"Narciso Miranda fez queixa na PSP para ter um aparelho iphone mas continuava a usar o telemóvel que dizia ter sido roubado."
Não tenho por norma cascar no delinquente, quer seja
primário ou não. E muito menos apoiar aquelas pessoas que vão à porta do
tribunal insultar e até tentar agredir um qualquer ladrão ou homicida. Acho
repelente! Algumas vezes foram estas pessoas que, de forma conivente e para não
se exporem de uma forma cobarde, taparam os olhos, os ouvidos e fecharam a boca
aos atropelos. Tenho por princípio que todo o homem é falível, incompleto, capaz
de realizar os maiores e extraordinários feitos e num momento de fraqueza fazer
o oposto. Não é porque queira parecer bonzinho aos olhos de quem faz o favor de
me ler. Nada disso! Estou apenas a defender-me! Estou criado mas não acabado, e
não sei o que me poderá acontecer! Tenho também presente que, escrevendo, tenho
obrigação de espalhar o bem e dar o exemplo. Claro que falho muitas vezes.
Tantas vezes que nem tem conta! Tantas, tantas, que deveria estar quietinho e
nem piar.
No entanto, para além de
considerar que todos servimos de exemplo para alguém, tenho para mim que quem
ocupa ou ocupou cargos públicos tem de servir de paradigma para os presentes e
os vindouros. Ora este (mau) exemplo que hoje trago à colação brada aos céus! Tendo
em conta que ainda não se realizou o julgamento –transitar em julgado- e, por isso
mesmo, ainda é considerado inocente. O facto de ser acusado pelo Ministério
Público não faz dele um condenado. Mesmo assim, em especulação, dá para
interrogar: se este senhor presumivelmente se suja por uma porcaria de um iphfone, o que teria sido o seu percurso
quando ocupou o cargo de autarca, durante décadas, na Câmara Municipal de Matosinhos? Não apetece colocar as mãos na cabeça e gritar: "Ai Jasus!?"
Porque é que ele não usa um tijolo
igual ao meu, um Nokia do século passado?
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