erróneas tomamo-la como verdadeira. Para além disso somos seres de hábitos, de rotinas, e miméticos, de imitação graciosa. Se o nosso vizinho crê que determinado produto é bom, logo, é meio caminho andado para também acreditarmos que o é. Ou seja, facilmente aceitamos os modelos –tantas vezes medíocres e destruidores de valores positivos e necessários à sociedade- e os estereótipos como verdadeiros sem questionarmos a sua experimentação e fundamentação.
E o caso do Vitor é bem o paradigma de tudo o que mostrei em cima. Para muitos que lhe adquiriam os jornais, tomavam a sua imagem como um todo, um produto acabado. Um ardina, um vendedor de jornais, sob um ponto de vista restritivo e discriminador, se faz o que ninguém mais quer, não pode ser mais nada do que o que faz. Isto é, a profissão desempenhada é uma espécie de extensão do homem, o seu cartão de identidade, e valerá mais ou menos consoante seja ou não classificada pela comunidade.
Ora o Costa, a morar na zona da Lousã e divorciado, que já fez de tudo nesta sua vida de meio século, é um artesão de excelência e um bom pintor de telas e aguarelas. Quantos sabiam disto? Naturalmente poucos. Mas a notícia que me levou a escrever esta crónica foi outra: o Vitor Costa está, há cerca de um mês no Brasil. Através da Internet, começou a namorar com uma brasileira há meses e, para meu gáudio e contentamento –que, preso aos meus lugares-comuns, tantas vezes o adverti: cuidado! Muito cuidado com as brasileiras!- está muito bem. Quase sem palavras, onde a felicidade parecia querer saltar, telefonou-me há pouco a desejar bom Natal e a dizer que está com o coração a transbordar de alegria e muito feliz. Que história contada assim não gostaria de ter um final tão profícuo? Segundo, as suas palavras, em Fevereiro voltará para arrumar aqui a sua vida e regressará de vez ao país descoberto por Cabral e onde o Cristo Rei abre os braços aos portugueses.
A cidade e a Baixa, pelos vistos, perderam um bom ardina e um grande embaixador de um tempo de memória mas não se desperdiçou o amigo. Ficará para sempre na nossa recordação. Muita ventura é o nosso desejo, Vitor Costa. Ficamos todos a torcer para que esse grande amor dê certo. És um bom homem e mereces tudo o que a sorte te possa retribuir em função da tua humildade, meu amigo. Feliz Natal!


O QUE É PARA SI O NATAL?

O senhor Alonso Sayal é um recatado prosador e poeta anónimo. Acompanhado da amargura que, como trituradora, consome a sua alma, não gosta de se expor e só com grande persistência minha me vai mostrando alguma coisa. Se vivêssemos num país de reconhecimento, creio, este homem teria montes de livros publicados entre poesia e prosa. Como estamos numa terra onde o talento tem um valor muito relativo, quase despiciente, continua a escrever para o fundo da gaveta. Como é de prever, um dia, no calor de uma fogueira ou num amontoado de lixeira, o espírito destes escritos vários de uma vida, em fluidos, se libertará das amarras que os mantém presos à recordação. No ano passado, por esta altura, deixou-me um belo poema com o título “Recordação”.
Desde há cerca de dois anos que é um visitante, semanal e amiúde, dos meus e dos seus dias. Diz-me muitas vezes que não tem com quem conversar e, dentro dos seus 86 anos, conta-me retalhos da sua existência, em desabafo. Sempre que tenho tempo, porque também gosto de cavaquear mas sobretudo ouvir as muitas histórias algumas de desencanto e outras de alegria, durante mais de uma hora, lá desenrolamos o novelo das nossas fragilidades de humanoides a termo existencial.
A semana passada, em conversa sobre esta quadra natalícia que atravessamos, de supetão, atirei ao meu amigo Sayal: para si, o que é o Natal? Entre frases curtas, médias e mais compridas foi-me contando a sua interpretação e não pensei mais no assunto. No dia seguinte, para minha surpresa, em 4 páginas manuscritas, veio trazer-me a sua versão escrita em prosa poética. Espantoso! Muito obrigado, meu amigo Sayal. Feliz Natal e um Novo Ano com muita esperança.


FILHOS DO NADA E ENTEADOS DO NATAL

Encontro-o todos os dias na Praça do Comércio, logo ao abrir da aurora. O cenário é sempre o mesmo: um homem sentado, rodeado de gente mas sozinho, de mão estendida a dar comer a um grande número de pombos e a falar com eles como se tratasse de pessoas. Antevê-se naquele quadro da natureza uma estranha simbiose entre pessoa e animais. A algumas aves trata-as por nome próprio. Num jogo de ilusão onde a mentira ocupa uma realidade necessária à sua coexistência pacífica e isolada, julga que os pássaros reconhecem o chamamento personalizado e carinhoso. Como cartão identificador, tem sempre consigo um pacote de vinho tinto. Os seus olhos avermelhados mostram que a sua ligação umbilical ao sangue de Cristo é inseparável e constitui o viagra reanimador para endurecer e não ceder à moleza deste tempo de Natal. A sua indumentária, de calça curta e um pé desmesuradamente grande, tem algo de personagem cénico, de romance infantil, a lembrar Charlot. Como inadaptado ao progresso e ao futuro, parece transmitir que o tempo passou mas ele mantém-se inamovível e continua a olhar as estrelas, a contá-las e a imaginar desenhos em noites de luar.
O Cadacho é um vigilante do nada. Numa imaterialidade, vazio como alma em busca de um encosto, há no entanto nele algo de tangível que se adivinha. Um pouco de tudo. Uma projeção de todos nós. Já foi criança, já foi homem –no sentido da utilidade societária, porque sem préstimo o humano torna-se coisa-, já foi empregado, já foi patrão, já foi pau-mandado a troco de qualquer coisa. Já foi significado de respeito. Agora, significante de sombras, faz que faz apenas para se manter ocupado sem nada fazer. De propósito, no orgulho de que quem roga é subalterno, não pede nada a ninguém mas, implicitamente, pede alguma coisa, quanto mais não sejam dois minutos de atenção e se puderem ser acompanhados com umas frases tanto melhor. Embora quando fala procure ser rebuscado na verve, não quer saber se a conversa conduz a algum lado e se as palavras têm profundidade ou fazem sentido na semântica. Nesta paisagem urbana, onde a palavra em diálogo é apenas património de alguns, é um ator de silêncios fechado sobre si mesmo e na sua aura de mistério. Talvez para não esquecer a diferença entre ele e os passarinhos que alimenta, mesmo sem se pronunciar, só procura mesmo alguém que lhe dê atenção e nada mais. E se houver quem lhe puxe pela língua, como em passe de mágica, torna-se imaginativo e conta histórias efabuladas de encantar. As suas narrativas vão desde uma riqueza acumulada numa casa na Beira até mirabolantes notícias sobre si mesmo publicadas num grande jornal nacional.
O Cadacho é um calcorreante destas pedras pisadas sem dó nem piedade, onde tanto carrega o rico, de peito ufano, face emproada e que nunca se apercebe onde põe os pés, como o pobre, de cabeça baixa, que só conhece a distância que vai do chão até à altura do seu olhar. É um passageiro efémero do tempo enquanto este mesmo tempo se dignar dar-lhe tempo. Não tem conhecimento de política. Não sabe. Não quer saber. Limita-se a sobreviver. Pede apenas que o deixem viver neste mundo em que um dia lhe perdeu o palco e passou a espectador. A sua rotina, de dias em cima de dias, é sempre igual. Levanta-se com o sol a espreguiçar e a acordar para a manhã, ingere uma sopa e bebe um copo, enfatiza. Durante a jornada come o que calha. Ao cair do crepúsculo regressa ao leito onde enterra os fantasmas e regurgita os sonhos sempre virados para trás. Nada mais! Não há Páscoa por si louvada nem Natal sem solidão. São celebrações que vê nos outros, imagens rápidas a piscar, movimentos de silhuetas nos transeuntes apressados que passam em busca de uma felicidade para si há muito perdida.


LEIA O CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS...



Leia aqui o CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS desta semana.

Na página "OLHARES... POR COIMBRA E PELO PAÍS", na rubrica "NÓS POR CÁ..."  leia  o texto "A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA EM "CONTINUUM"". 
Na rubrica "OLHAR PARA SUL..." deixo também a crónica "ONTEM VI UM FILME: "MOMMY".



OLHARES... POR COIMBRA E PELO PAÍS

Nós por cá...

A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA EM “CONTINUUM”

Nos seus 85 anos de vida nunca a Previdência Portuguesa, com sede na Rua da Sofia número 193, em Coimbra, contou com tamanha afluência para participar num sufrágio. Na última sexta-feira 19, durante mais de duas horas, largas dezenas de associados mantiveram-se estoicamente em pé para serem reconhecidos e poderem exercer o seu direito de votar para uma direção, que conduzirá esta associação mutualista durante o próximo triénio, 2015-2017, e um novo Conselho Fiscal. Havia dois agrupamentos candidatos em confronto. A lista A, representando o projeto do anterior executivo, era de continuidade. A Lista B, cuja composição tinha alguns funcionários da instituição, alegadamente, era de mudança.
O processo de averiguação presencial dos sócios e respetivas procurações foi concluído por volta das 22h45. Tendo sido dado início aos pontos agendados na Assembleia Geral logo foi pedida a palavra por um associado, Fausto Dinis, advogado, que lavrou à mesa um protesto e um pedido de esclarecimento. A reclamação foi baseada no processo moroso que levava à certificação do direito a votar. A clarificação avocada pelo jurista da cidade e associado incidia em dois pontos respeitantes ao funcionamento da Assembleia Geral, o artigo 63.º, 2 –em que se transcreve: “Os associados podem fazer-se representar por outro nas reuniões da Assembleia Geral, mediante documento escrito e assinado pelo representante e cuja assinatura seja reconhecida pela Mesa da Assembleia ou por outro meio legal.”- e o  artigo 72.º, 1 – em que se indica: “Os associados não podem votar, por si ou como representantes de outrem, em assuntos que diretamente lhes digam respeito e nos quais sejam interessados os respetivos cônjuges, ascendentes, descendentes e equiparados.”
No respeitante ao formulado no artigo 63.º, 2, interrogava Fausto Dinis se o preceituado fazia sentido. Isto é, sendo o voto pessoal e intransmissível se era possível ser exercido por procuração.
No artigo 72.º, 1, o causídico defendeu que o voto por mandato, em representação de familiares, levado pelos membros proponentes à nomeação colidia com o espírito deste clausulado. Ou seja, segundo a sua argumentação, estando em causa interesses próprios -visados na eleição-, haveria conflitos de interesses e os candidatos não poderiam usar o voto por representação.
Presente na sala António Manuel Arnault, outro conhecido advogado na cidade, logo veio refutar a argumentação do colega, dizendo que tal raciocínio não fazia sentido, já que o exarado neste regulamento era o admitido no Código das Associações.
Foi apresentada à assembleia uma moção para votação sobre as dúvidas levantadas por Fausto Dinis e foi rejeitada por maioria.

E O QUE DIZ A LEI?

“A posteriori”, consultada a Lei sobre as Associações Mutualistas, Decreto-Lei 72/90, de 3 de Março, verifica-se que “ipsis verbis”, com as mesmas palavras, os artigos em causa foram integralmente transcritos para o Regulamento da Previdência Portuguesa. Embora, naturalmente, não seja despiciente outra interpretação.

E TUDO CONTINUA IGUAL. GANHOU A LISTA A

E passou-se à votação. Todos os associados presentes exerceram o seu direito, mas, perante a questão levantada por Fausto Dinis, foi notada alguma tensão na mesa e na hora da contagem dos boletins. Foi como se esta ficasse sobre observação. O silêncio caiu na sala quando foram anunciados os resultados. A lista A, liderada por António Martins de Oliveira, obteve 146 votos e por isso mesmo ganhou o pleito. A concorrente B conseguiu apenas 125.

A BRONCA DOS VOTOS ANULADOS

Ao mesmo tempo que foram declarados os resultados foi dito também pelo presidente da Assembleia que 280 votos foram considerados nulos, levando um membro da mesa, pertencente à lista vencedora, a interpelar o orador para o fundamento de não terem sido classificados. Questionando sobre os associados ali representados em papel, disse: “foram contactados por mim!”. Respondeu o presidente da mesa: “Ai foram? Não diga mais nada!”
A explicação dada à Assembleia foi que a maioria dos votos recebidos por correspondência não cumpria o preceituado no artigo 73.º, 2, do Regulamento, uma vez que as assinaturas não tinham sido feitas notarialmente ou presencialmente por advogado. 277 procurações foram exaradas por dois causídicos do mesmo escritório e autenticadas com base em documento de identificação, sem ser presencial conforme é exigido por lei.
O segundo ponto agendado, a apreciação e votação do Relatório e Contas do Exercício, bem como o programa de ação para o ano seguinte, foi aprovado por maioria e a Previdência Portuguesa, como caravela a sulcar os mares, continua em frente.

Olhar para sul...

Mommy (Mamã, 2014) de Xavier Diolan

ONTEM VI UM FILME: “MOMMY”

Pouco interessa para aqui mas por algum lado tenho de começar e por isso mesmo inicio com uma confissão: adoro cinema. Dito assim até parece que gosto de ver um filme em qualquer lado e sem contrapeso e medida. Nada disso! Gosto de ver uma boa história à boa maneira antiga, ou seja, recostado numa cadeira, seja ela confortável ou nem por isso. Em resumo gosto de gozar o prazer de uma boa película no cinema. Pode até pensar-se que ver em casa, através da televisão ou da Internet, é a mesma coisa. Para mim não. Visionar no cinema é algo de mágico, um momento intimista, receber e perceber todos os ruídos em alto som, como se estivesse lá e fosse personagem da fita cinematográfica. Sem os contabilizar, nem imagino, ao longo da minha vida já teria visto centenas. Estou convencido que em todos os grandes êxitos de bilheteira eu estive lá. Curiosamente, penso que será uma disfunção pessoal, esqueço rapidamente os enredos. Poucos são os que guardo na memória. Talvez só mesmo os maiores, aqueles que, a meu ver, deveriam passar pelas escolas públicas. O cinema, para além da parte lúdica pode e deve ser educacional e formativo. É comum esquecer-se esta vertente tão importante para a sociedade. Para não maçar, entre tantos, relembro apenas dois: “O clube dos poetas mortos” e “Filadelfia”.
Neste fim-de-semana vi a metragem “Mommy”, do canadiano Xavier Dolan. Mais um extraordinário filme que deveria ser incluído na lista de formação e mostrado a todos os candidatos a pais. Todos nos queixamos dos valores perdidos, da educação que não se vê nos jovens, sobretudo nas crianças, no entanto, ninguém se preocupa em preparar os casais para serem educadores. Parte tudo do princípio de que todos estão preparados para a função –incluindo a parte sexual. Não é preciso ser muito esperto para verificar que a violência doméstica, com tão graves consequências nefastas no país, também poderia ser atenuada se fossem criadas escolas com aulas práticas para novos progenitores. Cada par, à sua maneira, educa os seus filhos com base na sua experiência adquirida e sentida na carne através dos seus criadores. É assim que se chega à conclusão que se a recebida foi profícua, em princípio –por que ter filhos bons ou maus nem sempre resulta de uma boa ou má educação-, mesmo com os naturais erros que todos já praticámos, os resultados serão animadores. Se foi marcante pela negativa para os novos pais, sobretudo pela carência, pode acontecer duas formas de ensinar: ou se mantém a bitola no polo oposto ao que se recebeu –isto é, dá-se tudo em demasia- ou, em contrário, dá-se uma disciplina espartana, incluindo pouco amor, e o resultado desta equação é sempre medíocre –para piorar, com custos para a sociedade incomensuráveis e que continua a não ser contabilizado. O ideal, já se sabe, é o meio-termo mas, sem orientação e como poucos sabem onde fica, é cada vez mais complicado –não deixa de ser questionável as novas gerações continuarem a praticar os mesmos erros. Diria que o “meio-termo” é sinónimo de bom-senso –claro que também, por vezes, é difícil de concluir e percecionar.
Como pai velho e já com netos, deixo um conselho aos novos pais: mantenham-se unidos na sentença disciplinar proferida, mesmo que aos olhos do outro seja dura. Acima de tudo em frente ao educando, nunca desvalorizem a palavra dada do comparte. É preferível chorarem os infantes num tempo em que tudo se esquece do que, mais tarde e quando já não houver volta a dar, chorarem os pais. Diariamente sai muita literatura a doutrinar sobre educação mas, a meu ver, os resultados são pouco tranquilizadores. Com o devido respeito e sem generalizar, estamos a criar monstrinhos de carne e osso. E a culpa, a haver, não é deles, é nossa. Substituímos os afetos pela materialização das coisas em dádiva gratuita. Damos de mais! Ponto e parágrafo! É no sofrimento, na ânsia de ter, que se valoriza as conquistas. Sem esse penar, sem esta angústia, tudo parece cair do Céu e nada se agradece e enaltece.
Para complicar, estamos a substituir as conversas, o diálogo, por comunicações virtuais. Os nossos putos estão viciados nas novas tecnologias. Em extensão, já fazem parte delas e sem elas não conseguem pensar. Como robots, foram tomados e é preciso muita atenção. Estamos a formar máquinas de forma humana, frias e desprovidas de sentimentos, sem livre arbítrio, sem ponderação e avaliação entre o bem e o mal, que apenas procuram a satisfação das suas necessidades imediatas. E se não forem satisfeitas agridem os pais. Começam pela verbalização, utilizando tantas vezes as mensagens de telemóvel, para acabar em agressões físicas.
Vão ver o filme “Mommy”. É uma sugestão que deixo. Vão sair da sala do cinema a pensar de uma outra forma.