Soube hoje, pelos vários anúncios da
necrologia espalhados pela Baixa, que o Daniel Madeira Costa, mais conhecido
pelo Daniel “Mau”, morreu. Foi ontem
o seu funeral, da Igreja de São José para o cemitério da Conchada.
Conheci o Daniel nos princípios
da década de 1980 quando tive um negócio na zona do Largo Sé Velha. Não
sei de onde viria o apelido “Mau”. Sei
que era irmão do Zé… “Mau”, que também nessa época conheci
muito bem e ambos eram meus clientes. Curiosamente, quer do Zé, quer do Daniel, ambos “maus” por apelido, nunca tive nada que
dizer –já o mesmo não se aplica a um seu familiar que, na altura, me fez a
vida negra lá no meu estabelecimento. E foi mesmo muito mau para mim! Não faço
a mínima ideia se esta pessoa ainda estará viva e, com franqueza, apenas o
refiro para talvez justificar o sobrenome de “mau”. No entanto, declaro também que, estando ou não entre
nós, está perdoado. O que lá vai, lá vai! É para esquecer! E se não está, a sua
lembrança já não me causa dor. O tempo encarregou-se de apagar.
Voltando ao Daniel, sempre tivemos um
relacionamento de respeito mútuo. Nos últimos anos era comum encontrarmo-nos e
falarmos um pouco junto ao Museu Municipal do Chiado. Sentado no banco em
frente, era aqui que o Daniel passava as tardes. Foi ali que o fotografei há dois
ou três anos, já não recordo. E assim, na partida derradeira do anónimo cidadão
e munícipe Daniel Costa, deixo aqui os mais sentidos pêsames à família
enlutada.
1 comentário:
O daniel era meu avô...por acaso fiquei muito curiosa dessa pessoa da minha familia que foi mt mau para si,mas acho que lhe ficou muito mal referir isso,num texto que parecia ser de homenagem ao meu avô,mas desde ja obrigada pelas palavras que disse do meu avô.
Enviar um comentário