quarta-feira, 16 de julho de 2014

A MINHA CONTRIBUIÇÃO PARA A NATALIDADE

(Imagem da Web)


Os jornais de hoje dão à estampa que “a Comissão para a Política da Natalidade em Portugal elaborou um relatório onde é elencado um conjunto de propostas que o Governo poderá adotar para apoiar os casais que optem por ter (mais) filhos. Numa altura em que a natalidade em Portugal está longe de chegar a níveis desejáveis e o país tem uma população envelhecida, o estudo encomendado pelo Executivo é visto como um ultrapassar de alguns obstáculos que eram colocados a quem quer mas não tem condições de aumentar o seu agregado familiar. Reduzir 1,5% na taxa de IRS para o primeiro filho e 2% para o segundo e seguintes é uma das propostas da comissão liderada por Joaquim de Azevedo, que destaca ainda a necessidade de as deduções à coleta serem atribuídas ‘per capita’, em vez de o serem de uma forma global. Como indica o documento, “cada filho conta”.
Há uma dúvida que me atravessa a cachimónia e, andando para trás e para a frente, não páro de pensar. Tenho de ressalvar que até me custa dividir esta incerteza. Sei lá se alguém se vai ofender? Mas se não o fizer como é que vou ultrapassar esta interrogação? A minha questão é a seguinte: por um lado, no conjunto geral e nos últimos anos, os nascimentos caem a pique, certo? Certo! Mas, por outro lado, consultando as redes sociais, uma pessoa, como erva daninha que cresce sem parar, lê que cada vez há mais filhos de puta. Sendo assim, verifica-se que a natalidade nesta profissão –talvez por ser a mais antiga do mundo, sei lá!- tão tradicional, não sofre a crise de míngua geral e não está em vias de desaparecimento. E mais, estes filhos de puta são muito mais resistentes a tudo, aguentam qualquer ambiente mesmo nos antípodas como parasitas e morrem de velhos com grandes barrigas e com charuto na boca; são mais espertos, assim a cair no chico-espertismo; segundo se diz, colam-se e ascendem ao poder com a maior das facilidades, desde banqueiros, de grandes empresários a directores gerais e até governantes –há quem diga que os soberanos dos últimos quarenta anos são todos desta estirpe, ou casta, sei lá?!
Então, a questão que se coloca é saber, porque é que as putas estão imunes e procriam sem parar? Não são afectadas por quê? Como se constata, deve-se aprofundar –porque estamos perante um caso de estudo, certo?- e analisar este nicho de mercado –é assim que se chama, não é?-, ou deveremos antes chamar nicho de regeneração? Em silogismo, pensem comigo, se as putas sendo ostracizadas por todos e não tendo qualquer apoio do Estado, sem subsídios de apoio na doença e no desemprego geram bons filhos, o que deve fazer o Governo? Contrariamente ao anunciado agora, com deduções nos impostos, o que deveria fazer era apoiar completamente a prostituição e transformar Portugal num paraíso sexual. Mais, abrir completamente as fronteiras e convidar as mulheres da vida e dos prazeres carnais, do mundo inteiro, para virem atacar para cá. Aliás, até poderíamos institucionalizar a coisa internacionalmente, assim em troca comercial e numa espécie de import/export: enviamos para o estrangeiro os jovens, recém-formados e saídos das universidades, que são muito imberbes e não fazem cá nada, já que não há empregos –trabalho há, mas isso é outra questão- e recebemos mulheres para procriar. Já sei que, se por acaso, o Governo seguir esta minha recomendação –que é muito bem capaz, porque é um plano especial saído de alguém especial –calma aí, que eu não sou filho de puta!- logo a oposição, que é gente muito inteligente e que aspira ao poder, vai logo argumentar que se está perante uma nova forma de Eugenia –processo para alcançar uma ilusória pureza na selecção humana através da ciência e contrária à natureza –e vão estrebuchar como mulher a parir. Mas não se deve ligar. Estes gajos nunca estão bem com nada! Então se não for uma ideia saída de um filho da puta importante nem ligam. Mas também não me importo nada! Eu quero lá saber?!? Eu não sou filho da puta! Felizmente? Ou infelizmente?



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