terça-feira, 30 de novembro de 2010

CUIDADO COMIGO. LONGE...LONGE!

(IMAGEM DA WEB)



 Hoje estou com tendências homicidas. Fujam! Fujam! Ainda não sei bem porquê, mas desconfio que apanhei ontem um vírus ao ver o programa da “Fatinha” Campos Ferreira, na RTP1. Aquilo era dívida para aqui, mercados para acolá, gráficos para aquele outro. E o problema é que creio que a maldita virose veio do Daniel Oliveira.
Eu até creio que senti o preciso momento em que fui picado pela peçonha. Tenho quase a certeza que foi quando o jornalista do Expresso cravou os olhos negros ameaçadores em Medina Carreira e o colocou no lugar. Eu que estava sentado no sofá, longe dos dois, pelo impacto, até fiquei zonzo. Eu seja ceguinho. Imagino como deveria ter ficado o grande anunciador da desgraça. Aquilo, com um arremesso daqueles, aposto, deu cabo do pobre ex-ministro das finanças cavaquistas.
Habituado a reinar, como quem diz, a espalhar os males de todos os políticos que nos governaram depois do 25 de Abril –menos naquele ano em que ele foi ministro-, logo ontem, sem que nada o fizesse prever, o raio do jornalista, que estava mais contundente que o badalo do sino da igreja de Santa Cruz, sem ter contemplação pela provecta idade do homem, pumba! E se ele morria em directo? Confesso que sentado no meu velho sofá ainda lancei um apelo à imagem de Nossa Senhora dos Aflitos, não fosse o diabo tecê-las, mas por acaso, ou fosse pela sua graça ou não, a verdade é que o velho refilão lá se aguentou. Mas que balouçou, que parecia a carroça do “timpanas”, lá isso balouçou.
Fosse por isso ou por outra coisa qualquer, a verdade é que, furibundo, como estou hoje, se apanhasse a crise à minha frente limpava-lhe o sarampo. E até as agências de “rating”, dava-lhes um pontapé nas partes de baixo que elas aterravam logo. Ai, se eu apanhasse, então, o FMI! Ai! Nem sei bem o que lhe faria, mas estou convencido que lhe dava um “tiraço” na cornadura. E os “mercados”, de que tanto falaram ontem lá no “Prós e Contras” da menina Fatinha –a propósito, repararam como ela está bela sem estar à janela? E quando ela estava de “pernona” cruzada? Viram aqueles sapatos, tipo antigo “campeão português”? Gostei mesmo dos sapatos…lá isso gostei!
Estou cá com uma gana –calma, não é à Fatinha, essa não!- a essa cambada de inimigos invisíveis do povo que nos perseguem a todos…ai se estou! É que isto tudo parece um complot para dar razão ao Medina Carreira, sei lá! Também é certo que ele anda há tantos anos a tocar o mesmo disco que, pela teimosia, acabaria por acertar. Mas, tenho que voltar a escrever a mesma coisa, este ambiente irrita-me e provoca-me uma ira incontrolável. E até umas borbulhas que me dão uma coceira danada. Se ao menos ainda tivéssemos qualquer coisita para nos distrair, ainda vá que não vá, mas não há nada! Se ao menos caísse o governo, nem que fosse só para animar malta, que diabo, mas nem isso! O Mundial de futebol é só lá para 2018. Por este andar, sem qualquer coisa que nos desvie a atenção, quem é que lá chega? Ficamos mais mirrados e esticadinhos que os cubanos, com um salário médio de 20 dólares –leia aqui no Público uma boa reportagem, se tiver paciência.
O que eu acho mesmo giro é o facto de os políticos, todos, se acusarem mutuamente. É um espectáculo. E então agora esta do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, vir com um manifesto eleitoral? Não é o máximo? É assim um rol de programa “engana-tolos”, sabendo nós que a função do presidente é assim uma espécie de Santantoninho casamenteiro. Se fizer o milagre está bem, se não fizer é igual. Está sempre tudo “numa nice”! Nunca perde por não cumprir.
Bom, também estou a ser um bocado parvo, tenho de confessar. Eu não li o documento de exaltação, mas aposto que será assim uma cópia do “Manifesto Anti-Dantas”, de Almada Negreiros, em 1916, não sei se estão a ver?! O Almada queria atacar O Dantas e aquela cambada de chusmas de literatos e intelectuais todos da época. Cavaco, aparentemente sem passar cavaco, com o seu manifesto, diferentemente de Medina Carreira, não quer só atingir esta cambada de políticos imbecis que o rodeiam, mas também os que se lhe querem colar. Não sei se repararam na sala completamente completa sem um lugarzinho vaguinho. Este manifesto presidencial, contrariamente ao do Negreiros que era futurista, é três em um. Ou seja, é um referencial para o passado, é um acalmar das dores para o presente e é um antibiótico para o futuro. Bom, convenhamos também que este actual manifesto não era tão satírico e insultuoso como o outro. É assim tudo em banho-de-maria. Está de ver que Almada não percebia nada da coisa. Era novo e tinha sangue na guelra. Bom, também não era economista, que é assim uma espécie de chapéu que cabe em todas as cabeças, duras moles, assim assim e outras que tais.
Bom, já estou mais calmito. Venha lá crise e o FMI. Já que tem de ser, que seja!

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)




Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "UM "DÉJÀ VU"...": 


Muitas mais vão encerrar. Quando dermos por ela só vamos ler grafites a dizer "OKUPA".
Que cheguem mais chineses para ocupar estes espaços comerciais. É preferível que estarem encerrados.

ATÉ ONDE PODERÁ CHEGAR A CHINA?




 Se este vídeo transmitir a verdade -porque pode não ser-, dizendo-nos que em dois dias os chineses construíram um hotel de 15 andares, podemos especular, falando de produtividade,  o que poderá acontecer na Europa se eles se virarem, por cá, pela construção de grandes empreendimentos?

UM "DÉJÀ VU"...

UMA IMAGEM...POR ACASO...

SE CÁ SE COPIASSE TALVEZ NÃO CHEIRASSE MAL...



 Conta aqui o Jornal de Notícias que uma munícipe em Lisboa foi contemplada com uma coima de 35 euros por colocar o lixo fora de horas.
Por aqui, na Baixa, as ruas cheias de sacos com detritos, durante o dia, é tão usual que já é considerado um "ex libris" da zona histórica. Que o diga Francisco Veiga...

E SE EU DESSE OUTRA? SERÁ QUE PARECE MAL?...VOU MAS É DAR OUTRA MÚSICA...

O VÍDEO DO DIA...

A COLUNA DO JOÃO BRAGA...

(FOTO DE LEONARDO BRAGA PINHEIRO)


APONTAMENTOS PARA UMA BAIXA MELHOR

 Uma vez mais temos um Natal à porta. Para os comerciantes dos estabelecimentos da Baixa da cidade de Coimbra existe uma réstia de esperança de que este ano é que vai ser. Mas para que isso se viesse a verificar seriam necessários alguns pós de perlimpimpim, que na prática ainda estão dentro do saco, nomeadamente :

- A iluminação com motivos de Natal das ruas  que já deveria estar a funcionar (mesmo que pobrezinha), produzindo o efeito que todos desejamos, o incrementar do espírito natalício e assim o fomentar das vendas ;

- A amaldiçoada carência de estacionamento grátis, que poderá ser garantido com o aparcamento de viaturas no Choupalinho, espaço camarário sem utilidade pública, ou quiçá as antigas instalações da Triunfo, na Rua dos Oleiros. No lugar de servir de pouso a drogados, serviria de lugar para viaturas e pessoas que poderiam reavivar o nosso centro comercial da Baixa. Será fácil às entidades oficiais e competentes chegar a contacto com os proprietários desse terreno e estabelecer um qualquer protocolo que venha a servir ambas as partes, isto, obviamente, em prol da chamada de população à cidade;

- A colocação de um reforço de policiamento nas ruas (nos último dias foram assaltadas 2 farmácias em pleno dia e em ruas que ninguém alguma vez pensaria que isso viesse a ocorrer);

Estas são algumas das medidas mínimas que agora me ocorrem e extremamente necessárias para que se reavive de novo o pequeno comércio, destacando em especial a falta de estacionamento. Afirmo que  não vale  a pena vir nenhum iluminado contradizer isso mesmo, pois só quem ouve as opiniões de quem não aparece e as suas razões é que sabe e sente na pele.
Deixo aqui um repto a quem de direito. É um desabafo, em forma de grito, de um dos últimos parvos que investem nesta cidade.
Viva Coimbra!!

JOÃO BRAGA

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)

(IMAGEM DA WEB)


Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "EMPRESÁRIOS: CUIDADO! MUITO CUIDADO! LEIAM ANTES D...": 


Boa tarde
Sou mais uma lesada que não sabe o que fazer. Claro que também pensei que fosse apenas uma actualização de dados para o Registo de Comércio Português. Só vi que assim não era quando recebo o 1º aviso através de factura proforma.
Telefonei, e fui atendida por um Senhor de nome Miguel Barroso que me disse que deveria expor o assunto por escrito para a Administração. Assim o fiz de imediato e qual não é o meu espanto quando recebo outra carta com a resposta ao meu e-mail dizendo que o "Contrato" estava assinado e que teria de pagar.
Tentei contacto telefónico com a Administração mas o Senhor Miguel Barroso diz que a Administração não fala com ninguém porque só fala Castelhano. Ao comunicar que isso não seria problema foi-me negado o acesso telefónico.
O que me aconselham?
Grata 

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NOTA DO EDITOR:

 Minha Senhora, gostaria muito de lhe dar conselhos jurídicos mas não posso. Não sou jurista. O que sugiro é que contacte um advogado, a DECO ou outra associação de consumidores. Digo-lhe também que leia todos os comentários inseridos aqui. Estão cá alguns de advogados que desvalorizam a forma capciosa como os anúncios foram conseguidos e sugerem que o segundo titular de um contrato, nestas condições abusivas, não será obrigado a pagar. No entanto, a meu ver, não desvalorize de mais esta questão. Trate de impugnar o pagamento antes de receber em casa uma execução por dívida. Isto é apenas uma opinião. Antes que venha o maremoto defenda-se colocando barreiras. Todos nós sabemos, pelo que lemos, como é que estão a decorrer as execuções, ou seja, mal. Muitas vezes há cidadãos a serem executados sem levar em conta o que deu origem à dívida.
Abraço e obrigada

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O MEDO DE PERDER A LIBERDADE E O RECEIO DE A DEFENDER




 Hoje, logo de manhã, o Geraldo, um sem-abrigo que percorre as ruas da Baixa com um potente vozeirão -e que já falei dele aqui-, veio ter comigo. O seu habitual estado de homem corpulento e aparente boa saúde deu lugar a uma pessoa de andar débil e a tremer como cana verde, com maior intensidade num dos braços. Com voz rouca e um pouco arrastada, soletrou: “ajude-me!”. Disse-me que “neste fim-de-semana teve um ataque de coração” –e leva a mão até ao peito. Contou-me ainda que esteve no hospital e depois o mandaram embora.
Pergunto-lhe onde está a dormir, responde-me “que na rua. Ali para os lados da Rodoviária”. Interrogo-o se quer ir para um local onde possa comer e dormir e que lhe dêem os medicamentos de que precisa para continuar a viver. Começa por me dizer que sim. Ligo para os serviços de emergência Social, para ver se nos recebem e para poder tratar do seu processo. Dizem-me que sim. O Geraldo começa a titubear, “mas eu gosto de andar na rua. Eu gosto de tocar flauta. Eu não sei onde deixei os meus sacos! Às tantas vou para lá e depois já não me deixam andar por aqui. Tenho de lá estar todo dia!”. Respondi que sim, que se ele queria viver mais uns anos e ter onde comer e dormir teria de cumprir regras. É assim. Sem disciplina nada feito. O Geraldo, perante o medo de perder a sua liberdade, já não foi. De qualquer modo, em jeito de lavar a consciência, ainda lhe disse que pensasse e se decidisse em contrário que viesse ter comigo. Não sei se virá ou não. Uma coisa tenho certa, provavelmente, no estado em que está, acabará morto por aí em qualquer valeta. Mas o que é que se pode fazer? Perante a actual lei de saúde mental, sem a sua anuência não é possível fazer nada. E o Geraldo lá foi sozinho porta fora.

Ainda durante a manhã encontrei uma pessoa amiga. Estava nervosa, por entre socalcos de sons saídos em catadupa, lá me foi dizendo que tinha acabado de presenciar um assalto de esticão ocorrido hoje na cidade, e que até tinha visto bem a cara do assaltante. “Ai, tive tanta pena da senhora! Até me apeteceu ir dizer-lhe que vi a cara do meliante. Isto é uma insegurança constante, quem é que pode andar na rua? Ainda na semana passada me roubaram a carteira!”.
Perante isto, não resisti, então, se você viu bem a cara do estafermo, não acha que deveria ir à PSP? Bolas, você até consegue imaginar o sofrimento da vítima, uma vez que já passou por isso.
“Pois, é verdade, mas e depois? E se me colocam, frente a frente, perante o gatuno? E se ele me faz o mesmo? E se ele me marca? E se ele me dá um “enxerto”? Vou pensar!”.
Não é difícil de ver que não moverá uma palha. Pela colaboração com a polícia, pela solidariedade entre pessoas vítimas de assalto, pela cidadania que lhe cabe, pela liberdade de todos, não fará absolutamente nada.
Se preciso for, amanhã, será a primeira a queixar-se contra a insegurança, contra a polícia, contra a justiça e sei lá que mais. Muitos de nós são assim.

O GERALDO VOLTA ATRÁS

 Seriam para aí umas 14H30, já tinha escrito o texto de cima, quando o Geraldo veio ao meu encontro. “Vá comigo, por favor! Estou mal, preciso de ajuda!”.
Lá fui com ele à Emergência Social, da Segurança Social, e, como sempre, fui recebido com extrema sensibilidade e compreensão. Perante o estado decrépito do Geraldo, o funcionário tentou tudo para que ele fosse recebido na Casa Abrigo ou no Farol. Infelizmente, não havia vaga em qualquer destes estabelecimentos de apoio a carenciados. Fica a aguardar oportunidade de um lugar.
Vamos ver se o Geraldo aguenta…
Enfim, fizemos o que podíamos. Há muitos Geraldos por estas ruas estreitas. Mesmo fazendo o que pudemos, tenho noção de que não é muito, mas, perante recursos escassos, pouco mais se pode…

MÁRIO CRESPO




 José Sócrates em 2001 prometeu que não ia aumentar os impostos. E aumentou. Deve-me dinheiro. António Mexia da EDP comprou uma sinecura para Manuel Pinho em Nova Iorque. Deve-me o dinheiro da sinecura de Pinho. E dos três milhões de bónus que recebeu. E da taxa da RTP na conta da luz. Deve-me a mim e a Francisco C. que perdeu este mês um dos quatro empregos de uma loja de ferragens na Ajuda onde eu ia e que fechou. E perderam-se quatro empregos. Por causa dos bónus de Mexia. E da sinecura de Pinho. E das taxas da RTP. Aníbal Cavaco Silva e a família devem-me dinheiro. Pelas acções da SLN que tiveram um lucro pago pelo BPN de 147,5 %. Num ano. Manuel Dias Loureiro deve-me dinheiro. Porque comprou por milhões coisas que desapareceram na SLN e o BPN pagou depois. E eu pago pelo BPN agora. Logo, eu pago as compras de Dias Loureiro. E pago pelos 147,5 das acções dos Silva. Cavaco Silva deve-me muito dinheiro. Por ter acabado com a minha frota pesqueira em Peniche e Sesimbra e Lagos e Tavira e Viana do Castelo. Antes, à noite, viam-se milhares de luzes de traineiras. Agora, no escuro, eu como a Pescanova que chega de Vigo. Por isso Cavaco deve-me mais robalos do que Godinho alguma vez deu a Vara. Deve-me por ter vendido a ponte que Salazar me deixou e que eu agora pago à Mota Engil. António Guterres deve-me dinheiro porque vendeu a EDP. E agora a EDP compra cursos em Nova Iorque para Manuel Pinho. E cobra a electricidade mais cara da Europa. Porque inclui a taxa da RTP para os ordenados e bónus da RTP. E para o bónus de Mexia. A PT deve-me dinheiro. Porque não paga impostos sobre tudo o que ganha. E eu pago. Eu e a D. Isabel que vive na Cova da Moura e limpa três escritórios pelo mínimo dos ordenados. E paga Impostos sobre tudo o que ganha. E ficou sem abonos de família. E a PT não paga os impostos que deve e tenta comprar a estação de TV que diz mal do Primeiro-ministro. Rui Pedro Soares da PT deve-me o dinheiro que usou para pagar a Figo o ménage com Sócrates nas eleições. E o que gastou a comprar a TVI. Mário Lino deve-me pelos lixos e robalos de Godinho. E pelo que pagou pelos estudos de aeroportos onde não se vai voar. E de comboios em que não se vai andar. E pelas pontes que projectou e que nunca ligarão nada. Teixeira dos Santos deve-me dinheiro porque em 2008 me disse que as contas do Estado estavam sãs. E estavam doentes. Muito. E não há cura para as contas deste Estado. Os jornalistas que têm casas da Câmara devem-me o dinheiro das rendas. E os arquitectos também. E os médicos e todos aqueles que deviam pagar rendas e prestações e vivem em casas da Câmara, devem-me dinheiro. Os que construíram dez estádios de futebol devem-me o custo de dez estádios de futebol. Os que não trabalham porque não querem e recebem subsídios porque querem, devem-me dinheiro. Devem-me tanto como os que não pagam renda de casa e deviam pagar. Jornalistas, médicos, economistas, advogados e arquitectos deviam ter vergonha na cara e pagar rendas de casa. Porque o resto do país paga. E eles não pagam. E não têm vergonha de me dever dinheiro. Nem eles nem Pedro Silva Pereira que deve dinheiro à natureza pela alteração da Zona de Protecção Especial de Alcochete. Porque o Freeport foi feito à custa de robalos e matou flamingos. E agora para pagar o que devem aos flamingos e ao país vão vendendo Portugal aos chineses. Mas eles não nos dão robalos suficientes apesar de nos termos esquecido de Tien Amen e da Birmânia e do Prémio Nobel e do Google censurado. Apesar de censurarmos, também, a manifestação da Amnistia, não nos dão robalos. Ensinam-nos a pescar dando-nos dinheiro a conta gotas para ir a uma loja chinesa comprar canas de pesca e isco de plástico e tentar a sorte com tainhas. À borda do Tejo. Mas pesca-se pouca tainha porque o Tejo vem sujo. De Alcochete. Por isso devem-me dinheiro. A mim e aos 600 mil que ficaram desempregados e aos 600 mil que ainda vão ficar sem trabalho. E à D. Isabel que vai a esta hora da noite ou do dia na limpeza de mais um escritório. Normalmente limpa três. E duas vezes por semana vai ao Banco Alimentar. E se está perto vai a um refeitório das Misericórdias. À Sexta come muito. Porque Sábado e Domingo estão fechados. E quando está doente vai para o centro de saúde às 4 da manhã. E limpa menos um escritório. E nessa altura ganha menos que o ordenado mínimo. Por isso devem-nos muito dinheiro. E não adianta contratar o Cobrador do Fraque. Eles não têm vergonha nenhuma. Vai ser preciso mais para pagarem. Muito mais. Já. 
Mário Crespo

UM PEDIDO DE DIVULGAÇÃO




Resultados animadores em Lisboa e no sul
A sondagem da Eurosondagem para a SIC, Expresso e Rádio Renascença hoje publicada no Expresso repete, com variações inferiores à margem de erro do estudo, os valores de há um mês atrás. Manuel Alegre surge agora com 32% das intenções de voto e Cavaco Silva com 57%, mas na Área Metropolitana de Lisboa e no sul do país o actual Presidente não consegue os 50% e Manuel Alegre sobe para 40%.
Estes resultados são bastante diferentes de sondagens divulgadas a seguir ao anúncio da recandidatura de Cavaco, com variações que podem chegar a mais de 20 pontos, pondo em causa o grau de confiança que se pode ter neste tipo de instrumentos. Mas o mais importante é referir que estes números surgem depois de um mês em que a campanha presidencial quase desapareceu dos media e em que o actual Presidente foi notícia praticamente todos os dias, com os canais generalistas a dedicar 4 horas e 55 minutos a Cavaco Silva.
Os resultados de Manuel Alegre em metade do país reforçam, como referiu o director da campanha, Duarte Cordeiro, “a convicção de que vai haver um segunda volta”. O que é preciso é que esta campanha não continue a ser desvalorizada e silenciada. Como Manuel Alegre dizia na entrevista ao Sol, não estamos “outra vez na clandestinidade”.
Os debates e a intensificação da campanha irão certamente contribuir para reforçar a mensagem essencial da sua candidatura: precisamos de um Presidente capaz de defender Portugal nesta hora difícil. E capaz de resistir e de se bater com todas as suas forças pelos direitos sociais ameaçados, aqui e em toda a Europa, por uma ofensiva escandalosa dos mercados financeiros, com a conivência da direita conservadora e perante o silêncio cúmplice de Cavaco Silva.
A candidatura de Manuel Alegre
27 de Novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

É UM ARTISTA DE COIMBRA...CARAGO!

O ALHO VAI PARA O BRASIL




 Manuel Santana Alho viveu muitas e muitas décadas na Baixa. Na Rua Direita, por entre tintas, pincéis e relógios mecânicos, viu crescer as suas duas filhas. Por entre um intervalo de um verso, em reverso, de uma ilusão de vida, numa estrofe bem conseguida, “Manel”, como é carinhosamente conhecido no Centro Histórico, foi vendo passar a sombra dos dias. Santana, para além de ser um bom relojoeiro com aprendizagem na Casa Pia, é um homem cheio de sensibilidade. Ele trata as artes plásticas por tu; ele lavra as palavras tão bem quanto o agricultor apalpa a terra com as duas mãos; com o mesmo carinho semeia as frases e, em verso, faz estrofes de amor e ternura. Alho tem vários livros de poesia publicados.
Santana Alho é um grande artista. Nas telas expressa toda a impressionabilidade da sua alma em turbilhão, tanto quanto um criador é um marinheiro de águas revoltas num oceano de acasos. Quem o puxou para as lides plásticas foi Alberto Hébil, um outro grande pintor de Coimbra, já falecido há cerca de uma dúzia de anos –a propósito, quanto é que a autarquia lhe faz uma justa homenagem?
 Manuel Santana Alho se vivesse num outro qualquer país da Europa, pelo talento imanente que lhe é peculiar, seria um grande senhor das artes e reconhecido internacionalmente. Como é um homem simples, que sempre viveu até agora em Coimbra, uma cidade madrasta para os seus filhos, nunca passou de mais um grande artista entre os muitos bons que por cá passam e deixam a sua obra imortalizada em painéis de azulejos públicos ou nas muitas telas e aguarelas. A cidade, seguindo as pisadas do país, só dá valor ao que vem de fora. Só se pode entender isto num certo sentimento de "revanche", um distúrbio emocional, talvez expressando nos outros a mesma mediocridade que cada um de nós sente e transporta. É como se cada um pensasse “se eu não consigo ir além, porque razão haverás tu de conseguir?". Então a melhor forma de obstaculizar o sucesso de alguém é dizer mal dele ou ignorá-lo. Coimbra, neste tratamento, é uma cidade avançada neste costume e conhecimento cultural.
Há uns anos largos a vida familiar de “Manel” começou a correr mal. Não é querer tomar posição e apontar culpabilidades, mas estar casado com um criador não é fácil. Um artista é um ser diferente, para melhor, do que outro qualquer, mas, por vezes, a sua sensibilidade aliada a uma irracionalidade de anjo, o seu sonhar constante noite e dia, o estar sempre a pensar em fazer coisas novas, o ser nefelibata, o andar nas nuvens constantemente e o querer pegar no mundo com as duas mãos, nem sempre é entendido pela consorte. Estar casado com um artista é trazer sempre o coração nas mãos. Nunca se sabe o que vai sair daquela cabecinha pensadora.
Santana Alho divorciou-se há uns largos anos do seu primeiro amor e mãe das suas duas filhas. Há cerca de dois anos, através da Internet, “Manel” conheceu uma senhora do outro lado do Atlântico, em terras de Vera Cruz. Aprofundaram a amizade, desta saiu amor, deste redundou em paixão e, em resultado final, virou casamento há mais de uma ano. Até agora os dois apaixonados têm estado a viver por aqui, mas, “com o estado em que isto chegou, não podemos continuar cá. Isto não dá. A minha mulher tem lá casa. Vamo-nos embora na altura certa, antes que seja tarde. Tenho pena, acredita. Aqui, nesta cidade, fica a minha alma cortada em pedaços de saudade”, diz-me o Alho numa expressão facial dividida entre a emoção contida e a constatação de facto.
Em nome de uma cidade que te tratou menos bem, muito aquém do teu talento, “Manel” recebe um abraço apertado. Até um dia, Santana. Aqui, espero ouvir falar de ti. Que os teus poemas, que a tua pintura, agora do Brasil, atravessem toda a América Latina. Esse será o meu maior contentamento, meu amigo.


UM POUCO DA BIOGRAFIA DO MANUEL SANTANA ALHO



Santana Alho

Manuel Santana Alho nasceu a 10 de Outubro de 1947, no lugar da Portela, freguesia de Tentúgal, concelho de Montemor-o-Velho.
Desde criança desenha, escreve poesia e dedica todo o tempo que pode à leitura. Ultimamente escreve histórias de ficção, que aguardam a oportunidade de serem editadas.
Também o teatro o seduziu e, junto com alguns amigos, fundou o GCAP (Grupo Cénico Amador da Portela), do qual foi encenador.
A procura de mais saber levou a ler bons livros, desde o romance à poesia, da ficção aos culturais e técnicos. Foi nestes que descobriu as técnicas de pintura, que vieram despertar a sua vocação latente.
Reside em Coimbra desde 1971, onde e quando se começou a interessar pelo mundo das Artes. Após várias experiências bem sucedidas, abraçou a pintura como parte importante da sua vida.
É associado e foi Director do MAC (Movimento Artístico de Coimbra).
Expõe regularmente desde 1991, contando com mais de 150 exposições, entre elas, 36 individuais.
Está representado em várias colecções particulares no país e no estrangeiro (França, Brasil, entre outros).

O VÍDEO DO DIA...

EM NOME DO DESBARATAR, CONVÉM OUVIR...

PETIÇÃO CONTRA IMPOSTOS ABUSIVOS...





 Mais de vinte mil pessoas já assinaram a petição da DECO contra os chamados "custos de interesse económico geral". Leia aqui o PÚBLICO.
Quer assinar a petição? Clique aqui e preencha...

O MUNDO ESTÁ EM CONSTANTE MUDANÇA...

(IMAGEM DA WEB)

 Segundo o PÚBLICO, em França os serviços domésticos estão a ser pagos em géneros.
Por acaso, por cá, perante a falta de dinheiro, para pagamento de impostos, era altura de o Estado também aceitar géneros...

TRIRICA VAI PERDER O MANDATO?

(FOTO DO PÚBLICO)


Segundo o jornal PÚBLICO, Tirica, o famoso palhaço eleito deputado federal nas últimas eleições de outubro, no Brasil, pelo partido Republicano, corre o risco de ser penalizado em cinco anos de prisão caso se prove que mentiu sobre a declaração de escolaridade. O agora deputado tem cinco dias para provar que sabe ler e escrever. Ler aqui o PÚBLICO.
Não tenho dúvida que estamos perante uma inconstitucionalidade. Mesmo não conhecendo a Constituição brasileira não é difícil de verificar que estaremos perante uma norma que atenta contra o princípio da igualdade na discriminação de  acesso a cargo político. Aguardemos...

"ANTES PELO CONTRÁRIO"




Leia aqui um bom artigo de Daniel Oliveira, no Expresso...

QUEM DISSE QUE NÃO TEMOS DUAS PERSONALIDADES?

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

DIVAGANDO POR BECOS E RUELAS...

 



 Estou naqueles dias que não sei sobre o que hei-de escrever. É raro, mas acontece. Normalmente, na falta de tema vou alimentar-me na informação diária. Mas, apesar de já ter lido três jornais em papel e mais uns quatro virtuais, continuo sem saber por onde começar. Talvez porque, tenho a certeza, hoje, estou mais selectivo. Não me apetece pegar na crise ao colo e divagar como um louco pelas ruas da cidade. Considero fastidioso debruçar-me sobre o Euro e se vamos permanecer muito ou pouco tempo neste sistema monetário. Não me apetece escrever sobre a guerra ao tráfico nas favelas do Rio de Janeiro. Até poderia pegar no mau estado do estado social, mas não tenho vontade. Apetecia-me algo diferente, assim no género do “Ferrero Rocher”. Mas onde é que vou encontrar? Já se falou e escreveu sobre tudo!
Se me debruçar sobre as pessoas com quem me cruzo na rua diariamente sou obrigado a escrever que estão cada vez mais velhas. Quando reparo nos traços da fronte, até me apetece gritar: “ai Nossa Senhora do Amparo!”.
Dou uma volta pela Baixa da cidade, verifico que muitas lojas comerciais estão encerradas. As que estão abertas, lá dentro, para além do patrão ou empregado, não se vê mais ninguém. Parece que os consumidores, aproveitando a boleia da greve geral, partiram para outro mundo para não mais voltarem. Olhando um mendigo numa esquina de uma rua estreita, que bem ensaiado soletra “dê-me ao menos um cêntimo, senhor!”, penso, um pouco a deixar-me escorregar pelo cano, se o meu futuro não poderá ser o mesmo. Afasto logo este pensamento, “vade retro Satanás”, não vá o mal-amado do tridente, só porque pensei nele, lembrar-se que tenho certo jeito para o teatro e…pimba!
Dou uma volta pelo Centro Histórico. Quem sabe não me falem de algo que me inspire. Começo por falar com um amigo comerciante, o “fala-barato”. Antevejo ali na conversa uma desgraça. Há dias foi de urgência para o hospital por causa de uma arritmia cardíaca. “Excesso de stresse”, disseram lá nos serviços de saúde, conta o meu amigo. Bolas, longe vá o agoiro, ponho-me a andar depressa dali para fora. Eu preciso de algo mais sereno, que me deixe a alma a tocar harpa.
Ainda não tinha dado cinquenta passos, avisto o Faisal, um curtido iraquiano que é mais português do que filho do Médio Oriente. Caminha em direcção a mim de braços abertos, mais parece o Cristo-Rei. Adivinho a mensagem que dali advirá: “ó senhor Luís, me empresta 50 cêntimos, para uma emergência”. Tento empatar com retórica de ocasião. Emergência?, interrogo, é para ires beber um copo, diz antes assim. E ele, com aquele sorriso de safado, sorri e abraça-me, como se estivesse a envolver um condenado em partida para ultima viagem. Mau, mau…
Continuo a contar as pedras da calçada. Na rua larga, uma equipa de jovens, nem sei bem por alma de quem, tentam tolher-me o passo. É uma moedinha não sei bem para quem. Não estava receptivo a ouvir. Nós só ouvimos o que queremos, isso já eu sabia.
Vou mas é falar com um outro meu amigo comerciante. É o “Choras”, pelo apelido não devem conhecer. Como quase todos os dias, numa rotina mecânica, vou interrogá-lo: “e então? Novidades?”. E ele, igual a outros dias, para não variar, vai-me responder: “novidades? Estamos cada vez mais na miséria”. Hoje, talvez porque está mais bem disposto do que habitualmente vai estender a conversa, “o futuro dos comerciantes é negro. Vê lá bem que até estive a falar com o “Manel” –um comerciante vizinho bem instalado financeiramente- e até ele me disse que o comércio, enquanto actividade profissional, não tem futuro. Já viste isto?”.
Até amanhã, despedi-me. Hoje não me apetece falar de amarguras. Eu procuro um paraíso diferente. Quero música celestial, se possível, acompanhada com umas musas a manusearem-se numa envolvente dança do ventre.
Continuei na minha volta. Na Praça 8 de Maio parei ao pé da vendedeira de castanhas mais famosa da cidade. Então como é que está, dona Adelaide? “Ó menino, com os meus 87 anos, como é que hei-de estar?”. Vi logo, pelo ar irado, que a velhinha não estava nos seus dias. E, ainda por cima, eu com perguntas parvas. Ela, em poucas palavras, quis-me dizer que a resposta era óbvia: estava de pés para a cova. E eu não via, não? Claro que rapidamente mudou de tom de voz, como se arrependesse de me falar assim, e emendou a mão. “Estou mal, menino. Já devia ter arrumado o carro das castanhas há muito tempo, mas que quer? Preciso…entende?”. Logo a seguir passa ao ataque, “já viu aquele ali? –aponta um outro concorrente, próximo dela. “Só vende sucata, as minhas castanhas é que são boas. Ele nem as sabe assar como deve ser!”.
Despedi-me com alguma ternura da experiente vendedeira. Eu precisava de um assunto diferente, qualquer coisa que não tivesse choro, e continuei em direcção à Rua da Sofia. Enquanto me embrenhava nesta outrora artéria viçosa comercial ia vendo alguns prédios em estado lastimável. Aqui e ali mais uma loja fechada. Mas isto não me interessava, eu precisava de algo diferente. E se eu fosse cumprimentar o comerciante meu amigo “Barrô”? Ele é um tipo fixe, todo optimista. Aposto que me vai dar alento para qualquer coisa. Então, “Barrô”, como é que estamos, cumprimento. “Mal, muito mal, pá! Hoje é sexta-feira. Esta semana, até agora, fiz 18 euros. Já viste? Como é que posso continuar assim. Já disse ao senhorio, se não me baixar a renda tenho de entregar a loja. Pelo menos tem de me tirar 250 euros. Pago 1250…é um disparate para os dias de hoje!”.
Larguei depressa o meu afeiçoado. Porra! Isto está tudo mais negro que um velório de carpideiras. Vou mas é cumprimentar e beber um café com outro meu amigo, o “Gáspeas”. Dali já sei que sai sempre uma ideia qualquer. O “Gáspeas” é o mais nobre comunista que conheço. Às vezes brinco com ele. Como é que um marxista vive atrás do capitalismo, interrogo. Ele responde que “se não fosse esta maldita crise, viveria muito bem”.
Vamos então beber um café à Império, à velha Império. Um dos estabelecimentos mais antigos da cidade e que eu, porque cheguei a trabalhar lá nos idos anos de 1970, conheci bem. Então ó “Gáspeas”, conta-me coisas novas, tento provocar. “Coisas novas?!”, engelha o nariz, a “beiçoleta”, a fronte e sei lá que mais. “Está tudo lixado, pá!”, desabafa num longo arfar, expelindo ar pela boca. “O que é que vai ser dos comerciantes? Não se vende. Estamos cada vez mais a enterrar-nos em dívidas. Não temos direito a subsídio de desemprego. Vamos fazer o quê?”, interroga-me com grande acutilância como se eu soubesse alguma coisa. Prossegue, “qualquer dia, muito em breve, muitos de nós estaremos a pedir comida. Quanto antes, seguindo o exemplo de Lisboa, a Câmara Municipal deveria utilizar o antigo quartel 12, ali junto à Penitenciária, para, diariamente, darem lá jantar aos muitos sem-abrigo e outros que estão na pobreza eminente e têm vergonha. Sabes que este antigo quartel tem umas instalações espectaculares, com uma cozinha toda equipada? E se não puder ser aqui, porque não na Manutenção Militar, que também tem instalações formidáveis e que não estão a serem devidamente aproveitadas?! Poderiam, por exemplo, fazer um protocolo com o banco Alimentar, não achas? Estão à espera de quê?!”.
Despedi-me do “Gáspeas”. Eu hoje precisava de escrever sobre qualquer coisa diferente, mas não me aparece nada. Pronto! Desisto! Não escrevo! Que se dane!

O VÍDEO DO DIA...

A CANDIDATURA IBÉRICA PARA O MUNDIAL DE 2018 SERÁ MESMO UM DOCE?

(FOTO DO JORNAL DE NOTÍCIAS)


 Diz a nossa história que somos um povo de navegadores, futebolistas e de grande fé em Nossa Senhora de Fátima. Há quem escrevesse também que somos mais cabeçudos que uma marreta. Que nunca aprendemos com os erros passados. Que queremos é festa, sem importar os custos de lançar os foguetes e que quem vier atrás que apanhe as canas. Haveria quem dissesse também que há sempre alguém que está permanentemente a pôr a baixo ideias luminosas. Será assim? Se calhar não! Eram uns exagerados. Por isso morreram, que se lixaram...
Porque é que estou para aqui com este palavreado? Então eu sei lá?!
Vamos mas é candidatar-mo-nos ao Mundial de 2018! Veja aqui o Jornal de Notícias.

UM PEDIDO DE DIVULGAÇÃO


Boa tarde:
Em anexo segue informação mais detalhada sobre o próximo workshop de psicologia, que decorrerá sábado, dia 4 de Dezembro, às 16H. 
As inscrições devem ser efectuadas até à próxima 3ª feira, dia 30 de Novembro, através de manifestação de interesse para o nosso mail <posdeprilimpimpim@gmail.com
As inscrições já efectuadas mantêm-se válidas.
Até breve

-- 
Cláudia S.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

SEGUIR OS MELHORES...

(IMAGEM DA WEB)

 Se a Câmara Municipal de Águeda tem um canal de vídeo na Internet onde é colocada toda a informação que seja importante para os seus munícipes, tais como eventos de cultura, assembleias municipais, etc, porque razão é que a edilidade Coimbra não lhe segue o passo? Sei lá, poderemos até aventar que tem medo do julgamento? Não, nada disso. Investiram foi cerca de 200 mil euros nas câmaras de videovigilância -que não servem para nada- e agora não há verba para adquirir um circuito interno de televisão. Às tantas, até pode ser mesmo isso...

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)




Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "PARA QUE A MEMÓRIA VISUAL ACTIVE OS SENTIDOS...E E...": 

 

Em jeito de reflexão sobre a violência doméstica, poderia dizer que muito mais havia para ser explorado acerca deste tema. Embora tenha a certeza de que quanto mais profunda for a investigação, mais assustadores são os números das vítimas deste fenómeno que cada vez menos tende a ser tolerado. 
É preciso estarmos cientes que existem variados mecanismos de orientação e de apoio às mulheres agredidas. Não basta apenas tratar as agressões físicas, pois são as feridas de foro psicológico que mais custam a sarar (se é que alguma vez o serão definitivamente). 
O que é certo é que enquanto escrevo esta reflexão dezenas de pessoas estão, em todo o mundo, a ser vítimas de toda a espécie de maus-tratos. 
É por tudo isto que esforços não devem ser medidos no que cabe a responsabilizar o agressor por este acto criminoso. 
Há que lutar para mudar esta situação. Como? Desenvolvendo diligências no que toca à prevenção, apostando em programas de educação conjugal, a serem desenvolvidos pelas autarquias, em virtude de estarem mais próximos das populações.
É de forma bem clara que constatamos que, infelizmente, a violência sobre as mulheres e crianças tem sido “algo de trivial”, sobretudo se nos confinarmos a determinadas culturas. Os números deste tipo de crime considerado público, somente desde 2000, são deveras assustadores. Note-se que cerca de cinco mulheres morrem por mês vítimas de violência e maus-tratos no nosso país. De lamentar ainda, que morrem mais mulheres vítimas de maus-tratos do que com cancro (uma das principais causas de morte no nosso país). 
A violência doméstica assume vários tipos de abuso: abuso físico, abuso emocional, abuso sexual, recorrendo até ao “abuso” económico. 
Mas nem sempre os homens são os responsáveis pelas agressões. Existem mulheres que agridem os seus companheiros. Por exemplo, às vezes, ao discutirem recorrem à célebre bofetada. Estas fazem mais uso da violência verbal e emocional do que propriamente da física pois possuem uma estatura inferior ao homem. 
Infelizmente, a violência doméstica também não se restringe só às mulheres, afectando igualmente as crianças e idosos, por motivos semelhantes acrescentando o facto de estas constituírem alvos fáceis. 
Muitos dos agressores não são castigados devidamente pois o medo, factor condicionante, faz com que a maioria das vítimas venham a perdoar os seus carrascos. 
Felizmente, existem meios e estratégias de apoio às mulheres agredidas. Cada vez mais são as organizações e iniciativas realizadas neste âmbito, embora a chave esteja na prevenção. 

UM PEDIDO DE DIVULGAÇÃO DE UM ABAIXO-ASSINADO...



Comunicado

Lisboa, 25 de Novembro de 2010 - Estão actualmente a decorrer negociações entre o Parlamento Europeu, o Conselho de Ministros e a Comissão Europeia sobre as regras que irão reger a futura Iniciativa de Cidadania Europeia – a possibilidade de com um milhão de assinaturas os cidadãos europeus levarem a discussão propostas à Comissão Europeia.
Sabemos existirem muitas forças a querer enfraquecer as possibilidades de futuras iniciativas transeuropeias de cidadãos. Para reforçar a posição nas negociações dos que defendem uma Iniciativa de Cidadania Europeia mais acessível, foi lançado um abaixo-assinado online, que poderá estar interessado/a em assinar.
O abaixo-assinado defende:
1. A não solicitação de documentos de identificação aos signatários de futuras iniciativas de cidadania europeias. Isto em nome da igualdade entre cidadãos, pois existem Estados da União Europeia onde solicitar este documento no âmbito de petições é proibida e considerada uma violação da privacidade, ou onde os cidadãos não andam habitualmente com os seus documentos de identificação, dificultando assim a recolha de assinaturas. Várias organizações cívicas europeias já se pronunciaram sobre este tema afirmando que exigir o nº de identificação irá impossibilitar na prática a realização de verdadeiras petições transeuropeias.
2. A extensão do tempo para a recolha de assinaturas de 12 para 18 meses, dado que se considera que recolher um milhão de assinaturas em 12 meses, por toda a União Europeia, é um prazo demasiado apertado;
3. Exigir que as assinaturas provenham de pelo menos 1/5 dos Estados Membros e não de 1/3 como está a ser negociado;
4. Solicitar que todas as iniciativas que sejam bem sucedidas tenham direito a ser ouvidas por representantes da Comissão Europeia;
A assinatura do abaixo assinado irá reforçar estas alterações e contribuir para uma Europa mais democrática e com uma maior participação activa dos cidadãos.
Para mais informações consultar a campanha European Citizens Initiative.

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O Movimento Liberal Social (MLS) é o único movimento político liberal-centrista em Portugal. Defende os direitos humanos, a democracia, as liberdades individuais, o meio ambiente, a tolerância cultural, o aprofundamento da construção europeia e a economia de mercado.

Com a sua crença numa maior liberdade para todos os cidadãos, o MLS afirma decididamente que as liberdades económicas e individuais estão intimamente ligadas. O MLS luta por uma sociedade dinâmica, criativa, aberta e próspera. Quando o MLS defende a liberdade não deseja uma sociedade livre de responsabilidades, mas sim que cada cidadão, de uma forma responsável, possa tomar decisões relativamente a todos os aspectos da sua vida.

Para mais informações queira contactar Miguel Duarte pelo telefone 966075978 ou pelo emailsecretariado@liberal-social.org.