sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

SANTACLARENSES INDIGNADOS COM CORTE DE ÁRVORE(S)

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EDITADO NO FACEBOOK POR GALERIA SANTA CLARA


COMO É POSSÍVEL?
Vamos sentir a falta!
Receamos que a nossa autarquia, ainda hoje, ataque todas as árvores da rua e as corte!
O aviso (colocado de fresco) diz que vão cortar 1 árvore mas o facto é que todas elas estão assinaladas!
Qual o motivo do abate?
Vão ser substituídas?
Se sim, que tipo de árvore vão plantar? Das que crescem depressa, ou será só para os nossos netos usufruírem?
Porque não fazem as coisas abertamente? Os cidadãos não têm direito a opinar? Não somos nós que pagamos os "serviços"?
Em pleno verão de 2014 massacraram as copas das tílias, agora cortam-nas!
Não deveria haver lugar a uma explicação antes de tomarem uma medida que leva, pelo menos, 60 anos a recuperar? Pelo menos às pessoas que conhecem estas árvores há mais de meio século?!
Quem decide estas coisas?
Se as queriam substituir porque não o foram fazendo, faseadamente, plantando árvores já grandes, à medida que as foram cortando? A delicadeza não é defeito!
Não conseguimos perceber, mas deve ser uma medida acertada e certamente para o bem comum!
Temos muita pena!
PS. Se sentem o mesmo tipo de indignação, partilhem por favor mesmo que seja tarde... para evitar esta destruição talvez possamos acalentar a esperança de poder contribuir para alguma mudança de atitude das entidades competentes.”

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

FALECEU O ADRIANO MOURA






Após a cerimónia de exéquias fúnebres no Centro Funerário de Nossa Senhora de Lurdes, cerca das 16h00, foi hoje cremado no Complexo Funerário de Coimbra, em Taveiro, os restos mortais do nosso colega e amigo Adriano Manuel de Moura Camelo, de 66 anos, lojista, comerciante de ouro e antiguidades.
Conforme foi noticiado no Diário de Coimbra (DC) do último Sábado, no dia anterior, na sexta-feira, após embate violento entre dois veículos na Estrada Nacional 111, que liga Coimbra à Figueira da Foz, na zona de São Silvestre, o Adriano Moura ficou encarcerado dentro da sua viatura. 
Reproduzindo o escrito do DC, “(…) Segundo os Bombeiros Sapadores de Coimbra a vítima - que foi retirada do do interior do automóvel com recurso a material de desencarceramento – apresentava-se aparentemente consciente e orientada. No entanto, o seu estado de saúde agravou-se repentinamente, entrando em paragem cardio-respiratória. Apesar das manobras de reanimação a que foi sujeito, acabou por falecer ainda antes de entrar no hospital.


COM DESTINO MARCADO


Continuando a citar o DC, “Segundo a mesma fonte, Adriano Camelo começou por ser transportado numa ambulância da Cruz Vermelha que, entretanto, terá avariado pelo que teve de ser transferido para uma ambulância de Suporte Imediato de vida (SIV) do INEM (acompanhada da VMER do Hospital dos Covões) que efectuou o restante percurso até aos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC)”.
Ou seja, se a vida é uma peça de teatro dramática, tudo estava programado para ser assim, para morrer naquele dia, naquela hora.
Para mim não deixa de ser estranho este desenlace, se levar em conta que ainda há pouco menos de quinze dias o agora finado, como habitualmente fazia de tempos-a-tempos, veio apresentar cumprimentos e desejar um Bom Ano de 2019. Dá para perceber um acontecimento trágico desta envergadura?


UM GENTLEMAN


Quem conheceu bem o Adriano Moura certamente concorda que o nosso amigo comum, na sua idiossincrasia, sobretudo no trato, era uma pessoa especial. De uma amabilidade e simpatia extraordinárias, o nosso colega era um diplomata nas relações humanas. Senhor de uma espiritualidade latente, talvez sem o saber era um ser superior – evidentemente que as qualidades que lhe imputo, naturalmente, não têm por intenção esconder outros atributos menos salientes, ou não fosse ele humano e sujeito de virtudes e defeitos. O que quero dizer é que nesta hora de partida, derradeira, todos, mas todos, numa humildade que deve ser intrínseca, temos obrigação de nos curvar perante quem foi chamado antes de nós.
Em nome da Secção de Karaté da Associação Académica de Coimbra, onde o Adriano era atleta, em nome da grande instituição que é o comércio da Baixa, em nome de muitos dos seus amigos que não puderam estar presente no último acto, se posso escrever assim, endereçamos os nossos sentidos pêsames à família neste momento de tão grande tristeza. Até sempre Adriano!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

domingo, 23 de dezembro de 2018

BAIXA: UMA NARRATIVA QUE PARECE IMPOSSÍVEL MAS...







Apesar de ser Domingo, a dois dias do Natal seria de supor, por um lado, que todas as lojas comerciais estivessem abertas, por outro, que toda a cidade, em massa e em nome dos velhos tempos, acorresse a fazer compras no coração da tradição. Ora, nem em um nem noutro casos aconteceu assim. Ou seja, nem os estabelecimentos abriram em bloco - só cerca de dez por cento compareceu à chamada laboral –, nem a esperada clientela pôs os pés na zona histórica.
Quer por uns quer por outros, é de admirar este procedimento? Ou não? A ver vamos! Pelos primeiros, os comerciantes, por alguma lamúria avulsa que graça por entre becos e ruelas, seria de supor que abririam portas nesta véspera que já foi tão importante nas vendas anuais. Pelos segundos, os citadinos, sempre tão críticos com a classe política, afoitos e generosos com discursos pungentes sobre o estado da Baixa, também custa a entender. A menos que, nos dois estratos, ocorresse qualquer acaso que forçasse a não comparência. Por conseguinte, se todos temos curiosidade em saber, nada melhor do que perguntar, é ou não é verdade?
A passear calmamente numa das ruas largas como se aferisse o movimento de passantes, de sobretudo comprido com golas coçadas, que já viu melhores dias e mãos nos bolsos, encontrámos um nosso amigo e colega estabelecido -que não identifico por questões de reserva. Depois do cumprimento da praxe, atirei-lhe de supetão: Então não abriste hoje? Anda pouca gente a circular, não é? Tentei contemporizar.
- Não é por isso, pá! – respondeu-me irritado, como se tivesse entendido a minha observação à laia de provocação.
Eu não abri a minha loja em solidariedade com os nossos Coletes Amarelos, que se manifestaram há três dias no nosso país. Por culpa do Governo, do Presidente da República, dos partidos políticos e do nosso presidente da Câmara a nossa cidade está de rastos! Eu nunca vi isto assim! No negócio, o pior Natal dos últimos vinte anos! O mal de tudo é a apatia das pessoas! Ninguém quer saber! Fossem todos como eu e Portugal estaria virado do avesso!


E OS CITADINOS? POR QUE NÃO VIERAM À BAIXA?


Sempre que preciso de escrever sobre questões de cidade, acima de tudo com grande imparcialidade, socorro-me da menina Pulquéria, solteira, boa rapariga e virgem prendada, uma munícipe muito interventiva mormemente nas redes sociais. No Facebook fazem história para a posteridade os seus lamentos memoriáveis: “Quem viu esta Baixa e quem a vê! Meu Deus, os culpados são os políticos da autarquia! Atenção, todos, incluindo a oposição! Ao que chegou a cidade! Ainda sou do tempo em que não se podia romper nas ruas estreitas! São só lojas e mais lojas fechadas! Abandonaram esta parte da cidade à sua sorte, é o que é!
Cerca das 14h30 cliquei nos números para contactar e ouvir a menina Pulquéria. Como pescador a lançar a rede, atirei: Então a menina nem hoje veio à Baixa? Sigo os seus escritos com atenção no Facebook. Desculpe a franqueza mas a gota não bate com a perdigota! Nem a véspera de Natal mereceu uma visita sua?
- Ai senhor Luís, não me fale nesse tom, por favor! - retorqui muito irritada. Tenho muita consideração por si, mas primeiro escute as minhas razões e só depois tira conclusões!
- Sou todo ouvidos, menina -enfatizei como a tentar colocar água na fervura extemporânea.
- Já não vou à Baixa desde Quinta-feira, dia da manifestação dos Coletes Amarelos. Em solidariedade com os protestantes, estou de greve. Este país, esta cidade, ambos estão um caos e ninguém quer saber. Haviam de ser todos como eu. Ai se deviam! Então é que isto mudava!
- Mas, presumo que esteve na Casa do Sal com os (poucos) manifestadores. Esteve lá, não esteve? Interroguei.
- Infelizmente não pude estar. Deus não quis! Estive de cama todo o dia com uma pancreatite aguda. Valha-me Deus! Nem quero recordar! Quem havia de dizer que seria forçada a faltar?!?


UMA BAIXA SILENCIOSA


Por coincidência com esta quadra natalícia, ou não, a Baixa está muito mais silenciosa. Até parece que o remanso dos cemitérios se instalou nesta parte da cidade. Já não se houve uma cantoria como no tempo da minha ex-vizinha Imaculada, que migrou para norte da cidade, quando, com as suas cantorias, invadia tudo em redor e até os pombos se punham em sentido para a escutar. Nem uma discussão na viela, nem uma desavença no beco, que resultava em trolitada de nariz partido. A minha esperança residia na “Rádio Baixa”, um recente projecto de emissões de música durante o dia. Foi prometido que, pelo menos nos primeiros tempos, a alegria musical seria difundida ao fim-de-semana na Rua Eduardo Coelho e área envolvente e através de meios digitais em streaming -“tecnologia que envia informações multimédia, através da transferência de dados, utilizando redes de computadores, especialmente a Internet.”
Subitamente a “Rádio Baixa” deixou de emitir sons que contribuíam para quebrar a rotina de uma urbe envelhecida. O que aconteceu?
À questão formulada, respondeu uma das fundadoras: “Fomos silenciados por um vizinho. Um destes domingos passados, estava eu a emitir música acompanhada com uma colega quando, de repente, vimos entrar intempestivamente um homem de mão em riste para me bater. Quando viu que eu estava acompanhada com uma testemunha refreou o ímpeto, mas, mesmo assim, ainda me retirou os auscultadores dos ouvidos com violência. Chamámos a PSP para identificar o agressor. Depois da tramitação processual o agente aconselhou-nos a não colocar a coluna difusora de som à nossa porta. É por isto que estamos nesta quietude!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

ENCERRARAM MAIS DUAS LOJAS NA BAIXA, MAS…




Encerrou ontem a “Loja dos milagres da minha rua”. Depois de cerca de cinco anos a competir com Fátima a realizar fenómenos, o Carlos Pereira, um bom colega e simpático funcionário, farto de ganhar dinheiro e com contas em várias “offshores”, não aguentando mais o cansaço diário de contar tantas notas de euro – por vezes, disse-me em confidência, chegava a adormecer em pleno acto -, de acordo com os seus patrões, fechou o negócio e vai gozar a vida.
Num momento de grande cansaço exaustivo a atender pessoas, em que foi obrigado a sentar-se, confidenciou-me: “vou embora, mas parto feliz! Em cinco anos que estive aqui, na Rua Eduardo Coelho, ganhei muito dinheiro e fiz bem a muita gente! Já reparaste que em cinco anos ajudei a mandar para casa cerca de uma centena de comerciantes?!? Só este ano de 2018 – como sabes bem, já que acompanhas com atenção -, até ao dia 31, vai totalizar 32 fechos comerciais. São 32 famílias que vão mais felizes do que entraram quando começaram. Com a minha ajuda espiritual todos estão bem de vida e a gozar os rendimentos!
Talvez impressionado pelo meu semblante de estranheza, sublinhou: “bem sei que algumas vozes de burro que não chegam ao céu teimam em afirmar que o comércio tradicional está muito mal, coitadinho! Aleivosia, é o que é! Isto nunca esteve tão bom como agora! É a política, Luís! É a política!”

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

sábado, 8 de dezembro de 2018

UM RETRATO NACIONAL: PORTUGUÊS, FROUXO, MAL-AGRADECIDO, RANÇOSO

(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)






Na Página do Leitor do Diário de Coimbra (DC) de hoje, sob o título “Há uma senhora da televisão que anda a apavorar os/as pedroguenses mais fragilizados”, um anónimo que se identifica por “Um Pedroguense preocupado”, num fingimento bolorento, perora sobre o jornalismo de investigação.
Sem nunca referir nem o canal de televisão nem a jornalista em causa, este mostrengo de pessoa mais que certo ligado a algum político com rabo entalado em Pedrógão Grande, com indirectas de blasfémia, dirige as suas setas envenenadas à TVI e à jornalista Ana Leal por causa dos excelentes trabalhos que o canal de Queluz de Baixo tem apresentado sobre o escândalo de distribuição de verbas aos lesados pelos incêndios ocorridos em Junho e Outubro de 2017. A última peça televisiva foi para o ar nesta nesta Quinta-feira e exibia o estado económico das vítimas dos fogos de Outubro do ano passado. Por um lado, denunciava a forma insensível, a barrar o desprezo, como o Estado Português, com o Governo a ser o principal visado, tratou os que ficaram sem nada. Mostrando declarações de prejuízos assinadas a zeros, em que é notório a incompetência de funcionários públicos inábeis que, no mínimo, deveriam ser sancionados, a reportagem mostrou um país a duas velocidades: os bem-instalados e os desgraçados, agora sem-tecto, que para Lisboa nada contam. Por parte do Governo e do Presidente da República, ouvir falar constantemente da necessidade de repovoar o Interior desertificado e, neste caso, sentir as lágrimas, por vezes, a escorrer pela face ao ver e ouvir os testemunhos na primeira pessoa, apetece mandar todos os falsos profetas, todos os políticos da treta para um sítio que agora não escrevo. A palavra que emerge é INDIGNAÇÃO. Por outro lado, ficou bem patente na reportagem a entrega desinteressada de alguns voluntários como, por exemplo, Ana Perpétuo, uma assistente social minha conhecida, que se esforçam por ajudar quem mais precisa.


MAS, AFINAL, O QUE ESCREVEU O ABORTO NO DC?


Tudo o que é demais parece mal”… até poderia começar por usar este chavão popular para expressar o que me vai na alma. Mas, confesso que fica muito aquém do que se está a passar no nosso concelho com uma “senhora da tv” de um canal de televisão português por causa das audiências, sem respeitar as pessoas (principalmente os indefesos idosos), sem respeitar a ética profissional, sem respeitar princípios… enfim, sem respeitar os valores que nós por aqui na nossa simples e digna “terrinha” que tanto prezamos.
Confesso que tinha prometido a mim mesmo não falar publicamente no assunto, mas há limites. O meu esgotou-se hoje (terça-feira, 4 de dezembro 2018). Depois de na semana passada, por mero acaso profissional estar na zona de Vila Facaia e ter presenciado o pavor (sim, pavor!!!) de algumas pessoas – pessoas de bem – respeitadoras e respeitadas por todos, que tinham sido abordadas por esta “senhora da tv” e alguns menos idosos já não escondiam a revolta, alguns mesmo já com sugestões violentas e perigosas. Na altura senti-me na obrigação de pôr água na fervura e tentar tranquilizar aquelas pessoas. Foi o que fiz.” (e continua a verberar na Página do Leitor uma opinião digna de constar no anedotário nacional)


PARAR PARA RESPIRAR…


Mesmo só com metade da crónica hipócrita e mentirosa publicada no DC, dá para ver que quem escreveu um absurdo assim só pode fazer parte dos grupos de funcionários desqualificados ou dos políticos incapazes.
Por outro lado, ao “ter presenciado o pavor (sim, pavor!!!) de algumas pessoas” por terem sido abordadas pela jornalista da TVI, dá para perceber que, para o futuro, quando for preciso adormecer uma criança na zona de Pedrógão basta ameaçar: “Ou fechas os olhos ou chamo a Ana Leal!” - a notável profissional de informação que perdoe esta brincadeira: não se vá abaixo, Ana! A senhora é uma grande mulher!


UM RETRATO NACIONAL


Este género de queixa anónima, visando refrear e ofender quem faz alguma coisa para dirimir as injustiças sociais, dá o corpo às balas e sem medo de represálias afronta um poder arbitrário, é bem o paradigma do português que encontramos todos os dias, que vive ao nosso lado, que frequenta o mesmo café, que vai à missa ao domingo e bate no peito com a mão aberta, que nos pedidos para o Banco alimentar dá um saco cheio de víveres para os pobrezinhos.
Valha-nos a certeza de que, mesmo raramente, por vezes encontramos jornalistas como Ana Leal – felizmente não é a única nos canais privados e públicos a fazer investigação, e aqui relembro também Sandra Felgueiras no “sexta às 9”, da RTP1. Sem esquecer o apoio de retaguarda feito por outros jornalistas, parabéns a todos! Os cidadãos simples como eu agradecem.

BOM DIA, PESSOAL...

BAIXA: FURTARAM A PLACA TOPONÍMICA







Nos últimos dias foi furtada uma das placas toponímicas da Travessa da Rua Velha, junto à “Telha Amiga”, um projecto camarário para apoio a idosos que nunca funcionou devidamente.
Num investimento de mais de 400 mil euros alocados pela autarquia para alojar 12 utentes, com inauguração em Abril de 2009, foi, na altura, cedido à Casa de Repouso de Coimbra em regime de exploração, que ali instalou apenas seis pessoas. Este edifício, de traça antiga, com um pórtico do século XVI, com 6 quartos, alguns com casa-de-banho privativa, uma cozinha, um espaço comum de convívio, um escritório e WC’s, tem capacidade para 12 pessoas. Por razões que se desconhecem, há vários anos, do pouco que sabemos, o contrato bilateral entre as duas entidades foi rasgado. Hoje, salvo melhor opinião, poucos saberão para que está a servir o bonito edifício implantado numa zona central e de excelência da Baixa. Qual a sua utilidade, tendo em conta o necessário repovoamento do Centro Histórico? Responda quem souber.
Voltando ao furto da placa toponímica, segundo um morador da zona que não quis ser identificado, “o furto deveria ter ocorrido há poucos dias. É certo que não faz falta -já que esta agora desaparecida, colocada do lado direito, tem outra em frente, na parede do “Telha Amiga” -, mas é preciso chamar a atenção para o roubo. Mas também é preciso alertar que foi furtada porque, por baixo, está uma caixa de derivação da EDP. Bastou alguém subir e, calmamente, desapertar a placa sinaléctica. Ou seja, para não acontecer o mesmo, o melhor é a edilidade não repetir.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

BAIXA: CRÓNICA SEMANA PASSADA

(O Tico & Teco, memória de um bonito estabelecimento já desaparecido)





REFLEXÃO: EM BUSCA DE UM PORTO SEGURO



Em velocidade de cruzeiro, numa mudança há muito anunciada, na Baixa continua-se  a desinvestir no comércio e a apostar cada vez mais na restauração e no ramo alimentar. Na forja, para abrir proximamente, estão mais dois estabelecimentos virados para a hotelaria, um nas ruas estreitas e outro nas vias largas.
A semana passada, em texto que falarei mais abaixo, num projecto de grande qualidade e bom gosto, abriu a Pastelaria Visconde, na Rua Ferreira Borges. Com horário diário, entre as 06h30 e as 22h00 - seguindo o exemplo da Comur, uma espectacular loja de conservas portuguesas, no Largo da Portagem – este novo empreendimento, a que chamei um dos três mosqueteiros, vem incrementar um novo espírito na cidade. O tempo em que para encontrar um café ou restaurante aberto ao Domingo na Baixa era quase um prémio na lotaria acabou. Esta nova casa - a par com a Comur e provavelmente o restaurante Itália que abrirá brevemente - vem revolucionar os costumes. Como é lógico, numa mimética previsível, outros se vão seguir com horários que vêm revitalizar a zona histórica.
As lojas de comércio tradicional, pelo menos como nos habituámos a vê-las, estão a desaparecer e em seu lugar a surgirem pequenos negócios de subsistência. Afirmar que este será o caminho sem paragem em direcção ao futuro, como se adivinha, será falacioso. Quando menos se esperar e a qualquer momento, num eterno retorno, podemos voltar aos velhos tempos de tanta saudade sobretudo para os mais velhos.
O sistema económico em que estamos inseridos, salientando a mercantilização, por força de uma concorrência selvagem e sem limites, é auto-fágico, isto é, alimenta-se da sua própria carne. Por conseguinte, é esta autofagia, a par com outras metástases, o cancro principal que está a dilacerar o comércio. Só para clarificar: foi inaugurada agora uma Feira Outlet de marcas em Lisboa com 50% desconto. Ora, a pouco mais de duas semanas do Natal, período importantíssimo nas vendas do comércio de rua, é qualquer coisa de inqualificável. Quem fica no charco? Como se imagina: os pequenos negócios!


INÍCIO DA HISTÓRIA




A semana passada abriu, na Rua Visconde da Luz, a Pastelaria Visconde, no antigo espaço do BES, Banco Espírito Santo.
Sobre responsabilidade da empresa Coimbra Doce, que detém mais dois negócios na cidade, pela experiência adquirida e reconhecimento público pelos muitos clientes, esta iniciativa empresarial está bem entregue.
Com uma cozinha portuguesa traduzida em pratos simples, bem confeccionada, e a preços módicos, com aprazível regozijo para os olhos a sua pastelaria tenta qualquer um, assim como o seu saboroso pão.
Com uma escala diária alargada entre as 06h30 e as 22h00, a Pastelaria Visconde promete revolucionar a ideia de que a Baixa é uma zona histórica acomodada a outros tempos de horário inamovível.
Com esta nova abertura foram criados 12 novos postos de trabalho.


Segundo o Diário de Coimbra (DC), foi inaugurada a semana passada a Sweet Art Coimbra, na Rua Ferreira Borges e no antigo espaço da livraria Atlântida.
O espaço representa um hino a Coimbra, à paixão pela genuidade do artesanato e pela grandeza dos produtos da gastronomia de tradição portuguesa. A Sweet Art Coimbra é um convite à partilha da tradição e modernidade acompanhadas de uma criteriosa selecção de vinhos e de produtos de sabor serrano, dos queijos aos enchidos” - in DC do último Domingo.




Na Rua do Corvo e também com frente para a Rua da Louça, no antigo espaço das modas Xangai que encerrou em 2015, abriu a semana passada um bonito pronto-a-vestir de roupas para senhora.
Num grande investimento de um comerciante de nacionalidade chinesa, este novo empreendimento, por ventura, virá complementar alguma lacuna no sector da moda feminina.
Com uma decoração simples mas agradável, implantada numa área comercial de grande história na Baixa, esta nova marca veio para ficar.

BOM DIA, PESSOAL...

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Roda Pedaleira organiza 13º “Natal Solidário”







PUBLICIDADE INSTITUCIONAL



Os Craques da Roda Pedaleira – Associação de Ciclistas do Centro sediada na União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades, em Coimbra - organiza desde 2006 o evento “Natal Solidário“, que consiste num passeio de bicicletas aberta ao público em geral, dos 2 aos 90 anos, sem inscrições nem requisitos especiais, apenas com a particularidade dos ciclistas terem um adereço alusivo ao natal (o ideal será estarem trajados de “Pai Natal”), e que culmina na entrega de bens de 1ª necessidade e presentes a 5 instituições de solidariedade de reconhecidos méritos da Cidade de Coimbra, nomeadamente:
-Centro de acolhimento do Loreto, Bº. do Loreto, Coimbra;
-Casa da Mãe, Bº. do Loreto, Coimbra;
-ADAV - Associação de Defesa e Apoio da Vida, Rua Lourenço Almeida Azevedo n.º 27, R/C, Coimbra;
-Colégio dos Orfãos de São Caetano, Rua Dos Coutinhos, 35, Coimbra;
-Casa da Infância Doutor Elísio de Moura, R. Dr. Guilherme Moureira, 24, Coimbra;


O sucesso que temos vindo a alcançar com esta campanha de solidariedade faz-nos acreditar que é possível oferecer um melhor Natal aos que mais precisam. Por essa razão, queremos continuar a sensibilizar os nossos associados, bem como a população Conimbricense, para a necessidade de ajudar os mais necessitados.
A recolha de bens (produtos alimentares, material escolar, desportivo e didáctico, produtos de higiene para crianças dos 0 aos 16 anos) está a decorrer até ao dia 14 de Dezembro, tendo nós para o efeito diversos pontos de recolha espelhados pela cidade, com especial enfoque na freguesia, em locais como:
O IPN - Instituto Pedro Nunes, Cimpor, A Previdência Portuguesa, Restaurante Casa Fernandes, Supermercados VIVA AQUI, Junta de Freguesia de Eiras, Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel, Cyclespace, Retiro da Ti Cidália, Churrasqueira O Carvoeiro, Xiolas Caffé, café Tiro-Liro, Bar o Bully, Café Paga Pouco, Farmácias Agrícolas de Ceira e do Sebal, Talho de São Sebastião.
Depois de terminada a recolha de bens, realizar-se-á, a 16 de Dezembro, da parte da manhã, o respectivo passeio de Pais Natal de bicicleta pelas instituições com a devida distribuição dos bens recolhidos.”

RANCHO DAS TRICANAS DE COIMBRA PROMOVE JANTAR DE NATAL






No próximo dia 14 de Dezembro, sexta-feira, o Rancho Tricanas de Coimbra vai realizar uma festa de confraternização de Natal na sede desta popular agremiação situada na Rua do Moreno.
OJantar de Convívio em parceria com o Bar Navarro Restaurante 007 ordem para comer” custará 9,50 €. As crianças até 5 anos, Directores, Componentes, Sócios, Amigos terão entrada livre.
A nota informativa refere também que o Rancho de Coimbra estará aberto no Fim de Ano com variedades.
Para além das reservas no local, os números de contacto são os seguintes:
927327233 - 918650548

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

BAIXA: CONVITE A MANUEL MACHADO








Começo por cumprimentar Vossa Senhoria, caro presidente Manuel Machado.
Antes de entrar directamente no objectivo que me motivou a escrever esta carta, tenho que lhe dizer que, comparando com outros ornatos, os comerciantes da Rua Eduardo Coelho estão muito contentes e gratos pelo esforço igualitário que Vossemecê se arrogou ao mandar incluir nesta via estreita os ornamentos natalícios. Não faça esse ar de surpresa. Homessa! Acredite que o que escrevo é verdade! Bem sei que esse seu ar de incredulidade tem a ver com o texto que escrevi no Sábado, em que dizia que “As vias estreitas e pracetas adjacentes, seguindo o que vinha acontecendo, este ano foram completamente abandonadas”. Parecendo ter ficado confuso, será pelo teor desta mensagem, agora, em contraposição ao que plasmei, que que ficou com cara de anjo. Foi?
Vou retratar-me: embora raramente o faça, no Sábado eu não coloquei os óculos 3D, de efeitos especiais, que V. Ex.ª usa sempre que põe os pés nas vielas da baixinha. Ainda não percebeu bem, pois não? Calma, que explico tudo!
Pois, é isso mesmo! É tudo uma questão de lunetas! Pode crer que alguns comerciantes da cidade, seguindo o seu esmerado e rectilíneo exemplo, sempre que se manifestam sobre o que o seu executivo faz para revitalizar a Baixa, levam as lentes de aumento. Faça o favor de não sorrir, que isto é coisa séria! Se não fosse assim, como entender um comentário de um comerciante da Rua Eduardo Coelho escrito a seguir à minha crónica de Sábado? Ora leia:

Quanto à iluminação discordo da sua opinião,
nota-se um crescimento este ano. Está em mais ruas,
em mais espaços da cidade, tendo muito bem voltado
à Praça da República, e mais alegre. para mim a melhor
destes últimos 3-4 anos.
E isto é algo que me transcende. Se estão a progredir, se
estão a fazer melhor, porquê criticar? O porquê de deitar
abaixo o trabalho bem feito? Qualquer pedagogo dirá
que isso é contra-producente. Quando algo é mal feito
devemos chamar a atenção, mas se algo está a ser bem feito
devemos também notar, apreciar, quiçá aplaudir, e pedir
que esse sim, seja o rumo a seguir, de uma constante
melhoria.
Façamos isso relativamente à Câmara Municipal de Coimbra,
e porque não também a nós próprios e aos outros. que todas
as boas atitudes, melhorias, progressos sejam notados e aplaudidos.

Assim sendo, por alegadamente as iluminações das ruas estreitas serem tão ricas e de tão bom gosto, caro presidente Machado, decidi convidá-lo para no próximo Sábado, dia 8 de Dezembro, pelas 19h30, vir inaugurar os esplendorosos enfeites suspensos por cima da antiga rua dos Sapateiros. Não ligue às luminárias apagadas que já dei conhecimento no portal “A minha Rua” em 16 de Novembro. Já passaram três semanas e nada de resposta? Relapsos? Ora, ora! Deixe lá isso! Está tudo bem! Por aqui, nem uma só voz vai se elevar!
Continuando, que ainda não acabei, então seria assim: o camarada presidente vinha inaugurar as benfeitorias às 19h30 e, em seguida, às 20h00, ia jantar com os comerciantes desta artéria ao Restaurante Espanhol, na Rua da Sofia. Aceita o convite?

P.S. :
-Veja novamente as explícitas fotos captadas ontem à noite, cerca das 20h00, na Rua Eduardo Coelho.
-Se aceitar a convocação, não se esqueça de trazer os óculos tridimensionais.
-O lugar sentado no restaurante será à sua escolha. Não vá o diabo tecer coisas e o coloque ao meu lado -como é óbvio, estou a pensar no seu incómodo, por mim está tudo bem.


sábado, 1 de dezembro de 2018

A BAIXA A ROLAR ENVOLTA NUM SILENCIOSO ESPÍRITO NATALÍCIO






1 - Com um custo - ou devo escrever investimento? - de cerca de 350 mil euros, abriu ontem e até 06 de Janeiro a caça ao voto através do Pai Natal.
Como nem tudo será menos mau. Começo por salientar a transferência do presépio de Cabral Antunes para o Mercado Municipal Dom Pedro V, assim como o “Ciclo de cantares de Natal ao Menino”, pelos grupos de folclore e etnografia do concelho, e, tal como em anos anteriores, uma exposição/venda de presépios artesanais.
Salienta-se também a Corrida de São Silvestre, em 15 de Dezembro, num percurso por algumas das mais emblemáticas”, numa prova de cerca dez quilómetros e uma caminhada de outros cinco.
E ainda, em 05 de Janeiro, no Pavilhão Centro de Portugal, no espaço Docas ao fundo do Parque da cidade, pela Orquestra Clássica do Centro, o Concerto de Ano Novo. No dia seguinte, no mesmo espaço, reunindo vários grupos, realizar-se-á o Encontro de Cantares de Reis.


2 – Com gosto duvidoso, digo eu, é a (des)aposta numa continuada mais pobre ornamentação pública nas ruas da Baixa. Ano-após-ano, verifica-se que o (des) gosto é cada vez mais posto em causa, sobretudo por quem manifestar o que pensa com sinceridade. Os largos principais, as Praças 8 de Maio, do Comércio e da Portagem, como sofrendo um síndrome do faz-de-conta, esticando para todos os lados, tenta-se a todo custo mostrar o que não existe.
As vias estreitas e pracetas adjacentes, seguindo o que vinha acontecendo, este ano foram completamente abandonadas.
Pode justificar-se este (des)investimento com a teoria do lençol: à força de tentar cobrir mais área, Praça da República e Baixa de Santa Clara, acaba-se por (des)cobrir mal todos.




3 – Com uma opção mais que duvidosa, continua a ser a escolha da passagem de Ano Novo trazer cada vez mais melhores e grandes grupos musicais, naturalmente, com um custo associado de muitos milhares de euros para uma única noite em detrimento de mais de um mês de espírito natalício para toda a cidade. Pergunta-se: esta acentuada inclinação para gastar tudo num único tiro de canhão será mesmo investimento? Que retorno se retira deste evento da passagem de ano?



4 – O Município de Coimbra já nem sequer faz um esforço para parecer que as iluminações são espectaculares. Basta visionar o vídeo deste 2018 para perceber melhor o que quero dizer. Com uma câmara fixa na Praça 8 de Maio nem sequer se fez um esforço para mostrar que a cidade não é apenas o antigo largo de Sanção.


5 – A publicidade aos actos continua a ser o calcanhar de Aquiles para esta autarquia de executivo socialista mais votado. Só para dar um exemplo, cerca das 16h00 de hoje foi realizado um espectáculo cénico Transhumância no antigo espaço do Museu Temporário de Memórias, na Rua Velha. Onde foi anunciada a realização? E como se sabia quem eram os actores? Sei lã?!? Por uma placa de madeira encostada à parede esboroada dentro do edifício estabelecia-se uma ponte analógica para o desempenho de arte.
Bom, se calhar, como da peça constava um homem em nu integral a escrever paredes, mais que certo, o município a antever bronca numa cidade conservadora preferiu fazer alarde do evento para cerca de uma vintena de pessoas -que eram os espectadores presentes no decurso da peça. Sinaléctica na rua Eduardo Coelho a publicitar o teatro, como se imagina, era invisível.